A única coisa que se sabe é que o Novo Banco vai sacando o dinheiro que está no Fundo de Resolução e que vai mamar até ao fim. Além disso nada se sabe.
Porque é que um fundo abutre comprou o banco por um Euro e o dinheiro que cobre os prejuízos é público, é coisa que ninguém percebe. Faz bem o Iniciativa Liberal não ter medo de colocar em cima da mesa os grandes negócios do estado que somos nós sempre que pagamos.
"Porque não nos vamos calar perante os escândalos", justificou João Cotrim Figueiredo, o deputado eleito em outubro para a Assembleia da República, e que agora sucede a Carlos Guimarães Pinto na liderança do partido. "O nosso dinheiro não pode servir nem para financiar despesismo do estado nem para cobrir prejuízos privados", disse.
As prioridades para o mandato de dois anos que se vai iniciar este domingo são “impostos mais baixos, mais simples e mais justos”, liberdade de escolha e a luta pela transparência e contra a corrupção, uma vez que esta última é, além de tudo, “um atentado primeiro à meritocracia e isso para um liberal não é aceitável”.
A descentralização e a reforma do sistema eleitoral são outras das metas do partido.
Em entrevista Centeno diz que a "realidade é exactamente o contrário do que diz o BE". Com a nacionalização ( exigida pelo PCP e pelo BE) os contribuintes seriam chamados a pagar os créditos mal parados do Novo Banco. Com o Fundo de Resolução, o Estado faz um empréstimo ao sistema bancário por 30 anos e ao mesmo juro que o estado paga aos investidores. Os contribuintes não pagarão um euro.
Feita a venda ao fundo Lone Star, já em 2017, Centeno argumentou que “hoje, esta injeção de capital, mais uma, vai ser feita, mais uma vez, em parte, recorrendo a um empréstimo do Estado”. Mas, ressalva o ministro das Finanças, “não é o Estado que está a injetar dinheiro no Novo Banco, é o Fundo de Resolução — que, no futuro, o Fundo de Resolução vai pagar este empréstimo ao Estado, em 30 anos, com as contribuições do setor bancário”.
O PCP também anda a dizer que se o Estado paga então, a gestão deve ser do estado. Mas o ministro das Finanças diz que o estado não paga.
O crédito tóxico do Novo Banco está ligado a empresas do sector imobiliário . Não esquecer que foi a bolha imobiliária que despoletou a crise. Mas a economia está a crescer há cinco anos e também assente no sector imobiliário . Então como se explica a situação do Novo Banco ?
As empresas que entraram em incumprimento em 2008 são as mesmas que agora beneficiam da expansão do sector e como tal esperar-se-ia que corrigissem perante a banca. Mas a verdade é que o Novo Banco recorreu novamente ao Fundo de Resolução e já deixou no ar a possibilidade de voltar a necessitar de nova injecção de dinheiro.
É por ser o caminho mais fácil ? Em vez de se procurar recuperar o crédito mal parado dá-se como perdido com a certeza que no fim alguém vai pagar ?
É que acordar que o comprador pode dar como perdido um determinado montante ( milionário) assim sem mais e esperar que não use essa possibilidade não é ingenuidade, é burrice.
Face ao "falhanço" que nos vai custar cerca de 6 mil milhões de euros lá vem mais um inquérito...
Na terça-feira, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) concluiu que a revisão das condições do empréstimo do Tesouro ao Fundo de Resolução bancário piorou as condições para o Estado, traduzindo-se num valor actualizado líquido negativo de cerca de 630 milhões de euros, valor que o líder do PSD considerou ser "conservador", dizendo que poderá ser o dobro.
Tivemos vários génios políticos ao longo do tempo que mandaram passar o cheque até não haver dinheiro para pagar nada. Alguns estão hoje no Governo, na hora difícil ninguém os viu.
No projecto de resolução hoje entregue no parlamento, os sociais-democratas pedem ao Governo que renegoceie os empréstimos relativos ao Novo Banco e ao Banif acordados em 10 de Fevereiro "em termos e condições que - na conjugação do prazo do empréstimo, escalonamento dos reembolsos de capital e taxa de juro - assegurem que o valor actualizado dos pagamentos de capital e juros dos empréstimos que o Estado recebe seja pelo menos igual ao valor emprestado pelo Estado.
Nem mais um euro para a banca gritavam o PCP e o BE. Não foi há muito tempo.
Expliquem-me como se eu fosse muito burrinho. Se a venda do Novo Banco não se fizer agora como é que implicará a subida do défice ? Implicaria se não existisse o Fundo de Resolução que foi criado exactamente para proteger o estado e os contribuintes.
Se o Novo Banco fosse nacionalizado, como pretendem o PCP e o BE, aí sim o défice seria empurrado para cima. Como se passou com a nacionalização do BPN, que começou por ser 400 milhões e já vai nos 7 mil milhões.
""Aquilo que digo é aquilo que sempre disse - e que tive oportunidade de dizer na comissão de inquérito ao BES (Banco Espírito Santo): que os contribuintes não serão chamados a cobrir qualquer prejuízo com este processo. Isso cabe ao Fundo de Resolução", disse a ministra das Finanças ."
Há a Caixa Geral de Depósitos que é um banco público e que será chamado a contribuir no caso de prejuízo na venda mas, mesmo assim, é uma contribuição indirecta. Não puxará o défice para cima.