O ministro mostrou falta de experiência e ideologia a mais num dossier (TAP) onde corre muito dinheiro. E que não se resolve com nacionalizações nem com insolvências.
A preocupação de integrar figuras que conhecem em profundidade o dossiê da companhia aérea é evidente numa altura muito sensível para a TAP. E também pode ter outra consequência política: a centralidade das Finanças face ao Ministério de Pedro Nuno Santos que tem, formalmente, a tutela da empresa. As próximas semanas e meses serão decisivas para perceber a dinâmica entre os vários membros do Governo.
Os fornecedores do Estado deviam receber a 30 dias mas recebem a 300 dias. O efeito que este atraso tem na economia é arrasador.
Se o estado pagasse a tempo e horas podiam ter-se salvo 9 000 empresas. Um atraso médio de 12 dias nos pagamentos origina a perda de 14 000 empresas e uma redução do Valor Acrescentado Bruto da Economia é equivalente a 577 milhões de euros.
Centeno abre a carteira a despesa estrutural para agradar aos seus parceiros da extrema esquerda e sustentar os lobbies que sugam o estado .
Tendo tudo a seu favor perde a oportunidade de ser um ministro que fica para a história e corre o risco de ser o pior ministro das finanças.
O exagero das cativações começam a ser percebidas pela sociedade e as tragédas acumulam-se . Não há desculpas .
Primeiro tinha sido gravíssimo de tal forma que foram, sumariamente, embora provisoriamente, demitidos uns quantos comandantes militares.
Passados dias o roubo era o resultado das cativações de verbas pelas finanças que não deixaram a tempo, arranjar o buraco na vedação e substituir as câmaras de vigilância.
Logo que o governo viu que este caminho levava à responsabilização, arrepiou caminho, e as armas afinal nem eram armas, eram sucata, não tinham nenhum poder destrutivo.
Passados dois dias as demissões dos comandantes foram revertidas ( especialidade da casa).
Sabemos agora pela voz do ministro que se calhar não houve roubo nenhum as armas desapareceram por sua vontade . Livre e espontânea.
E, assim, em vez de um escândalo e de uma vergonha temos armas com pernas. Onde fica a reputação do Exército aí o governo não diz.
Está encontrado um culpado e o governo não tem nada a ver com o assunto. Como habitualmente.
Nós por cá deixamos de poupar e o que mais fazemos é endividarmo-nos. Somados os défices do estado, da segurança social , das famílias e das empresas andamos nos 500% do PIB .
O estado cativa a eito e não paga aos seus fornecedores, como na saúde . As cativações têm este resultado .
"temos que eliminar o défice público e o externo. E o crescimento tem que ser pelas exportações e investimento e temos que olhar para a poupança. É preciso ter medidas de carinho da poupança, nas famílias e empresas", salientou. "Este Orçamento em parte aceita a prioridade do investimento e exportações em vez do consumo, mas não podem vir dizer isso cá para fora, por causa do PCP e do Bloco de Esquerda. E promove muito pouco a poupança. Baseia-se na ideia de que quem poupa é rico e quem se endivida é pobre e eu não acho que seja assim". diz Rui Rio .
Porque como já hoje é evidente a chamada "viragem da austeridade" foi feita à custa de um brutal aumento dos impostos indirectos e do aumento generalizado dos preços dos bens essenciais bem acima da inflação.
Os empresários acreditam que "o modelo seguido nos últimos anos conduziu a uma situação muito difícil de mudar. Mas temos que mudar. O Estado não se reestruturou, ao contrário das instituições e empresas e estas fazem-no com o olho no mercado. No Estado, o mercado são os contribuintes e se olharmos para a evolução da carga fiscal o que aconteceu foi o aumento cada vez mais dos impostos", segundo Nunes de Almeida.
Passos Coelho diz que pode ser tarde para o governo tomar medidas para evitar o desastre que todos anunciam. A economia está em queda pronunciada, o IVA arrecadado está muito longe do orçamentado e a sua redução na hotelaria que entra agora em vigor vai prejudicar ainda mais.
Passos afirmou que, apesar de a execução do orçamento revelar "aparentemente que as coisas estão bem", na prática "há muita despesa que está a ser adiada, houve medidas que foram tomadas e que nos próximos meses vão gerar mais despesa ainda" e a economia está a abrandar.
