As famílias não vão conseguir manter a distância entre os seus membros para assegurar um jantar de Natal e almoço de Natal seguros ?
Pelo menos com o núcleo mais chegado, dez pessoas, as mesmas ao jantar e ao almoço, os membros familiares com quem privamos diariamente ou quase, que conhecemos a vida que fazem, os riscos que correm.
O meu filho trabalha a partir de casa, terá os seus contactos com clientes e fornecedores, priva com as duas filhas de dez e sete anos que frequentam um colégio. A mãe das minhas netas trabalha ao ar livre. Eu passo grande parte do dia em casa e dou o meu passeio de 5 kms/dia por zonas pouco frequentadas e ao ar livre. A mãe do meu filho sai de casa para ir às compras cumprindo todos os regulamentos.
A segurança na minha família é inferior à oferecida pelo congresso do PC ? Claro que não. E vou deixar de festejar o Natal ?
As minhas dúvidas levam-me a ter menos certezas que os comunistas porque a minha preocupação são os meus entes queridos, já o PCP quis fazer e fez alarde da sua conhecida prepotência. Interessa-lhe o cenário que apresenta ao país mas não pensa nas famílias dos congressistas. E se algum deles leva para casa o vírus ?
Vamos ver se quem se vergou ao poder do partido agora tem a lata de convidar ou exigir que as pessoas não festejem a festa da família .
E as famílias vão aos hospitais privados porque querem ninguém as obriga a ir . E o mesmo se passa com os beneficiários da ADSE e outros subsistemas públicos, privados e seguros . Chama-se liberdade de escolha.
Quanto ao SNS é por falta de capacidade em responder à procura que orientam parte dos seus doentes para os privados. Ganham todos com isso. SNS, privados e os doentes.
E, não, o Estado não tem capacidade, nem nunca terá, para financiar as estruturas, equipamentos e pessoal necessário para responder à procura de toda a população.
Um bom novo exemplo é o Novo Hospital Ocidental de Lisboa cujo concurso foi agora lançado como parceria-público-privado - 330 milhões de euros (privados) por 27 anos . O Estado pagará uma renda de cerca 18 milhões de euros/ano.
Em todos os países decentes onde o bem estar da população importa é assim.
Dar com uma mão e tirar com a outra dá nisto. O PIB per capita em Portugal melhorou entre 2015 e 2016, mas esta subida não teve reflexos no indicador que mede o bem-estar das famílias. Portugal a par de Espanha, Lituânia e Malta formam o grupo de países onde o indicador sobre o bem-estar das famílias está entre 10% e 20% abaixo da média da União Europeia. Estes dados foram publicados esta quinta-feira, 14 de Dezembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Eurostat.
No conjunto dos 28 estados-membros que formam a União Europeia, 18 têm um nível de bem-estar abaixo da média. Portugal lá continua, militantemente, apesar das vitórias sucessivas que António Costa atribui ao seu governo.
O crédito às famílias cresce para compra de habitação e a poupança cai a pique. Um "boom" na habitação é cada vez mais previsível. O crédito às empresas não arranca. O orçamento para 2018 é mais uma prova com os partidos a ver "quem dá mais "
Este momento de crescimento deveria servir para nos acautelarmos para a crise que mais tarde ou mais cedo chegará . Os juros irão subir( com o fim do quantative easing) do BCE e com o nível da nossa dívida é um problema que exige contenção e caldos de galinha.
As autárquicas com os resultados medíocres do PCP e do BE vieram atiçar ainda mais as exigências sindicais.
Este era o momento certo para se concretizarem as já cansativas reformas estruturais. É óbvio que as políticas que promovem a eficiência e que em geral têm como consequência a redução do emprego e a moderação do crescimento deviam ser realizadas nos tempos de prosperidade. Infelizmente não existem condições políticas para se concretizarem essas mudanças. Vivemos em permanente campanha eleitoral, com o Governo e os partidos que o suportam no concurso do “quem dá mais”, na expectativa de segurarem e aumentarem o seu eleitorado.
É verdade que li algures, com espanto, que historiadores portugueses tinham chegado à conclusão que as famílias dos marinheiros que navegaram nas caravelas ainda hoje vivem nas mesmas casas. Na Mouraria, no Bairro Alto, 600 anos depois.
Agora historiadores italianos chegaram à conclusão que as famílias mais ricas na Idade Média são as mesmas de hoje. Basta, pois, ter um sobrenome familiar apropriado para não passar a "barreira de vidro" que separa os ricos da pobreza. E já era assim antes do capitalismo. As revoluções francesa, industrial ou o advento do estado social democrata não mudaram esse padrão.
O que realmente mudou é que o capitalismo conseguiu criar riqueza como nenhum outro sistema e, com isso, criar a classe média retirando da miséria milhões de seres humanos . Pela primeira vez a miséria no mundo atinge menos de 10% da população mundial.
E o mais curioso é que concluem que a mobilidade social na China comunista, incluindo nos anos de Mao Tse Tung, é muito similar à da Inglaterra e dos restantes países. Ou seja, a culpa da manutenção das mesmas elites no topo de cadeia social não é do capitalismo.
Um excedente de 1,1% em 2015 contra 1,4% em 2014 . Recorde-se que, antes do resgate a Portugal, o país apresentava necessidades de financiamento superiores a 7% (o valor mais negativo foi observado no terceiro trimestre de 2008, com -11,7% do PIB).
Este indicador, publicado esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), traduz a capacidade dos três grandes sectores institucionais – famílias, empresas e Estado – emprestarem ou pedirem emprestado a terceiros. Um valor negativo significa que têm de pedir dinheiro emprestado para se financiarem.
