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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Woody Allen longe do seu melhor

É, claro, que está lá tudo o que levou o realizador ao nível mais alto. A história, os interpretes, as falas têm momentos muito bons mas o filme não é todo bom o tempo todo. A história do jovem mais novo de uma família judia ( o próprio realizador?) que vai para a grande cidade à procura de uma oportunidade que há-de aparecer pela mão de um tio. Aparece a oportunidade e todas as surpresas que a vida reserva.

 

 

 

O filme - O homem que viu o infinito

De vez em quando o sistema ou a ordem que reina no universo cria o génio com figura de homens e mulheres. Que fazem o sistema dar saltos em frente sem os quais a vida entraria em becos sem saída. É aos ombros desses homens e mulheres que todos nós vivemos. Poucos vendo muito longe para lá do horizonte, ainda menos os que marcam encontro com o infinito.

Esta é a história verídica de um desses homens que resolvia problemas matemáticos incompreensíveis para os maiores académicos do seu tempo . Não sabia como sabia nem como lá chegava mas há sempre quem reconheça o génio e o acarinhe. A maioria limita-se a ter inveja. 

Entre o rigor que a academia lhe pedia e a intuição genial houve um ponto que libertou todos os outros. É a procura desse encontro que trata este filme.

 

O filme - A rapariga Dinamarquesa

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 Um filme sublime ou uma interpretação sublime ? As duas coisas embora a interpretação lance desde já o actor para o Óscar.

A alma de uma mulher prisioneira no corpo de um homem. Uma metamorfose desenrola-se perante os nossos olhos a ponto de percebermos o momento em que a alma feminina mata o hospedeiro  masculino.

Sem pieguices e dolorosamente digno, a história leva-nos até à primeira tentativa cirurgica de mudança de sexo. A não perder

 

O filme deste verão - Um ponto de viragem

 Uma actriz presa a uma cadeira de rodas, usando apenas a voz e a posição das diversas partes do corpo à medida que a doença avança, arranca uma interpretação fantástica.

É bem verdade que Deus ( ou alguém por Ele) deu ao ser humano a liberdade de opção. Entre a ganância e o altruísmo. E a alguns deu o talento, talvez a dádiva maior logo a seguir à vida. Duas mulheres bem diferentes que fazem da sua diferença uma lição de coragem e amor.

Hillary Swank continua a ser a " one million of dóllares, baby" de Clint Westwood .

 

O Filme - há sempre umas gajas ricas a apoiar os terroristas

E a primeira coisa que fazem é despirem-se para escreverem uns sound bites hipócritas entre as mamas. Normalmente dão-se mal com o pai que lhes pagou os bons colégios que frequentaram. E têm um ódio mortal a tudo o que é Ocidente, incluindo a terra onde nasceram.

Abrimos as portas a tudo o que é imigração incluindo os que mataram e matam inocentes, seja em Madrid ou em Londres. Em nome de Alá o misericordioso. Se forem os ocidentais a matarem os actos revolucionários passam a assassinatos. Este filme conta uma boa história a partir de um livro de John Le Carré. A não perder.

O lobo vende "banha da cobra"

O Lobo de Wall Street mostra bem que por detrás dos vendedores e dos compradores enganados, está a mesma ganância. De uns e outros. Ontem apareceu um cidadão na SIC, sem dar a cara,  a dizer que há gente a deixar os empregos porque passaram a ganhar muito mais num qualquer negócio on line. Eu não percebi e eles ainda percebem menos. Daqui a uns tempos quando ficarem sem trabalho e sem dinheiro vamos tê-los por aí a dizerem mal do sistema.

Há trinta anos foi a fraude do "time - sharing". Em todo o mundo milhões de pessoas aderiram a este negócio. Ficavam co-proprietários de semanas em grandes hoteis e modernos condomínios. Quando deram por ela, não tinham dinheiro para pagar os encargos fixos semanais. No Algarve há quem seja hoje proprietário dessas propriedades sem terem gasto um tostão. Os compradores ofereceram-lhes as semanas em "time-sharing" em troca de tratarem dos problemas de contencioso que mensalmente lhes caiam em cima na terra distante.