O presidente do PSD reafirmou a convicção de que "se o Governo não está à procura de um pretexto para fazer eleições, pelo menos parece", pois os governos quando "se aproximam de eleições têm uma tendência para exacerbar demagogicamente condições que são muitas vezes artificiais, arranjam inimigos comuns".
Há muita gente a avisar mas o governo parece a senhora na auto-estrada. Vão todos em sentido contrário só ela é que vai no sentido certo.
A TAP e o aeroporto eram propriedade do governo . O terreno onde estão instalados eram da Câmara Municipal de Lisboa ( apesar de haver um contencioso que vinha desde a implantação do aeroporto naquele local). Para vender a ANA e a seguir a TAP era preciso desbloquear esta questão. O governo, accionista único das empresas públicas referidas, resolveu comprar o terreno supostamente propriedade da Câmara de Lisboa.
Há uns senhores na administração fiscal que se entretêm a devassar as contas fiscais dos contribuintes e que fazem passar para a comunicação social o que lá encontram e, mesmo, o que não encontram. Um crime. E como é que os directores podem controlar esse acesso impedindo o crime ? Sendo avisados pelo sistema que o funcionário está a mexer em certos processos . Nada mais simples e nada mais razoável.
Então o que faz a oposição? Colocam a coisa ao contrário. Há uma lista VIP que está mais controlada do que as outras e isso é uma descriminação. Dito de outro modo os funcionários podem aceder quando e como quiserem a todas as contas mesmo que seja para assoprarem para a comunicação social.
Há muito que se sabia ( e quem não sabia é porque não quer saber) que há redes organizadas dentro da administração pública para fornecerem ao jornalismo de investigação dados pessoais que são protegidos pela lei. Na lógica do sindicato os funcionários em vez de trabalharem devem procurar "casos" numa tentativa vã de fazerem esquecer o "caso" que os atormenta.
No seu livro – que explica, de forma simples e concreta, como tantos escândalos financeiros puderam ser orquestrados sem que ninguém desse conta –, Marc Roche aponta também a actual cultura de “ganância” como uma das principais responsáveis pela falta de ética que se sente nas finanças. Para o especialista, o facto de ser o sector onde as pessoas conseguem enriquecer mais rapidamente leva a que sejam muitos os que escolhem trabalhar em finanças apenas pelo dinheiro. Roche é também um acérrimo defensor do corte dos bónus dos banqueiros. “Se não houver bónus, não há razão para que licenciados brilhantes escolham a finança. Podem ir para a indústria ou o governo. O que temos agora é que os licenciados mais brilhantes, de Harvard, do MIT, da London Business School, vão para o sector financeiro. Ganância. Glamour. Filmes. Boa vida. O desejo destas coisas, que ainda são aquilo que os jovens procuram, tem de ser erradicado.”
E continua: “Não há nenhuma necessidade de os banqueiros ganharem duas, cinco, dez vezes mais que um empresário da indústria, com o mesmo nível de responsabilidade e competência. Não há qualquer razão para isso acontecer! A mensagem para estas pessoas é que já não é cool ser banqueiro.
O que é verdadeiramente importante nesta questão da suposta lista VIP ? E esquece-se o essencial, aquilo que o Sindicato deveria explicar. Por que estranha razão andam injustificadamente funcionários da administração fiscal a aceder a informações de contribuintes que não lhes dizem respeito? Não interessa se têm credenciais para o fazer (é evidente que as têm, uma vez que a essas informações acedem), a pergunta que se deve fazer é: por que razão o fazem?
Há 140 funcionários da administração fiscal que foram apanhados a aceder, sem justificação, a informação fiscal dos contribuintes. Há 140 tipos que se deliciaram no voyeurismo alheio, abusando das credenciais que tinham. Devem manter essas credenciais? Esses poderes? Não há que dar explicações? Por que razão o fizeram? Ao invés de trabalhar? Esses funcionários não merecem os processos disciplinares? O que tem o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos a dizer sobre isso? E o PS?
Independentemente de quem esteja no Governo, os trabalhadores dos impostos estão lá e são pagos pelos contribuintes para trabalharem, não é para perderem tempo em bisbilhotices ou voyeurismo, só porque “têm credenciais”.