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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Uma campeã serena não pode ser mansa

Serena é tudo menos mansa. Quem ao nível dela ganha tudo ou quase tudo ao ponto de ser considerada a melhor tenista de todos os tempos, tem que ser competitiva, ganhadora, sem pieguices e sem compaixão. Não precisa é de ser mal criada quando perde. É que aos 38 anos vai perder mais vezes.

Serena Williams que me lembre nunca perdeu por 2-0 . E nunca por 6-2 e 6-4 . Perdia, raramente, por 2 -1(partidas) e por 7-5(sets) . É esta a verdadeira razão porque Serena se tornou problemática. Saber sair a tempo é uma virtude que a maioria não tem. Quantos futebolistas se arrastam, quantos atletas de classe mundial, quantos jornalistas, quantos gestores...

E os árbitros passam a ter a culpa . Velho como o mundo do desporto. Comparar uma vítima da violência doméstica com uma campeoníssima multimilionária é ridículo .

 

O mundo não é a preto e branco como o BE e Robles o pintam

Fernanda Câncio também é senhoria : 

Quem é que quereria investir centenas de milhares de euros, endividando-se, para apostar num negócio sem segurança jurídica, e no qual o mais certo é ter chatices e perder dinheiro? Robles, claramente, não. Apesar de tudo o que defende e sobretudo do que quer impor aos outros, não escolheu ser santa casa: antes ter lucro, e o mais possível, inclusive comprando a ótimo preço um edifício que foi para alienação numa altura, a da troika, em que o Estado vendia ao desbarato para se livrar de responsabilidades e despesas (o edifício precisava de obras e as rendas eram muito baixas) e "equilibrar" as contas públicas, numa prática que o BE bem denunciou e atacou.

Fez tudo ao contrário do que ele e o seu partido defendem, o que pode ser olhado como um caso triste e incidental de falta de caráter ou, como prefiro vê-lo, evidência de que o mundo não é a preto e branco como o discurso do BE e do próprio Robles o pintam, e que ao deliberarem intervir no mercado do arrendamento no sentido de o tornar cada vez mais penalizador para os proprietários estão a certificar que cada vez menos gente - mesmo no BE, ahah - queira investir nele ou nele permanecer.

O sector privado da habitação garante a maior parte da habitação social

E o Estado nem sequer ajuda fiscalmente os que asseguram a habitação social que compete ao Estado.

No trabalho de um grupo de investigação europeu sobre direito à habitação, certifica-se que em Portugal 4% dos arrendamentos habitacionais são garantidos por habitação social, enquanto 11,5% estão no regime de renda condicionada vitalícia, ou seja, o setor privado garante quase o triplo da habitação social do setor público. Com a particularidade de o fazer por imposição estatal e sem qualquer custo público - aliás, sem, qualquer benefício fiscal sequer. Por incrível que pareça, nem sequer na recente discussão sobre benefícios fiscais para senhorios alguém se lembrou de propor que os que estão há décadas a receber valores muito abaixo dos de mercado - em muitos casos equivalentes aos da habitação social pública - tenham algum tipo de compensação por esse facto. Nada: os proprietários obrigados a receber rendas dependentes do rendimento dos inquilinos pagam o mesmo de IRS e de IMI que todos os outros.

Câncio criticar Sócrates no exacto momento em que o PS o deixa cair, é rídiculo

É uma coincidência do catano.

Que só tenha descoberto agora que Sócrates lhe terá mentido, ou seja, no mesmo exato momento em que o PS o passou a criticar publicamente, é ridículo.Curiosamente, ou talvez não, no momento em que o PS lançou uma ofensiva sobre José Sócrates e em que um dos núncios foi, nem mais nem menos, do que a mesma alma que terá avisado aquele de diligências em segredo de justiça, Câncio decidiu escrever um artigo, onde não apenas não pede desculpa como se vitimiza por actos praticados por José Sócrates. Dito de outra forma, uma mulher que tem formação superior, é jornalista e, como tal, é suposto não desconhecer quanto ganha um primeiro-ministro, quer-nos convencer que foi enganada. E, não inteiramente contente com tal, aproveita para cavalgar de novo a onda, desta feita renegando o que antes elogiou.

Também tu, Fernanda ?

Sócrates mentiu, mentiu e tornou a mentir.

