Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Mesmo a Zona Euro a crescer é obra "saborosa", nossa.

Ao fim de todo este tempo, dos quatro anos de troika e de dois anos de geringonça o país continua na cauda da Europa. No ritmo de crescimento da economia, na segunda maior dívida pública, nos juros elevados que pagamos .

Há vinte sete países dos vinte e oito países da União Europeia que crescem mais do que nós, a sua dívida pública é muito mais baixa que a nossa ( a vizinha Espanha tem uma dívida de 98,7%) e isto há vários trimestres consecutivos. Chegou enfim a vez de Portugal que por arrasto está a viver um bom momento.

Mas o que os partidos do governo nos querem fazer crer é que a melhoria na notação financeira é obra nossa nada tem a ver com o ambiente positivo europeu. A tal UE que estava a desfazer-se e que tínhamos que abandonar .

O que se está a passar na UE e na Zona Euro é a maior derrota dos partidos da extrema esquerda e de grande parte do PS. Afinal, o Tratado Orçamental não impede o crescimento da economia e a austeridade abriu o caminho a um período positivo.

Quem não gosta nada deste momento "saboroso" são os partidos extremistas. O seu silêncio é eloquente .

 

As implicações da elevada dívida na economia não podem ser ignoradas para sempre

Fitch uma das três grandes agências de notação financeira que mantém a nossa dívida no "lixo" e da qual esperamos ansiosamente uma palavra de boa vontade, vem dizer o que é óbvio mas que cá em Portugal não é tido em conta. Com a dívida a aumentar sem parar não há economia que resista mesmo que conjunturalmente possa crescer.

O crescimento da economia ao nível que está desde 2015 é incremental, quer dizer bateu no fundo e tudo o que bate no fundo volta a crescer. Em Portugal a riqueza produzida em 2016 é igual à riqueza produzida em 2008 .

E a Fitch vem dizer que se a curto prazo ainda é possível gerir o nível elevado da dívida soberana a longo prazo tal não é possível. Isto é, logo que a conjuntura deixe de ser favorável o crescimento para . E para que conste diz que a austeridade parou mas não devia ter parado.

Atendendo ao nível elevado da dívida, bem entendido, a tal que não deixa de aumentar.

"“Os níveis da dívida soberana em muitas economias avançadas estão desconfortavelmente altos, por isso seria prudente os governantes discutirem estratégias para os fazerem descer”, escreve o analista da agência de rating norte-americana."

"Consolidar-se-ia assim uma mudança de paradigma, ao dar prioridade às implicações económicas a longo prazo. “Até agora, estas decisões estão a ser adiadas no campo político. Mas as implicações económicas da alta dívida soberana não podem ser ignoradas para sempre“.

António Costa insulta a memória

Costa não consegue fazer política com verdade. Joga com a memória das pessoas. É intencional, o que faz pensar que Costa não deve ter em boa conta quem o ouve... "Pela primeira vez", diz o politiqueiro, "em muitos anos", uma rating (neste caso a Fitch) muda a perspectiva para "positivo".
Falso. A 11 de Abril de 2014, foi precisamente a Fitch que alterou a perspectiva para "positivo". Reverteu esta apreciação em 2016... para estável.
Perdeu-se, pelo menos, um ano.
Costa insulta a memória: faz o mesmo com o emprego, com a economia, com o défice. A fazer fé no homem, o desemprego só começou a baixar em 2016, os resultados da economia e no défice surgiram, apenas, desde que assaltou o poder...

A estrutura da geringonça expõe o país a pressões

A agência Fitch avisa :

"a Fitch espera que o governo continue a apostar na via de uma política orçamental mais rigorosa, ao mesmo tempo que mantém a estabilidade no âmbito da maioria parlamentar".

Chama, contudo, a atenção para os alicerces da geringonça: "a estrutura da maioria, que junta o Partido Socialista e dois partidos de esquerda, expõe o governo a potenciais pressões políticas no sentido de flexibilizar a política orçamental, especialmente após a saída do Procedimento por Défice Excessivo".

O PCP e o BE são cada vez mais um travão à disciplina orçamental quando em bom rigor ainda não saímos do "lixo". É a extrema esquerda que está a engolir um enorme sapo, não é Bruxelas nem o povo português . 

