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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Seria bem pior se não estivéssemos na União Europeia

A UE chegou a acordo numa bazuca imediata de 540 mil milhões de euros destinada ao sector saúde. A seguir virá uma bomba para o sector da economia .

Como o plafond para cada país é de 2% do PIB para Portugal virão 4,6 mil milhões de euros. Na anterior crise com a Troika vieram pedidos 76 mil milhões. Para constar e não esquecer.

Tendo em mente a situação das empresas, o Eurogrupo congratulou-se pela intenção do Banco Europeu de Investimento de criar um fundo de garantias com 25 mil milhões de euros que podem ser alavancados ao ponto de fazer chegar até 200 mil milhões de euros em programas de financiamento, sobretudo para pequenas e médias empresas europeias que se viram afetadas por esta crise.

A plataforma SURE  vai “conceder aos estados-membros assistência financeira durante este tempo de crise, na forma de empréstimos concedidos em custos favoráveis por parte da União Europeia aos seus estados-membros, num valor até 100 mil milhões, partindo o mais possível do orçamento comunitário”. A plataforma SURE “vai apoiar os esforços para proteger os trabalhadores e os postos de trabalho, ao mesmo tempo que se respeitam as competências nacionais na área dos apoios sociais”,

A grande novidade do acordo obtido esta quinta-feira, porém, poderá estar no “banco de suplentes”. E falamos, aqui, de uma iniciativa de Espanha e de França para a criação de um “Fundo de Recuperação” a pensar no relançamento no pós-crise sanitária.

Construção de uma economia verde na Europa

Criação de um banco europeu financiado com 300 mil milhões de euros, retirados dos fundos de coesão e de impostos sobre as grandes empresas, e exclusivamente dedicado à construção de uma "economia verde" na Europa.

Sem passar pelo sistema financeiro e abrangendo os sectores dos transportes, habitação, indústria, energia e serviços, podendo criar até seis milhões de empregos na UE.

Uma economia dirigida para salvar o ambiente e não mais deixada a si mesma e às suas escolhas. Felizmente ainda há alguém que pensa : há uma esperança, afinal a Europa não é aqui.

Já há centenas de adesões de gente que vai da direita francesa à extrema esquerda espanhola.

PS : MST - Expresso

Só 18% dos fundos europeus foram alocados à prevenção dos incêndios

Os restantes 72% foram alocados à compra de meios (aéreos e terrestres) e à modernização dos quartéis dos bombeiros. E a realidade corresponde à estatística. Vemos meios a serem utilizados e floresta a arder.

Está conforme o que os distintos gestores dos fundos quiseram. Queixamo-nos de quê ?

Perante mais esta evidência o que é preciso para exigir ao(s) governo(s) que coloquem a prevenção em primeiro lugar ? Porque todos sabemos que distribuir dinheiro é fácil e dá votos. No terreno a limpar a floresta, a cadastrar a propriedade e a mexer com interesses instalados é que dá chatices. Quem quer tal coisa ?

E que diz o governo perante tamanha façanha ? Falta de verbas é a explicação como se não as tivesse lapidado assinando cheques.

O Bloco de Esquerda, pela voz do deputado Pedro Soares, já pediu explicações ao ministério da Agricultura, afirmando que é uma situação “lamentável” e “inacreditável”, visto que “a intervenção florestal assume uma importância tão grande” e “um esforço enorme”. “Estamos a falar da limpeza de matos e prevenção de incêndios florestais”, considera o deputado.

Mas como bem diz o PCP o governo é do PS, nada de combustões ( perdão, confusões)

 

 

Escapar ou não escapar eis a questão

A suspensão dos fundos estruturais depois de em Julho Bruxelas ter evitado sancionar Lisboa e Madrid é automático se não forem cumpridas as promessas. 

A CGTP chama-lhe chantagem em comunicado como se não conhecesse as regras europeias . Quer receber o dinheiro sem cumprir. O habitual e a chantagem é sempre dos outros. Bem prega frei Arménio...

O ministro das Finanças por sua vez está convicto que o país cumprirá com todas as metas o que poderá evitar a suspensão de parte dos fundos. Poderá.