Os bons resultados da austeridade estão em todo o lado quando comparados com a bancarrota de 2011.
Descerem as tarifas energéticas para as famílias, pequenas e médias empresas e grandes empresas ? Só pode ser erro. E grande.
As tarifas de gás natural transitórias, destinadas aos consumidores domésticos que ainda não passaram para o mercado liberalizado, vão registar uma descida média de 7,3%.
Para a pequena indústria (com consumos acima de 10 mil metros cúbicos), a diminuição é de 11,3%.
Já a grande indústria (consumos iguais oi superiores a um milhão de metros cúbicos) beneficiarão de uma descida de 12%.
Além da contribuição extraordinária sobre os activos de gás natural da Galp, no valor de 150 milhões de euros, dos quais 50 milhões já foram reflectidos nestas tarifas, a queda dos preços é ainda justificada pela redução das taxas de remuneração pagas à Redes Energéticas Nacionais e à imposição de metas de eficiência.
O efeito positivo da queda do petróleo no mercado internacional acabaria por ser parcialmente anulado pela desvalorização do euro
Cresce a poupança e o consumo das famílias porque o rendimento familiar disponível está a crescer.
O consumo e a poupança das famílias podem subir ao mesmo tempo se o rendimento das famílias estiver a subir”, explicou ao SOL Inês Domingos, docente de Economia da Universidade Católica. De facto, o rendimento disponível das famílias diminuiu entre o final de 2010 e meados de 2013, mas tem vindo a subir desde então – favorecendo quer o consumo quer a poupança.
A confiança voltou ao arrepio de certas mentes que continuam a desejar que a dívida não seja paga. As mesmas mentes que nos querem fora da União Europeia e do Euro. É, claro que, mais uma vez, é o povo que está enganado.
Violência intra-familiar não é um tema fácil de abordar. Pensa-se sempre que um grupo de parentes ou seres humanos relacionados entre si, por laços de consanguinidade ou de afinidade, é um grupo feliz. No seio do grupo, cabe aos adultos protegerem os mais novos orientando-os desde muito cedo na vida, pelas sendas do amor, o respeito filial ou o respeito que os pais têm pelos filhos. Pelo menos, é assim que eu penso. Mas a realidade parece ser outra. Não foi por acaso que coloquei a imagem de uma criança punida, com as marcas de uma bofetada recebida na sua pequena cara. Bofetada de quem se desconhece a autoria e o motivo da punição material, reflectida na cara triste e sofrente de quem não entende qual o mal que fez para receber tamanho castigo. Castigo reiterado ao longo do tempo pela pequena da imagem, e por muitas outras mais. Essa bofetada marca pelo menos três aspectos da vida da infância. A primeira é visível e não precisa ser comentada, a imagem fala o que as palavras da pequena não sabem dizer porque as desconhece ou, ainda, porque não espera que o seu adulto a use contra ela. Essa bofetada pode ser o resultado de quem tem raiva contra si próprio e desabafa nos mais pequenos, como comenta Sigmund Freud em 1905 em húngaro, traduzido para inglês por Hoggart Press, Londres, em Obras Completas, Volume VII,1953: Three essays on Sexuality, ou Melanie Klein em: Inveja e Gratidão (1943 em alemão, 1954 em inglês e em luso brasileiro, 1991), Imago, Brasil, Alice Miller (1981 em alemão), 1998: Thou Shalt not be aware. Societie’s Betrayal of te Child, Pluto Press, EUA, ou Françoise Dolto, 1971: L’Évangile au risque de la psychanalise, Editons du Seuil, Paris, textos que comento no meu livro: O saber das crianças e a psicanálise da sua sexualidade Repositório ISCTE e Internacional, em: http://repositorio.iscte.pt/, ou http://www.rcaap.pt. Textos todos que defendem a criança das ameaças dos seus adultos, que esperam delas comportamentos formais, gentis e de uma responsabilidade mais além dos seus curtos anos. Este tipo de violência, é, para mim, um crime não apenas contra o seu corpo, como contra os seus sentimentos. Sentimentos que devem converter essa criança em adulto triste, deprimido e pouco feliz com a vida. E o círculo continuará a ser repetido por ter aprendido em tenra idade que os pequenos devem ser ensinados às chicotadas e sem nenhum respeito por tudo o que lhe falta saber. Bem sabemos que a lei protege a infância com leis especiais, veja-se, para o caso português, a Lei da Protecção de Crianças e Jovens em Perigo, Nº 147 de 1999. Até esse dia, apenas o Código Civil imperava, falando unicamente de filiação, heranças e tutorias nos artigos 1776 e seguintes, ignorando absolutamente essa realidade de trair a infância, como se na sociedade nada acontecesse em relação às punições mencionadas. Este pequeníssimo ensaio, é apenas um rascunho do livro que preparo sobre a criminalidade intra-familiar, que é, de forma ignorante, denominada violência doméstica. Nem sempre acontece entre as famílias, mas há mais maus tratos de palavra ou de obra, do que o que a lei quer reconhecer. Andreia Sanches, diz no jornal «O Público» de 16 de Julho: 26 das 41 famílias analisadas com menores maltratados não tinham mais de quatro elementos. "A configuração das famílias é cada vez mais reduzida, há mais monoparentalidade, pode estar a haver uma degradação das condições económicas nestas famílias." No entanto, a imagem é sempre esta:
Entre outros incentivos bem conhecidos e praticados em muitos países. Facilitar a vida às famílias, aliviar a carga fiscal, permitir escolhas. Mas para ajudar as famílias é preciso que o estado abdique do quero, posso e mando. É necessário que os problemas sejam abordados do lado das famílias.