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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O modelo "Flórida da Europa" não serve

Viver do sol e da praia e atrair os reformados da Europa não chega como modelo económico sustentável. E não é por acaso que os países que estão eternamente em dificuldades sejam os países do sul da Europa - Portugal, Espanha, Itália e Grécia.

Em março, a agência alemã Scope Ratings publicou uma matriz de vulnerabilidade económica e dos sistemas de saúde que considerava, na parte económica, o peso do turismo no produto, o peso do emprego temporário e em micro-empresas, o peso da produção industrial e o grau de participação em cadeias de valor globais. Sem surpresa, as quatro economias europeias que surgem como mais vulneráveis são, por esta ordem, a Itália, a Grécia, Espanha e Portugal.

Terá ficado entretanto claro que uma tal sobre-especialização em segmentos do sector dos serviços caracterizados por salários baixos, empregos precários e baixa produtividade assenta numa visão estática e estreita das vantagens comparativas da nossa economia e introduz tendências para a desindustrialização, para a formação de bolhas de especulação imobiliária e para a vulnerabilização acrescida de uma boa parte da sociedade.