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BandaLarga

as autoestradas da informação

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António Costa não derrubou só um muro, derrubou dois muros

Com o crescimento da extrema direita há uma questão que se coloca desce já. A direita e o centro-direita contam com o CHEGA ?

No PSD, Morais Sarmento, já anunciou no recente congresso. Claro que sim. Então se o PS se juntou à extrema esquerda para governar e derrubou esse muro à esquerda o que se espera? Que não se derrube o muro à direita ?

Não colhe o argumento já avançado que a extrema direita é racista, xenófoba e outros mimos porque essa é a visão que interessa à esquerda. A direita pode sempre dizer que a extrema esquerda é anti - União Europeia, contra a economia de mercado e apoiante de ditaduras.

Feitas as contas a direita representa 40% dos votos e a esquerda 60% e em eleições ganha quem tiver mais um deputado.

Nas próximas autárquicas o PSD e o CDS vão juntar-se nas grandes cidades e nas autarquias que podem vencer com mais 200/300 votos retirando-as ao PS . O BE e o PAN não têm implantação autárquica não vai ser o PS a facilitar-lhes o caminho, juntando-se a eles.

É, muito claro, que os pequenos partidos que estão a crescer à direita estão a ter o efeito que tiveram nos outros países da Europa. Desgastam o Centro que tem governado Portugal. Rui Rio e António Costa querem pescar votos ao centro o que deixa espaço para os partidos à esquerda e à direita cresçam.

António Costa é o responsável. Salvar a pele com a gerigonça pode ter elevados custos.

Como te atreveste, António ?

Bem sabemos que foi para salvar a pele que engendraste aquela genial aliança com o PCP, o mais ortodoxo dos partidos comunistas do Ocidente e que, derrubaste o que restava do muro da vergonha à esquerda com a aliança com o BE. Mas, António, essa decisão tem consequências.

Agora que há quem no PSD derrube o muro para se aliar à extrema direita já não cola o argumento .Por essa Europa fora a extrema direita faz parte do livre jogo democrático, obedece às regras democráticas e já faz parte de alguns governos em funções.

Era inevitável que chegasse cá, chega sempre 20 anos atrasado, mas chega. Aqui ao lado em Espanha o VOX cresce e o PODEMOS vai para o governo pela mão do PSOE. Por cá o BE range os dentes por estar fora da solução governativa. Costa apressou-se a aliviar a carga à esquerda e, em compensação, a afastar o CHEGA.

Em política as decisões têm consequências e é claro que foi o PS que derrubou o muro. Tanto à esquerda como à direita.

Como te atreveste, António ?

A extrema direita ao colo da extrema esquerda

Se aparecesse um partido a falar alto contra a imigração e a corrupção 27% dos portugueses votariam nesse partido . É a extrema direita a crescer ao colo da extrema esquerda.

O partido dos absentistas anda pelos 33% o quer dizer que praticamente todos votam ou estão dispostos a votar num novo partido com aquelas bandeiras .

A contestação social em curso mostra bem que a governação actual convence poucos e que muitos, tal como noutros países da Europa, estão dispostos a enfrentar as verdadeiras ameaças . Cresce a contestação inorgânica que escapa ao controlo dos partidos e dos sindicatos. Se a rua está vazia alguém a ocupa.

A esquerda está a fazer o que melhor sabe. A levar ao colo a extrema direita ao poder .

Hão-de ser coisas de fascista

Na Andaluzia ganhou a extrema direita fascista, conhecida por VOX. Pelo menos é assim que a comunicação social apresenta o resultado das eleições na Andaluzia.

Por entre clamores de que «a extrema direita» entrara no Parlamento andaluz, destacou-se no azedume militante a TVI, que na segunda feira anunciava o aparecimento ali de um novo partido «xenófobo e anti-feminista». Nenhum órgão de comunicação social português deu qualquer informação sobre as propostas nacionais do Vox, fosse a baixa «radical» do IRS, e o aumento de isenções e de regalias por filho; fosse a criação do cheque escolar, para que sejam as famílias, e não o Estado, a escolher a escola; fosse a desburocratização e o apoio às PMEs; fosse a redução de organismos do Estado e o corte na despesa corrente; fosse o fecho das mesquitas fundamentalistas e o controlo da imigração. O programa está online na versão integral e noutra mais acessível a «jornalistas», resumida e com bonecos. Mas nem assim. Aquilo hão-de ser coisas de fascista.

Se a extrema direita ganhar a extrema esquerda morre

Não percebem ? O PCP e o BE andaram anos a fio a dizer que PS, PSD e CDS eram " a direita" como se fosse um crime ser de direita. Nunca perceberam e, agora, nas eleições em França também não percebem que a direita não é igual à extrema direita . E é vê-los a encaminhar votos para Marine Le Pen.

Se um dia a extrema direita xenófoba e fascista for governo a extrema esquerda será a sua primeira vítima. Tal qual nos países governados pela extrema esquerda a extrema direita não existe ou se existe é tratada com a prisão . Exemplos não faltam.

Só os partidos do centro-direita e do centro-esquerda dão garantias de plena democracia e do estado de direito , onde cabem a extrema esquerda e a extrema direita. E as liberdades e garantias democráticas básicas .