Mas não foi uma boa notícia ?

A agência Fitch manteve Portugal no "lixo" o que foi saudado pelo Presidente da República e governo como uma boa notícia.

A notícia é tão boa que os juros subiram para 4,20% logo após o anúncio .

Juros em alta após Fitch manter rating 

As obrigações soberanas portuguesas estão em terreno negativo, depois da agência de notação financeira Fitch ter na sexta-feira mantido o "rating" de Portugal em BB+, com perspectiva estável. O mercado tinha já reagido no final da sessão de sexta-feira, uma vez que a decisão foi antecipada pelo presidente da República.

A "yield" das obrigações a 10 anos agrava-se 3 pontos base para 4,20%, numa altura em que a dívida dos periféricos segue estável face ao fecho de sexta-feira. Com os juros da Alemanha em baixa ligeira (2 pontos base), o prémio de risco da dívida portuguesa está a agravar-se 5 pontos base para 381 pontos base.

É uma trajectória ascendente imparável enquanto a dívida crescer e a economia se mantiver abaixo dos 3% . Está à volta dos 1,3% .

A Espanha a crescer 3,5% e a Irlanda 5% já deixaram a nossa companhia nos PIIGS o que prova que o problema é interno já que o ambiente externo é igual para todos.

 

Provável ruptura na coligação é ameaça

A Fitch ( agência de notação financeira) teme que a coligação (PS+PCP+BE) atinja o ponto de ruptura ainda em 2016. Essa é uma das razões que levou a agência a baixar o "outlook" sobre Portugal de positivo para estável. As outras razões são as já conhecidas acerca da credibilidade do orçamento.

Estamos perante mais uma pazada de terra sobre a evolução da situação do país a juntar-se a tantas outras. E  “atingir um equilíbrio entre o cumprimento das regras orçamentais europeias e as exigências do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista está a mostrar-se uma tarefa difícil, o que cria riscos políticos significativos no curto prazo”.

Nada que não se soubesse desde que entramos na aventura

 

Taxas de juro da dívida ao mais baixo nível de sempre

Espera-se que ao fim da tarde a agência de notação "Fitch" suba a classificação da dívida de "lixo" para "investimento de qualidade".   Esta manhã a taxa de juro já está ao mais baixo nível de sempre. Como o pagamento da dívida só começa em 2019 a poupança em juros é colossal. A tal reestruturação da dívida tão exigida.

A confirmar-se, será uma notícia “muito positiva [para a dívida portuguesa] já que seria a primeira agência [entre as três principais] a recolocar a dívida nacional em ‘investimento de qualidade'”, dizem os analistas.

 Este alívio geral das taxas de juro está relacionado com as medidas de estímulo anunciadas pelo BCE e pela expectativa em torno do que o banco central poderá fazer mais, nomeadamente um programa alargado de compra de dívida pública nos mercados. É óbvio que fora do Euro não há disto, há empobrecimento.

A primeira vez que simpatizo (pouco) com uma agência de rating

A Fitch mudou a perspectiva negativa para positiva sobre a dívida portuguesa. Isto quer dizer que se prepara para retirar a notação de "lixo", isto é, em que considera que a dívida é especulativa e má para o investimento. Os juros da dívida vão continuar a descer e a saída do programa vai ser "limpa" embora a Fitch aconselhe uma linha cautelar.

O que poderá levar a uma subida do “rating”

A Fitch aponta quatro desenvolvimentos futuros que podem vir a desencadear a possível subida da notação financeira que, consequentemente, tirará o “rating” do nível especulativo.

 

--> A continuação da trajectória de redução do défice e a consistente diminuição do rácio de dívida pública em relação ao produto interno bruto;

 

--> A manutenção da recuperação da economia portuguesa e a prova de que a dívida privada já atingiu o pico e vai começar a cair;

 

--> Um acesso aos mercados em que não sejam pedidos custos de financiamento demasiado elevados que não sejam sustentáveis a longo prazo;

 

--> A apresentação de excedentes da conta corrente (saldo externo, saldo de todos os pagamentos e recebimentos do país) sustentáveis e que levem também à redução da dívida externa.