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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Não há nostalgia como esta

Logo na noite do 25 de Novembro ( se bem me lembro) o MFA pela voz do Capitão de Abril Melo Antunes avisou ( aconselhou) que a direita vencedora deveria refrear a vingança . É que se corria o risco não só de correr sangue mas também de o PCP ser empurrado para a clandestinidade à margem da Democracia que se queria plena para o pais.

Os portugueses perceberam e deram ao Partido em eleições (as primeiras) um resultado elevado ( se bem me lembro 17%). O povo queria o PCP em Democracia.

A partir daí os comunistas foram perdendo votos mas sempre com resultados que o definem como essencial à vida democrática. E, além disso, há que não esquecer a influência na vida sindical e social.

Os portugueses nunca estiveram contra o Partido Comunista, nem estão, mas na sua enorme maioria não aprovam as propostas comunistas. Um Estado a mandar em tudo e todos e um só partido a mandar no Estado.

Bem pode Jerónimo gritar aos quatro ventos que quiseram calar o Partido, tapar-lhe os olhos, manietá-lo que, por mais que o repita, a verdade é que os portugueses não subscrevem as suas propostas e nada têm contra a Festa do Avante.

Há uma nostalgia da clandestinidade e da luta contra o fascismo que a velha geração de dirigentes alimenta.

JS do Seixal contra a Festa do Avante

Não matem o mensageiro. Agora é a Juventude Socialista que em carta aberta critica o PCP de levar a efeito a Festa do Avante. E critica pelas melhores razões.

A JS questiona ainda se as medidas impostas pela Direção-Geral da Saúde serão suficientes para impedir o risco de disseminação do vírus, ao mesmo tempo que destaca uma total "desconsideração e despreocupação" do PCP pelos esforços desenvolvidos para a contenção de uma eventual segunda vaga de contágios. Ao mesmo tempo que lembra que os partidos comunistas de Espanha e França "tiveram a lucidez necessária" de cancelar os respetivos festivais.

A Juventude Socialista recorda ainda que o regresso às aulas está marcado para menos de 15 dias depois da Festa do Avante! na Quinta da Atalaia, que tem nas suas imediações a Escola Secundária da Amora, razão pela qual questiona o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, eleito pelas listas do PCP, sobre a realização do evento e sobre as medidas que vão ser adotadas para proteger os alunos que vão estar em exames nacionais.

Festa do Avante em destaque (Associated Press) como excepção na Europa

Para os indignados do costume. Bastava procurar e encontravam o que não querem mas a verdade é assim, vem ao de cima.

A notícia dá ainda conta da contestação que muitos setores da sociedade têm feito por as autoridades terem cortado o número de pessoas que podiam assistir a eventos públicos, mas por permitirem a presença de tantas pessoas na festa comunista. 

The New York Times refere que o anúncio surge aquando "de o governo de centro-esquerda Socialista está à procura de apoio político de outros partidos, incluindo os comunistas, para o orçamento de 2021". 

O Partido Comunista Português recebe um OK para evento com 16.500 pessoas", lê-se no título da notícia publicada esta segunda-feira no The New York Times. A notícia, assinada pela agência Associated Press, foi publicada no dia em que se ficou a saber que a Direção-Geral de Saúde permitira ao PCP organizar a sua típica festa anual com uma lotação máxima de 16.500 pessoas, metade das que o partido tinha anunciado.

The event is a major source of income for the Communist Party, which has 10 seats in Portugal’s 230-seat parliament.

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Suicídio colectivo chamado "Avante "

Até os "trumps" estão não sei se surpreendidos se esperançados. Chamam "suicídio colectivo" à Festa do Avante.

Alguma coisa a Festa terá de estranho este ano para até chamar a atenção da imprensa internacional. Levantar este problema em plena pandemia é quase ridículo face aos enormes problemas que a população enfrenta.

A não ser que o medo que nos tem mantido em casa seja reaccionário quem está preocupado com a Festa do Avante só está com medo com a sua saúde e a dos seus. Nada de reaccionário .

É uma questão de saúde pública. Nada de política.

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Comerciantes e famílias protegem-se da Festa do Avante

Ali na zona há mais de 40 comerciantes que fecharão as portas para se defenderem de possível contágio durante a festa do Avante. E há famílias que também se irão proteger.

Prefiro fechar três dias, ainda que com sacrifício, do que fechar três semanas", sustentou Maria Carvalho, acrescentando que a "movimentação de pessoas durante o Avante envolve toda a freguesia de Amora, e não apenas a Quinta da Atalaia", onde decorre o evento anual organizado pelo PCP.

São também "vários os moradores" de Amora, no concelho de Seixal, distrito de Setúbal, que ponderam sair de casa durante os dias da Festa do Avante por não quererem "correr riscos de saúde pública".

Ninguém tem nada contra a Festa do Avante é tudo uma questão de saúde pública.

A Festa do Avante não é importante

É importante para o PCP e para os seus militantes mas não é importante para o país.

Muito mais importantes são as festas centenárias de verão das aldeias que recebem milhares de compatriotas emigrantes. Importantes para o comércio local. Importantes para as famílias que esperam ansiosamente durante um ano pelos seus entes queridos.