É verdade que ninguém de esquerda pode esperar grande coisa de Macron, mas ninguém de esquerda pode aceitar que por ausência, falta de empenhamento e meias-palavras pouco percetíveis a França seja entregue a Marine Le Pen. Se Mélenchon quer ganhar as legislativas, como disse, tem de mudar o discurso rapidamente. Se Le Pen ganhar, ele é um morto político.

E, no entanto, a extrema esquerda e a extrema direita no essencial têm posições iguais ou muito semelhantes ( como ser anti-europa) e o seu ADN no que diz respeito às liberdades é igual. Limitadas, se não mesmo proibidas. Os exemplos também são muitos .

E se o projecto da União Europeia não falhar ?

A extrema esquerda e a extrema direita defendem causas comuns principalmente no que à União Europeia diz respeito. Em Portugal e em França isso é evidente.

Por cá Joana Mortágua abandona-se ao desejo de o projecto europeu falhar. Em França, Mélenchon, quer convencer-nos que votar em Macrom ou em Le Pen é a mesma coisa. Estar contra o projecto europeu não pode ser mais diferente do que apoiá-lo. E é isso que acontece com os dois candidatos que passaram à segunda volta. O que acontece é que o candidato comunista francês também está contra a União Europeia.

E aí estão, a extrema direita e a extrema esquerda do mesmo lado numa questão fundamental. E se o projecto da União Europeia não falhar ? Como é que a esquerda vai resolver a questão se não se envolver participando de forma positiva no sucesso ?

Vai deixar-se acantonar juntamente com a extrema direita nacionalista, antidemocrática e xenófoba ? 

No BE, Miguel Portas nunca foi contra a União Europeia para só falar no seu caso. No PCP, o seu pensamento político não evolui pelo que se fica pela coerência doutrinal mesmo que desfasada da realidade.

Uma coisa é certa . Quem tem por companhia Le Pen está de certeza errado .

A extrema esquerda pode deitar tudo a perder

A extrema esquerda e a extrema direita francesas, tal como em Portugal, defendem a saída do euro e da União Europeia. É extraordinário mas não é de agora e não é virgem.

"É preciso que a extrema esquerda não deite tudo a perder" preocupam-se os franceses que não querem ver Le Pen na presidência. Mas o candidato comunista, ao contrário de todos os outros que já indicaram o seu apoio a Macron, mais facilmente apoiaria Maduro na Venezuela ou Castro em Cuba .

Como já fez o Partido Comunista Português recentemente,ao apoiar os regimes da Venezuela, de Cuba, da Coreia do Norte , de Angola , da Rússia, mas não a integração de Portugal na Europa.

“Benoît Hamon e todos os extremistas que tomaram conta do PS não me representam, diz uma francesa . Há quem esteja bem menos confiante nesses tais “votos da esquerda”. Isabelle fala em tom de desafio: “Se eles dizem que são de esquerda, é bom que não permitam a vitória a Le Pen”. E Hervé fala em tom de desespero: “A extrema-esquerda pode deitar isto tudo a perder. Espero que não. Mas pode”.

Cá em Portugal também sabemos como é .

Trump/Le Pen/Catarina/Jerónimo - odeiam a globalização

Ouvir Catarina a dizer as mesmas coisas que Le Pen é singular. O mesmo que Trump e o seu nacionalismo reaccionário .

Perante o colapso do comunismo e do socialismo a extrema esquerda procurou a salvação na linguagem reaccionária, culturalista ; o "multiculturalismo" ou " politicamente correcto" é uma escola de pensamento reaccionária e romântica, sem qualquer marca iluminista.

Os últimos anos só reforçaram essa tendência. Todos os dias vemos esta continuada deriva nacionalista de esquerda. Catarina e Jerónimo todos os dias fazem um discurso à Le Pen sobre a saída do Euro.

Mas se for Le Pen trata-se de um discurso reaccionário , se for Catarina ou Mortágua já se trata de um discurso fofo .

As duas sensibilidades odeiam a globalização querem voltar ao nacionalismo, quebrando a ordem internacional que tem permitido a globalização e a paz entre as super potências . Só não têm a gentileza de explicar o que pode substituir o que querem destruir. Voltando à guerra fria ?

É por isso que o seu objectivo, tanto da extrema direita como da extrema esquerda, é acabar com a União Europeia e os seus 60 anos de paz e progresso.

Catarina-Martins-e-Jerónimo-de-Sousa.jpg

 

Candidato pró-Europa ganha na Áustria

O candidato da extrema-direita anti Europa perdeu as presidenciais na Áustria repetindo a derrota de há uns meses. É um resultado que pode ter efeito dominó na Europa. principalmente em Itália e na França bem como na Alemanha e para já equilibra a balança com o Brexit.

As eleições presidenciais na Áustria decorrem mais de sete meses depois da primeira votação, num processo longo e acidentado que exasperou os austríacos. As eleições então ganhas por Van der Bellen, por uma margem estreita, foram invalidadas pela justiça austríaca perante uma série de irregularidades na recontagem dos votos, que, no entanto, não afetavam o resultado nem implicavam manipulações.

A confirmar-se a vitória de Van der Bellen isso será motivo para satisfação na Europa, que temia a vitória de Hofer. Apesar de o cargo ser principalmente cerimonial, mas Hofer fez campanha numa plataforma anti-imigração, defendendo um eventual referendo para a Áustria sair da União Europeia (ao estilo do brexit).