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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Em França a revolta da sociedade civil

Vergados a um Estado cada vez mais centralizado, fechado sobre si próprio, maior e  insaciável a sociedade civil ( os contribuintes) desceram à rua .

Em Portugal suportamos a maior carga fiscal de sempre mas os socialistas já nos avisaram que não está no seu programa descer impostos. E os seus parceiros, bem pelo contrário, todos os dias exercitam a imaginação com novas taxas e taxinhas.

Apesar de tudo disso os serviços públicos apresentam uma qualidade insatisfatória. Ao centralismo do estado junta-se a sofrível criação de riqueza. Por mais que estique a riqueza produzida não chega.

É necessário um Estado amigo da iniciativa privada que relance o investimento, a inovação e as exportações. A devolução dos rendimentos está a apresentar a factura. As importações crescem mais que as exportações e o défice comercial externo é maior. Vai-nos safando os subsídios europeus e o Turismo.

Tal como em França a sociedade civil descerá à rua e lutará pelos seus direitos. Não é possível sustentar um Estado que já arrecada cerca de 50% do PIB e o povo continuar a sofrer de inúmeros problemas sem conseguir ter uma vida com um nível europeu.

O recente escândalo da família PS que assaltou o poder mostra que a um Estado centralizado está sempre associado o abuso .

Somos mansos até um dia como mostra a história

O eixo França - Alemanha por uma Europa mais forte e mais soberana

A coesão interna sempre se reforçou com a existência de ameaças externas. Está a ser o caso do Brexit e dos nacionalismos que levantam cabeça.

“A Europa, e no seu seio a dupla franco-alemã, estão investidos da obrigação de não deixar o mundo deslizar para o caos” e para isso é preciso que a Europa fique “mais forte, mais soberana”, afirmou Emmanuel Macron num discurso perante o parlamento alemão, em Berlim.

Merkel e Macron querem pôr os cidadãos a refundar a União Europeia

Alemanha e França avançam para uma maior integração europeia, mais forte e mais democrática. O Brêxit foi o sinal que o caminho é mais Europa e o coração da Europa ouviu.

"Desejamos uma Europa mais unida, mais eficaz, mais protectora e mais democrática, que se afirme no mundo e que defenda os seus valores"

No Reino Unido são cada vez mais as vozes que duvidam do Brexit e um segundo referendo é cada vez mais provável. Se não pode se pode mudar de opinião então não estamos numa democracia.

Como "amigos no coração da Europa e no âmbito do espírito europeu", Merkel acrescentou que, Berlim e Paris irão fechar este ano um novo Tratado do Eliseu, com novos objectivos e formas de cooperação para aproximar os dois países.

"Fazemos isso para unir ainda mais os cidadãos dos nossos países e para dar um novo impulso a toda a Europa unida, para torná-la ainda mais forte", enfatizou o chanceler.

Macron apelou aos jovens de ambos os países para "descobrirem" os vizinhos, serem curiosos e participarem da consulta pública, que será lançada na primavera.

Isto quando, afinal, a Zona Euro tem a economia a crescer, cumpre o Tratado Orçamental e consolida as contas públicas. Bem ao contrário dos que previam o colapso da maior iniciativa política de que há memória.

Alemanha e França trabalham em propostas comuns para a Zona Euro

A integração da Zona Euro vai no bom caminho numa política de pequenos passos. Há toda uma série de questões que têm que ser tratadas antes de novo alargamento porque pretendente a entrar na União Europeia não faltam .

“Há que atuar agora” para cumprir a vontade comum de “uma integração rápida da zona euro nos próximos meses”, indicou Le Maire, assinalando que o objetivo é que a zona euro esteja em condições de competir com a China e os Estados Unidos. Altmaier acrescentou que o prazo indicado para encerrar um acordo sobre a reforma da zona euro “vai até finais de 2018”.

Em matéria de fiscalidade, segundo o ministro francês, a ideia é que haja uma proposta franco-alemã, o mais tardar em junho, com uma base comum em relação ao imposto sobre empresas. O ministro alemão afirmou que se deve evitar uma competição nesta matéria no interior da União Europeia (UE).

E Merkel e Schultz no mesmo governo querem despertar a Europa .

 

A Zona Euro numa explosão de actividade económica

A Alemanha e a França são os motores. O crescimento acelerou tanto na indústria como nos serviços. Ainda assim, a indústria continua a liderar o crescimento – com a maior subida da produção em mais de seis anos - enquanto a actividade dos serviços teve o maior aumento desde Maio.

Em França e na Alemanha, as taxas de expansão aceleraram para o nível mais alto dos últimos seis anos, com ambos os países a registarem melhorias nos "já impressionantes" ganhos ao nível do emprego registados nos meses anteriores, sublinha o relatório.

Sempre é verdade a Zona Euro cresce e consolida-se.

Maioria absoluta para Macron

Na segunda (terceira) volta das presidenciais franceses o presidente eleito tem muitas probabilidades de obter uma maioria absoluta e assim abrir caminho a um apoio parlamentar maioritário ao seu programa liberal social e pró-europeu.

Já por aí havia muito quem desejasse ardentemente que a extrema direita viesse a ser a maior força parlamentar . Vão ter que esperar apesar de sabermos que não só era o que desejavam como o seu pensamento político, no essencial, é o mesmo.

Nunca tanta gente viveu com a qualidade de vida que a União Europeia propriciou durante tanto tempo . Teve uma crise ? Nunca ninguém disse que se trata de um sistema perfeito mas os cidadãos não estão para deitar fora o menino com a água do banho. Basta olhar em volta e ver quem embala o berço dos mais miseráveis. Dos que não têm Serviço Nacional de Saúde, nem Educação, nem Segurança na Velhice e na infância. E, enquanto assim for, bem podem as carpideiras de serviço prometer os melhores dos mundos.