Mas, claro, José Sócrates sai vitimizando-se, falando de "embaraço mútuo" e ameaçando, segundo o Expresso, "vingar-se" - aventa mesmo "um amigo" que poderá "usar escutas a que teve acesso como arguido". Chocante, porém não surpreendente. De alguém com uma tal ausência de noção do bem e do mal, que instrumentalizou os melhores sentimentos dos seus próximos e dos seus camaradas e fez da mentira forma de vida não se pode esperar vergonha. Novidade e surpresa seria pedir desculpa; reconhecer o mal que fez. Mas a tragédia dele, que fez nossa, é que é de todo incapaz de se ver.

Manuela Moura Guedes diz que Fernanda Câncio abandonou o barco

O que ainda não se percebeu é porquê agora. Mas que Fernanda se viu na necessidade de se afastar do processo é evidente. Aproveitou para atacar a imprensa sensacionalista no que tem muita razão mas não é suficiente para explicar agora esta prova de vida. A paixão cega é bem verdade.

Quem não perdoa é Manuela Moura Guedes : Mas não, Fernanda é simplesmente igual ao português comum que reelegeu Sócrates em 2009 enquanto se caminhava alegremente para a bancarrota ,o português que aplaude quando ele vai ao Marão ou a Paredes de Coura dar lições de sapiência sobre o País que ele afundou. A única diferença, e é circunstancial, é que a incauta Simplesmente Fernanda precisa neste momento de limpar o nome, a imagem e não direi a alma porque essa estava cega, surda e muda. Agora finalmente falou e falou alto para dizer que abandonou o barco”, afirma Manuela Moura Guedes.

 

Câncio também não fez as perguntas óbvias a Sócrates

Admito que a maioria não faça as perguntas óbvias em determinadas situações. Mas a Justiça tem que as fazer.

Uma conhecida minha e respectiva família vivia à grande e à francesa. Grandes bombas, casas de luxo, viagens à volta do mundo e tudo isso era justificado por ser proprietária de uma farmácia. Hoje vive em Maputo depois de deixar tudo para trás. Estava na frente de toda a gente mas ninguém viu . E, no entanto, todos os que a conheciam estranhavam mas ninguém se atrevia a colocar a hipótese de tudo não passar de uma enorme fraude.

Mas quem beneficia desses esquemas também não faz perguntas ? Fernanda Câncio vê-se na necessidade de se explicar. Uma nova fase no processo que envolve Sócrates depois de conhecidas as razões do MP.

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A jornalista - modelo

Isto de haver jornalistas que têm a obrigação de escrever diariamente ou quase leva muitos deles a inventarem assuntos. Ou pelo menos a inventarem cenários acerca de assuntos que tenham impacto junto dos leitores. O racismo é um deles . Pessoas de pele escura não entram, pessoas de pele clara entram sem problemas, escreve a Fernanda Câncio no DN.  Claro que teve o cuidado de não evidenciar o que tinha acontecido naquela tarde no Vasco da Gama. Isso não interessa nada .Para a jornalista o que interessa é criticar a polícia, a mesma que impediu os seus amigos de assaltarem a Assembleia da República. Porque nesta história, e ao contrário do que a jornalista nos quer fazer crer, o que está em causa não é a cor da pele - basta andar pelas ruas, frequentar restaurantes e cinemas, e até o Vasco da Gama - é mais a cor da farda.

Jornalismo apartidário

Braga de Macedo só tarde se apercebeu de quem era a jornalista que não teve a honestidade de esclarecer o entrevistado e de fazer o habitual "disclaimer".

Apresentar-se como jornalista que se propõe fazer uma entrevista e depois tudo resultar numa discussão acerca dos méritos do governo anterior, é profundamente desonesto. Mas é o jornalismo que temos e esta senhora nada tem de jornalista, não passa de uma facciosa militante do PS socrático.

Aqui pode encontrar a explicação do Prof Braga de Macedo. Uma nota adicional sobre a entrevista. Ao longo da entrevista são notórios a agressividade do entrevistador e o teor inusitado de algumas questões. Inicialmente não me preocupei em saber quem era o jornalista mas fiquei curioso e no final fui ver quem se tratava. Devia ter adivinhado. Teria sido útil que tivesse tomado para si o conselho que dá na penúltima questão tivesse publicado um disclaimer no início da entrevista. A militância política não se resume à filiação partidária.