E, no entanto, foram proibidas. E bem. Porque há leis e regras para cumprir e que se aplicam a todos.

Os comunistas não podem esperar que não se aplique à sua Festa o que se aplica a todos os outros. Há excepções ? Infelizmente há e foram protagonizadas pelos mais altos dignitários do estado. Mas não é razão suficiente para esquecer o mais importante de tudo.

Estamos em plena pandemia que só nós podemos travar e juntar milhares de pessoas num só recinto não se aconselha.

PS : texto no Público com acesso pago

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A Festa do Avante ! não é uma festa

É o que os comunistas quiserem. O PCP diz que "" é uma grande realização político-cultural " surgida "muitos anos antes da existência" de festivais de música. O que é verdade mas que no contexto da crise não vem a propósito.

A questão, tal como aconteceu com o 1 de Maio na Alameda, é que a sua realização implica não cumprir com as regras emanadas pelo governo no que diz respeito ao confinamento por concelhos e ao ajuntamento de pessoas.

O governo após o comunicado do PCP já veio modificar a medida alargando para "festas e outras manifestações" mas o partido deixou tudo preparado para o combate em Setembro.

A luta continua!

 

Afinal o coronavírus é anticomunista primário

Segundo o PCP toda esta pandemia não é mais do que uma manobra para exacerbar o "individual" contra o "colectivo".

Leia-se, é preciso justificar o 1 de Maio e o atropelo às decisões do Presidente e do governo quanto à mobilidade (curiosamente reduzem os direitos individuais) e vem aí a festa do " Avante" que como se sabe "não há festa como esta". E lá vamos ter mais uma vez uma multidão junta. E no caso sem máscara.

Mas a posição de fundo do partido tem raízes mais profundas. Num artigo de opinião no “Avante!”, Jorge Cordeiro, membro da comissão política, explora a ideia de que existe um “agigantamento do medo, para lá do racional” e um “clima geral de intimidação social” com o objetivo de “exacerbar” o individual. Por isso, e assegurando que não existe “qualquer desvalorização” que toca ao combate e à prevenção, os comunistas veem na crise da covid-19 o “inaugurar” de uma “nova fase mais intensa e mais perigosa de difusão dessas ideias” — as ideias que privilegiam o individual por oposição ao coletivo.

E é isto, depois ficamos muito admirados que não se encontre vacina contra o coronavírus .

A empresa " Festa do Avante " pode passar a sede para a Holanda

O  PCP e o BE atiraram-se ao ar quando souberam que algumas empresas portuguesas transferiram as respectivas sedes para a Holanda onde a carga fiscal é muito menor.

Ainda há cerca de um ano uma das maiores empresas de supermercados transferiu a sua sede para aquele país com esse intuito. Foi um fartar de impropérios, rasgar as vestes, traições e vilanagem. Traidores !

Agora os partidos pela calada da falta de vergonha juntaram-se para legislar em causa própria para fugirem aos impostos. Face à reacção popular foi vê-los a recuar, que não, não foi essa a intenção. E aceitaram e concordaram com o veto presidencial .

Mas o PCP que tem a Festa do Avante como fonte maior das suas receitas e é um potentado imobiliário insurgiu-se contra a ingerência do presidente na vida interna dos partidos. O PCP quer ser beneficiário de isenção de impostos e do IVA.  Não há bifana como esta, sem IVA, na festa.

Mas se não convencer o povo ( o seu povo) pode sempre ir para um paraíso fiscal que tanto odeia. É mais transparente do que criar dentro da Lei portuguesa uma vilanagem pretensamente legal . 

O partido rico que é defensor dos pobres

O PCP é como os outros partidos. Tem as suas debilidades tão humanas como todos os outros e não aguenta o escrutínio da imprensa sem revelar as suas fraquezas.

É o partido que tem maior e mais rico imobiliário e é o que vai pagar mais IMI. Tem duas quintas à beira Tejo plantadas que servem, aparentemente, para três dias da Festa do Avante. E nos outros 362 dias estão ao abandono. Será razão para reverterem para o estado ? Tenho a certeza que virá uma lei na altura própria apropriada ao assunto.

Mas o PCP que tanto se insurge com a pobreza dos trabalhadores podia avançar com acções de cariz capitalista para dar trabalho aos desempregados. Até podia avançar com acções colectivas que ninguém leva a mal. Por exemplo, como é que o PCP vai pagar tão elevados impostos sobre o sol e as vistas das quintas na Atalaia ? Vem aí outra lei a isentar o partido ?

"Se fosse escrutinado de forma exigente pela comunicação social, alguém indagaria como conseguiram os comunistas reunir um património imobiliário equivalente ao dos outros partidos todos somados e valorizá-lo em dois milhões de euros entre 2012 e 2015, ampliando-o de 13 milhões para 15 milhões no apogeu nacional da “crise do sistema capitalista” que tanto dizem combater mas de que aproveitam como nenhum outro, percorrendo sem rebates de consciência as alamedas do lucro. Assim talvez ninguém se espantasse por saber, como há dias se soube, que os comunistas pagarão em 2017 cerca de 50 mil euros em IMI, apesar de os edifícios adstritos à actividade partidária estarem isentos deste imposto."

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