Então o tal principio de as empresas que sejam ajudadas pelo Estado ou que tenham lucro não poderem mandar gente para o desemprego não se aplica à TAP ?
E nos próximos 3 anos vamos ver um emagrecimento da estrutura de todas as empresas da companhia raramente visto no nosso país. Como vão reagir a esta calamidade o PS, o BE e o PCP ? É que a pandemia é igual para todos.
A companhia tinha uma estrutura accionista de 51% para o Estado e de 49% para os privados. Isto já depois da reversão que ia salvar a companhia realizada por um grupo de amigos do Primeiro Ministro. Grande reversão...
Caiu-nos a reversão em cima. E é claro que os instrumentos de gestão para fazer face a crises desta dimensão são iguais para Estado e para empresários. Mas estes fazem estas acções de gestão por serem, feios, porcos e maus já o Estado é por ser a favor dos trabalhadores que despede, presume-se...
Milhões de euros, milhares de trabalhadores, milhares de passageiros desaparecem num ápice no exacto momento em que os "verdadeiros socialistas" do PS, abocanhados pelos comunistas do PCP e neo-comunistas do BE, nacionalizaram a companhia aérea.
O privado americano entrou com 5 milhões e saiu com 55 milhões. O privado português dedica-se ao transporte urbano e saiu da administração. O PS está como gosta. Posso, quero e mando, com o dinheiro dos contribuintes.
Os grandes negócios do estado. A visão estratégica e política.
O governo foi à TAP privada e exigiu ser accionista maioritário à custa de cedências várias. Gritou-se "nacionalização" e êxitos de homens amigos do PM e muito capazes. Vai-se a ver e a TAP é gerida pelos privados e o governo não manda nada. De tal forma que o ministro diz agora que o Estado está de mãos atadas e que não pode ceder a chantagens. E que pode ir à falência.
Os privados fizeram crescer imenso a companhia com o aumento da frota de aviões e de rotas . E há mais 2 000 trabalhadores. Parte dos aviões são alugados a uma companhia do privado americano . A estratégia de crescimento foi apanhada pela pandemia e a maior oferta não tem procura.
Há outras companhias aéreas europeias com os mesmos problemas que se estão a redimensionar mas como são privadas seguem os caminhos conhecidos nestas situações. Cá nós temos o problema da TAP ser de bandeira e isso muda tudo para pior.
O ministro a semana passada gritava aos deputados que o Estado não deixaria cair a TAP, hoje já não grita e diz que a companhia até pode ir para a falência. Isto é, o Estado não tem estratégia nem dinheiro.
Resta-nos a consolação de termos lá uns gestores públicos com salários milionários e que recebem uns bónus como se estivessem numa companhia lucrativa. A sorte da companhia é que são todos amigos do peito do PM.
É caricato mas é verdade : A realidade do negócio degradou-se em poucas semanas. “Desde o dia 13 de Março que o nosso negócio teve quebras de 50% e, desde que foi decretado o estado de emergência, as quebras são superiores a 60%.
A Padaria Portuguesa, revela o gestor, apresentou um resultado líquido em 2018 de dois milhões de euros, (5% das vendas líquidas), e pagou ao Estado, sob a forma de IVA, IRC, TSU e outros impostos, mais de cinco milhões de euros. “Ou seja, os acionista da empresa, que tomam um enorme risco e têm muito trabalho, ganham com o seu próprio negócio menos de metade do que o Estado ganha. Chega a ser caricato”, desabafa. Mas nesta carta não se fica a saber qual é a dívida da empresa.