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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Uma pipa de massa

 
Vêm aí cerca de 50 mil milhões de euros da UE para gastarmos em sete anos. Uma pipa de massa. Os portugueses reconhecem o contributo dos fundos europeus para o desenvolvimento do país. Mas todas estas décadas de dinheiros europeus também nos mostram outra coisa: os fundos, por si só, não desenvolvem um país, relembra o Fernando.                                                               Tal como nos anos 90, um trabalhador português produz hoje cerca de metade do valor de um trabalhador alemão.
Pequenos grupos de interesse, os do costume, na sombra, já estão a afiar os dentes para abocanhar, uma vez mais, o grosso da tal pipa de massa. As bravatas dos nossos governantes na Europa tornam-se cada vez mais ridículas. Ainda bem que os chamados países frugais se mostram exigentes em relação ao uso dos dinheiros. Nós, enquanto cidadãos, devemos era fazer o mesmo. Caso contrário, já sabemos qual vai ser o fim desta história.

O Portugal moderno não sobreviveria fora da União Europeia

O que o comissário alemão disse de realmente importante não foi que " a probabilidade de Portugal ter um segundo resgate ser maior que zero ", porque já todos sabíamos isso. O que realmente disse de importante " é que Portugal com 10 milhões de habitantes, sem capacidade de investigação e inovação, sem dinheiro para investir e com um mercado interno tão diminuto não conseguirá sobreviver como país moderno, fora da União Europeia, numa economia cada vez mais globalizada,".

Aqueles que defendem a saída de Portugal da zona Euro e da União Europeia apressaram-se a atirar para a comunicação social a sua indignação mas não pela razão certa. A mentirinha a que já nos habituaram.

Na verdade até o orçamento 2016, que falhou redondamente, mostra que não é possível retomar o crescimento da economia apenas pelo mercado interno. Assim, o bom senso fosse suficiente para tirar as lições devidas. Sem exportações sólidas e contas externas positivas o país continuará a patinar. Como já hoje é possível ver com o que se espera para os resultados orçamentais. E sem os subsídios estruturais europeus . 

O comissário europeu reforçou que “Portugal é um dos países que mais vantagens tem” em pertencer à União, referindo-se à diferença entre o que Portugal contribui para o Orçamento europeu e as verbas europeias que são deslocadas para o país” — e pediu compreensão.

Os partidos que querem Portugal fora da União Europeia têm essa pretensão por razões ideológicas anticapitalistas não por razões de bem estar do povo.