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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Já há fogos mas o dinheiro ainda não chegou às autarquias

O dinheiro tantas vezes anunciado pelo governo para limpar as florestas ainda não chegou. Mas os fogos já estão aí . Mais uma campanha de faz de conta. E de quem é a culpa ? Do calor e da chuva que não cai mas a limpeza que se não fez essa, a culpa do governo, vai morrer solteira.

É incrível que um governo que tinha anunciado a maior campanha florestal desde D. Dinis, nem sequer tenha conseguido que o dinheiro para limpeza das florestas tenha chegado a tempo. Leia-se, antes dos fogos.

Os portugueses têm que pedir contas a este governo de família . Desastre após desastre o país sem manutenção degrada-se a níveis nunca vistos . Mais um pesadelo que se anuncia.

Há uma mão criminosa nos incêndios - a do Estado.

Em qualquer país decente já havia demissões : Responsabilidade sistémica – O que os peritos dizem é que o modelo existente (prevenção, de um lado; combate, do outro) é um modelo errado. E dizem que, em alternativa, é preciso maior integração entre prevenção e combate. Ou seja, um arraso no modelo criado em 2005 por António Costa, então MAI.

Responsabilidade política – Os dados não deixam margem para dúvidas: o Governo falhou em toda a linha na área da Protecção Civil. Falhou no modelo. Falhou nas pessoas que escolheu para a Protecção Civil. Falhou na nomeação de Comandantes sem experiência e com licenciaturas de farinha amparo. Falhou em nomeações feitas fora de tempo, em cima da época de incêndios. E então? Não há responsabilidades políticas? Ninguém se demite? O Governo vai novamente sacudir a água do capote?
• Em boa verdade, se tivesse um mínimo de princípios, depois deste relatório, a MAI pedia para sair e colocava o seu lugar à disposição.
• Mas isso não vai suceder. O PM só vai querer ler uma das partes do relatório (Recomendações) e finge que não lê o resto.

Há uma mão criminosa- a de todos os ministros MAI que lançaram milhões de euros para cima dos fogos, em SIRESP e meios aéreos mas não tiveram a coragem de ir ao terreno e encontrar soluções. Com as populações, os poderes locais, os bombeiros.

Agora é só esperar que chegue a chuva e se apague a memória. Enterram-se os mortos e dá-se música aos vivos. Até para o ano.

Não, o assunto não está encerrado e muito menos esclarecido

A tentativa de fechar o assunto dos incêndios, a pressa de António Costa, está a ter a reacção que se esperava.

O presidente da República diz em entrevista ao DN que está à espera das conclusões dos inquéritos às mortes de Pedrogão e ao roubo das armas em Tancos que considera grave. A Protecção Civil reage à " lei da rolha" . As famílias querem saber mais.

Contra o que o ex-ministro da Administração Interna e actual primeiro ministro desejaria o assunto não está esclarecido . Há culpados .

De repente o problema não são as mortes passou a ser o aproveitamento político

“Costa lamenta aproveitamento político de mortes em Pedrógão”; “Marcelo contra aproveitamento político das vítimas de Pedrógão”; “Pedrógão Grande: Bloco acusa PSD de aproveitamento político”

Considera a eurodeputada Marisa Matias que no caso das vítimas de Pedrogão a lista dos mortos não deve ser pública “por respeito às vítimas”. Ora uma pessoa não devidamente esclarecida sobre os meandros do aproveitamento político até podia pensar que a eurodeputada quer é respeito pelo seu sossego pois não é para todos (e todas, como diria a senhora eurodeputada) apoiar um governo que se confronte com tal lista.

É bastante claro o respeito que esta gente tem pelos mortos. Ainda me lembra no tempo da Troika as mortes que eram atribuídas aos cortes de verbas no SNS.

Com todo o respeito pelos mortos...

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