Em segundo lugar surgem Os Republicanos (direita), com 19%, seguidos da Frente Nacional (extrema-direita), com 18%, da França Insubmissa (Esquerda), 15%, e do Partido Socialista, 7%.

Macron - uma terceira via

MACRON | UMA TERCEIRA VIA
Um governo dos centros, esquerda e direita, da paridade de género, de políticos com calo e de gente chegada à política vinda da sociedade civil. Emmanuel Macron quer mudar a França fazendo a síntese de contrários. O homem que adoptou uma das mais conhecidas frases de Karl Marx ("os filósofos apenas fizeram uma re-interpretação do mundo, trata-se agora de o transformar") não deseja a revolução proletária, obviamente, para transformar o mundo. Quer, antes, a «revolução reformista». Macron é partidário do diálogo em vez da dialética, da ultrapassagem da clássica oposição entre esquerda e direita pela da oposição entre progressistas e conservadores. Nesta sua visão, Marine Le Pen e a direita reacionária e Mélanchon e as esquerdas comunistas e protocomunistas inscrevem-se no campo das forças conservadoras e a centralidade reformadora no campo progressista.
Num interessante artigo/retrato intelectual do novo presidente francês (Le Monde, 16.Maio, Nicolas Truong: «Petite philosophie du macronisme»), é traçado o roteiro e descobertas as raízes do pensamento de Macron - que nos faz compreender o que há de novo, enquanto projeto político, no Eliseu. Em lugar dos clássicos e opostos progressismo versus liberalismo, tão caros à politica e aos politicos franceses, Macron levou consigo uma ideia síntese da ação política, um «progressismo liberal» a que Jacques Attali (que o recomendou a Hollande) chamou de «liberalismo pragmático e otimista». Nessa síntese caberiam, segundo outro autor, três correntes políticas: a social-democrata (que, a exemplo da Suécia, associa a flexibilidade do trabalho à segurança do percurso dos trabalhadores); a democracia cristã e o seu rigor orçamental; e o «liberalismo social», tal como Tony Blair aplicou nos anos de governo do Reino Unido. Ou seja - e o seu primeiro governo procura já dar uma imagem disso - um largo leque central, somatório da direita moderada, do centro liberal e do socialismo de direita.
Macron, que vem da filosofia antes de ter passado por (e para) as finanças e a economia, parte da colaboração (tornada devoção e admiração) e amizade, ainda jovem estudante, com o filósofo Paul Ricoeur - que rejeita o "ou isto ou aquilo" a favor do "isto E aquilo" - para estruturar o seu pensamento. Dele herda o método e a prática do pensar em conjunto as coisas heterogéneas. Depois passa a colaborar na revista Esprit, na qual publica, entre 2000 e 2011, seis artigos considerados de grande qualidade intelectual e da qual também ainda hoje é acionista. Fundada por Emmanuel Mounier, a revista foi sempre um aberto «forum de discussão» e, através do que nela escreveu, muitos viram em Macron «o futuro do personalismo» de Mounier, o filósofo que procurava, ao tempo, uma "terceira via" entre o capitalismo e o comunismo, no respeito da pessoa. Tal como Macron hoje procura a terceira via entre liberalismo e progressismo, através de uma síntese de opostos.
De Gaulle, o fundador desta V República, reformou a França em 100 dias. Emmanuel Macron, o seu nono presidente, quer reformar a França em poucos anos - e, para isso, tal como De Gaulle deseja e precisa de uma maioria -a «sua» maioria, a do seu movimento. Na base de uma França de origens múltiplas, sem verdadeiros ou maus franceses, «um verdadeiro projeto patriótico», como disse na sua campanha eleitoral. Uma França da era da globalização e da competição. O tempo dirá se, como De Gaulle, ele conseguiu, e como, reformar a França.

O resultado das eleições em França já se faz sentir

Portugal colocou uma emissão de dívida com juros mais baixos a 10 e 5 anos. A razão principal é a confiança que o resultados das eleições em França trouxe aos investidores.

Após o resultado das eleições francesas, há uma sensação maior de segurança quanto à solidez da União Europeia. E creio que foi essa redução do risco político, que antes penalizava mais os países da periferia da Europa, que agora acaba por ajudar. De certa forma, regressou alguma confiança ao mercado de dívida portuguesa, que face à falta de alternativas de rendimento, consegue atrair interessados."

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 A Europa está a crescer, Portugal está a acompanhar a europa e, com as eleições na Alemanha a mostrarem que os dois maiores partidos pró-europeus levam vantagem, as coisas estão a evoluir para melhor.

Copos, mulheres e a ressaca

Os Franceses também gastam demasiado e em coisas erradas tal como Portugal.  Mas é preciso dar tempo a Macron, flexibilizar o défice, não colocar pressão, ajudar ao investimento e fazer crescer a economia.

Gabriel secundou o presidente da comissão ao defender que se dê mais espaço de manobra à França no domínio orçamental, recordando que quando a Alemanha, com o chanceler Gerhard Schroeder, aplicou as reformas estruturais da Agenda 2010, não cumpriu os limites do défice.

"O meu pedido" é que como alemães não se proíba aos outros a flexibilidade de que a Alemanha beneficiou naquele momento, declarou o chefe da diplomacia alemã.

Neste sentido, indicou que o país também precisa de flexibilidade em termos do défice, enquanto aplica as reformas, adiantando que a consolidação fiscal é "a tarefa de uma geração" e defendendo que não se deve falar apenas de défice, mas também de crescimento.

Como se vê a nossa ressaca é que é bem pior .