Camionetas de emigrantes eram arrebatos nas suas aldeias para virem jantar a Lisboa num moderno hotel. Com o ambiente assim criado compravam tudo o que lhes vendiam. Nem sequer sabiam se o hotel em venda existia, bastavam umas fotografias de obras inacabadas.

Sempre haverá lobos porque há cordeiros, comidos pela sua ingenuidade e ou pela sua ganância. Ver este filme dói porque se percebe que daqui a uns tempos nos vão vender a ideia que vamos ficar todos ricos. A maioria vai comprar.

 

 

 

O Filme - a propósito de Llewin Davis

Um filme dos irmãos Coen agrupa tudo. O sonho e a realidade. A amizade e a traição. A infidelidade e a ingratidão. Há sempre um pretexto para os humanos exibirem estas "virtudes".
A beleza de A Propósito de Llewyn Davis, pontuada por deslumbrantes momentos musicais, reside no efeito quase fantasista que a jornada de Llewyn parece tomar. A sua viagem para Chicago na companhia de dois desconhecidos – um dos quais fantástica e hilariantemente interpretado por John Goodman – é o momento fulcral em que o espectador se questiona sobre a veracidade de toda a história. Atravessando estradas vazias no meio de nenhures, esta sequência partilha as características de um sonho tido algures, já meio esquecido. Talvez Llewyn nunca faça efectivamente esta viagem; talvez toda a história seja o resultado da sua música. 

O filme : Capitão Phillips

Não atinava como é que a desproporção de meios entre, um barco de pescadores e um porta - contentores de milhares de toneladas e com trinta metros de altura, permitia que o primeiro assaltasse o segundo.

E, quando chega a marinha dos Estados Unidos a desproporção ainda é maior. Trata-se de repor a legalidade em águas internacionais, de salvar um  americano ou de matar "piratas"?

É um filme cheio de acção mas saímos da sala cheios de sal. São duas horas no mar alto.

Filme - o regresso à Terra Mãe

Gravidade é um filme de uma beleza extraordinária. Não só pelas belíssimas imagens do espaço e da Terra que proporciona como também pela mensagem que emite. Ao longo da vida vamos deixando cair o que nos define, vamos mudando a percepção das coisas até voltarmos, "literalmente", de onde viemos. Da mãe Terra!

Uma soberba interpretação de Sandra Bullock bem acompanhada pelo George Clooney. Sem beijos e sem tiros. Mas com uma cumplicidade de estarrecer.

Allez ao cinema, pessoal !

O filme - HANNAH ARENDT - filósofos há muitos

O filme Hannah Arendt , já foi muito bem apreciado aqui no Banda Larga. Hoje foi a minha vez de o ir ver. Faz pensar. Como é que pessoas vulgares assassinam em massa? Como é que o "pior dos males" se banaliza ao ponto de as pessoas não terem consciência nem sentirem culpa?

Cá em Portugal, à nossa medida, também já tivemos disto. Uma das frases emblema do Salazarismo era justamente " tudo pela nação nada contra a nação". Quem quisesse trabalhar para o estado tinha que assinar o papel. Claro que quem o assinava, na maioria das vezes, só procurava um rendimento, procurava sobreviver.

Gosto de pensar que trabalhar com independência de favores é a  forma mais revolucionária de estar em sociedade. Não tem que estar de acordo com nada, conhece as leis da República e cumpre-as. Se as leis são iníquas faz o que pode para as tornear. Sempre com  a consciência que não basta o estado apontar um caminho que só a si próprio diz respeito.

O estado sempre tenderá a meter-se na vida e nas opções de cada um. Cabe à sociedade civil informada defender-se dessa intromissão abusiva. Essa defesa, porém, só terá eficácia em democracia pluralista e num estado de direito.

O fascismo em Portugal traduzia-se em pequenas coisas diárias, desde a prepotência das autoridades até à estupidez do mais simples funcionário. Até há bem pouco ainda era assim!