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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Ainda querem discutir a "folga" orçamental ?

O PCP , o BE e uma parte do PS queriam discutir a folga orçamental que para eles era gastá-la o mais depressa possível elevando a despesa para níveis superiores e rígida.

Bastou uma pequena borrasca em Itália para que as taxas de juro subissem. Se subirem 0,5% isso representa, tendo em vista a monstruosa dívida nacional, cerca de 1 350 milhões de euros mais do que a despesa de alguns ministérios.

A ideia de todos aqueles para quem o défice não deve ser anulado é fazer cada vez mais despesa pública, colocando-a de forma rígida em patamares cada vez mais altos. O que isto implica é que perante um abalo externo tem que acontecer uma de duas coisas: ou o Estado volta a fazer “enormes aumentos de impostos” em cima da maior carga fiscal de sempre que já temos; ou tem que cortar despesa rígida em salários, pensões e benefícios sociais como aconteceu em 2010 e anos seguintes.

Não aprendemos nada com os últimos dez anos.

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Uma fantástica festa orçamental

Temos um défice orçamental que ronda os 2% mas já há quem veja nisso uma fantástica "folga" orçamental e o inicio da festa do aumento da despesa.

Felizmente António Costa já disse publicamente várias vezes que não irá além do défice e da dívida . Mas PCP e BE não desarmam. Gastar é o verbo .

Não devia ser permitido utilizar o termo “folga” orçamental num país que mantém um défice que ronda os 2% do PIB e que o tem reduzido em grande parte, ano após ano, com o recurso a medidas de caráter extraordinário. Ainda somos “lixo” para duas das três principais agências de rating, saímos apenas há meses do procedimento dos défices excessivos, temos um volume de dívida que até há pouco muitos consideravam impagável e o que é que muitos conseguem ver nisto? Uma fantástica “folga“ orçamental, pois claro.

Não só não há “folgas”, como a mensagem que se passa à sociedade é totalmente errada. São os mesmos que ainda há pouco tempo exigiam a saída do Euro porque não era possível crescer a cumprir o Tratado Orçamental.