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As relações comerciais e de investimento Luso-Alemãs - a AutoEuropa

As relações comerciais e de investimento entre empresas portuguesas e alemãs- o caso Autoeuropa.

Sem menosprezo do relacionamento com as empresas de outros países , o investimento alemão em Portugal tem um perfil muito adequado aos objectivos de desenvolvimento do nosso país. O investimento mais representativo é o industrial (não o imobiliário, financeiro ou comercial ) e,portanto, estruturante para a economia pela melhoria da sua componente tecnológica e formativa. Na indústria, são os sectores automóvel , de componentes para o automóvel e de software aplicado que são mais representativos .O Total do investimento de empresas alemãs nos últimos 5 anos foi de 12 mil milhões de Euros. Contudo, outros países conseguem captar " fatias " bem mais significativas do investimento alemão sendo que Portugal está atrás de países como Itália , Espanha, Polónia , Rep. Checa, Irlanda , Roménia e até da Grécia. Em termos de quota, Portugal recebe apenas 0,2% do investimento alemão , contra 2,3% da Espanha, por exemplo (menos de 10% ) .
Por ouro lado, as exportações de Portugal para a Alemanha têm vindo a crescer todos os anos tendo atingido , em 2016,quase 6 mil milhões de Euros, com relevo para as máquina e aparelhos ( em forte alta ) e para o material de transporte ( em baixa significativa ) .Contudo, mais uma vez, os valores exportados são modestíssimos comparados com Irlanda , Roménia ou Espanha para já não falar da Itália donde a Alemanha importa 5,4% do total enquanto Portugal se fica por 0,6% das importações alemãs .Muito pouco !
É neste contexto que devemos equacionar os problemas laborais na Autoeuropa . Atrasam-nos, ainda mais, em investimento e em exportações para um país fundamental para o nosso crescimento,emprego e desenvolvimento tecnológico.
Nota : Fonte dos números citados : CCILA / Deutsche Bundesbank/ Roland Berger )

O orçamento é um jogo de " pôr e tirar "

O OE 2018 não contem nenhuma medida destinada a combater os factores problemáticos para o enquadramento da vida das empresas em Portugal ( carga fiscal sobre as empresas, instabilidade das políticas fiscais e outras, burocracia etc). Pelo contrário , agrava alguns desses factores. E está completamente desfasado face aos problemas de médio prazo com que o País se confronta em termos de défice estrutural das contas públicas ( que, em rigor, continua a crescer) , Acresce que quase nada prevê em termos de promoção da competitividade nacional pois passa ao lado de medidas para melhorar infraestruturas essenciais ao futuro da economia , como é o caso da ferrovia de bitola europeia. É, afinal, um jogo de " pôr e tirar " que cria a ilusão de privilegiar os grupos de eleitores mais numerosos ou com maior capacidade reivindicativa e esquece o imperativo de contribuir para um crescimento de qualidade da economia portuguesa. No final todos sairão a perder pois será o crescimento do país que continuará aquém dos países nossos concorrentes a nível europeu e global como vem acontecendo ano após ano.
É imperativo que as forças representativas do mundo empresarial ( a exemplo da CIP ) façam uma denuncia pública desta política orçamental que, além do referido, não aproveita o bom momento da economia envolvente para dotar o país ( ainda fortemente endividado ) de mais defesas par fazer face a um futuro onde não faltam ameaças como a da subida das taxas de juro e a situação política em vários parceiros europeus. O ajustamento económico e financeiro , em Portugal, está longe de estar terminado .
( Ideias principais do Seminário sobre o" OE 2018 - como se enquadra numa estratégia de crescimento a médio prazo," realizado , ontem 22/11/2017 )