Construam-me, porra!
Era o grito escrito numa das paredes do Alqueva. Não andava. Porque inundava campos e aldeias; destruia habitas; estragava o vinho alentejano...
Hoje aqueles campos gritam mas é de verde e de actividade agrícola. E de turismo.
Depois tivemos as figuras rupestres de Foz Côa que não sabiam nadar. O museu iria mudar a região. Não mudou nada, como seria de esperar.
Agora é a Linha desactivada do Tua. De uma beleza extraordinária, é verdade. Mas eu continuo a não perceber como é que a água pode continuar a correr para o mar. Quando se sabe que a água vai ter uma importância cada vez maior nas nossas vidas. E que a seca espreita muito especialmente os países mediterrâneos.
Aqui na barragem do Tua já se enterrou a central electrica para reduzir o impacto visual. Está assegurado que a classificação do Douro Património Mundial não corre perigo. Neste país não é nunca possível chegar-se a consensos?