A Comissão Europeia irá propor ao Parlamento Europeu a suspensão de 16 fundos estruturais em Portugal que são financiados por Bruxelas como sanção por não ter sido respeitado o limite do défice público de 3% do PIB. 

Fundos Estruturais que financiam os Programas Operacionais Regionais das cinco regiões continentais e das duas regiões autónomas de Portugal, no âmbito das sanções contra os défices excessivos.

O congelamento de parte dos fundos comunitários pode ir até 0,5% do PIB.

No processo das sanções não há almoços grátis

Há ou não há sanções ? Dizem que não mas ( há sempre um mas) a suspensão dos fundos estruturais permanece como um cutelo sobre o país. E os fundos estruturais num país que afunda por falta de investimento é a sanção maior.

Os partidos anti-europa não querem a União Europeia mas querem os subsídios para alavancar o investimento. No fundo acreditam que há almoços grátis. Não queremos a UE mas queremos o seu dinheiro. Nada mal.

Entretanto a Comissão exige medidas adicionais no montante de 450 mlhões ainda em 2016 e aponta às taxas mais baixas do IVA.

“Portugal deverá apresentar um calendário claro e implementar medidas para eliminar totalmente os atrasos e melhorar a eficiência do sistema de saúde, reduzir a dependência do sistema de pensões em transferências orçamentais e garantir poupanças fiscais na reestruturação das empresas estatais”.

O fanatismo da maioria socialista europeia

Há que avisar António Costa e Catarina Martins que ameaçam a Comissão Europeia com os tribunais. Sanções em duplicado. Multas e suspensão dos fundos estruturais às diversas regiões.

Os socialistas da Europa querem sancionar os socialistas do país mais pobre depois da Grécia ( outro que também batia o pé). Mas o que isto mostra é que tanto um como outro sabem bem que Portugal sem os subsídios europeus não tem para onde se voltar. E a agressividade torna-se lamento.

Os mais desfavorecidos são as vítimas do radicalismo de esquerda .  “O que fica cada vez mais claro à medida que o processo das sanções se desenrola é o fanatismo e a completa irresponsabilidade da Comissão Europeia”. Olha quem fala em fanatismo e em irresponsabilidade. Quem agride permanentemente quem paga as contas.

Para quem tinha dúvidas quanto à alternativa apresentada aí está. Cortas nos subsídios levamos-te a tribunal.

Fundos europeus ao serviço da economia e do emprego sustentáveis

Fundos europeus no montante de 25,3 mil milhões que têm que ser orientados para a economia e para a criação de emprego. E isso faz-se em parceria com as empresas e não com mais obra pública. " O chefe de Governo insistiu que "Portugal dispôs de meios importantes para que a sua economia pudesse convergir com a média europeia, e, no entanto, os últimos sete anos foram de divergência grande", pelo que, desta feita, "o essencial dos fundos europeus estará à disposição das empresas portuguesas, da competitividade da economia portuguesa e, nessa medida também, do crescimento sustentável e do emprego sustentável". Os próximo sete anos, disse, "serão decisivos para que Portugal possa inverter a tendência dos últimos 15 anos, em que não houve o melhor aproveitamento possível".

Se Passos Coelho continuar a ter coragem de dizer "não" como teve com os Espíritos Santos...

O PS está disponível para os fundos mas não para os cortes

Seguro não vai longe. Num dia jura que se for governo vai aumentar tudo e todos. No outro dia grita que devolverá os cortes nas pensões. Depois diz que não faz política baixa. E a seguir atira-se aos fundos comunitários.

Mesmo por cá este caminho errático é fatal para um político. Embora concorde com a maioria dos princípios propostos pelo PS ( principalmente o de os subsídios passarem a ser reembolsáveis) a verdade é que comer a carne e deixar os ossos não credibiliza ninguém. Ora um dos princípios apresentados é " que tudo se faça na base da confiança". Foi com esta política, gastar dinheiro e não cortar nos desperdícios, que Sócrates levou o país à bancarrota.

Ora, ora...