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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Ricardo Salgado avisa que não há almoços grátis

Ricardo Salgado não está preso porque apresentou uma caução de três milhões de euros. E sabe-se hoje que uma das suas empresas funcionava como um saco azul  por onde passaram trezentos milhões para pagar favores. As cartas de Salgado são públicos avisos que não cairá sozinho. Para se ser "dono disto tudo" é preciso beneficiar de cumplicidades e de comprar favores.

As cartas de Salgado enervam políticos e gestores que falam por ele.  Se ninguém recebeu também ninguém pagou ora essa.

A ideia é mostrar que receber comissões da compra de submarinos é normal. Mesmo que sejam 30 milhões é normal . E que a Caixa Geral de Depósitos (banco do estado) não financie tal negócio também é normal.

E a falência do grupo ficou a dever-se à falta de apoio do estado que, anteriormente, era normal prestar. Tivesse o estado feito o que devia, como sempre , e nada disto tinha acontecido.

A táctica é a mesma de quem está impedido de escrever cartas e de dar entrevistas. É preciso lembrar, manter a pressão, não deixar cair no esquecimento público. Os destinatários, alguns mesmo involuntariamente, fazem o serviço.  É a chantagem de Salgado. Se ele quiser sabe-se tudo. 

Esconder as cunhas e os compadrios

O governo quer publicitar os beneficiários dos apoios do estado. O que é mais que razoável. É a forma democrática de escrutínio. Se há ou não abusos, se são mesmo pessoas que necessitam. O que se sabe é que há um "negócio" de favores onde devia existir um processo transparente.

Critérios objectivos é coisa que não há.

Se não há informação como podem os preteridos contestar? Trata-se de dinheiros públicos, de casas sociais, exige-se transparência. E os contribuintes têm todo o direito de saber como estão os seus impostos a ser utilizados. É incompreensível como há quem esteja contra esta medida que o governo quer tomar, embora se adivinhe quem sejam. Os mesmos que querem um estado opaco, que vivem sentados á mesa do orçamento, que gritam contra toda a mudança, que estão nas manifestações...

Esta luta por um estado mais transparente, eficiente e justo é a luta de uma vida! "
A proposta em causa integra um diploma de âmbito mais vasto, que prevê a publicitação, no site da Inspecção-Geral de Finanças, do nome dos beneficiários quer de subsídios públicos, quer de apoios comunitários. Contra a divulgação dos apoios sociais está igualmente a Assembleia Legislativa da Madeira, que, num parecer da sua comissão permanente da administração pública, a considera inaceitável à luz do princípio de protecção e respeito da privacidade dos cidadãos.