Como dizia Einstein na sua definição de estupidez: "insistir em fazer sempre a mesma coisa, e ficar à espera de resultados diferentes".
Após mais 4 anos de socialismo, o regresso aos mesmos resultados de sempre. Depois de termos conseguido equilibrar e passar para uma posição de superavits na Balança Comercial e na Balança externa, e reduzir o endividamento global da economia, durante o governo de Passos Coelho, 3 dos principais indicadores da saúde económica de uma nação, eis-nos de regresso aos deficits externos e ao sistemático e contínuo endividamento da economia e do país como um todo.
Para simplificar, já nem as receitas das nossas exportações somadas às receitas dos turistas, às remessas dos nossos imigrantes, e as entradas dos milhares de milhões do fundos da UE, são suficientes para conseguir tapar o buraco das despesas externas (importações) e da despesa interna (consumo privado e despesa pública), para o qual o actual governo nos conduziu, uma vez mais.
Estes são os únicos resultados possíveis, face às políticas que têm andado a ser seguidas pelo actual governo. Em 4 anos, o actual governo destruiu e desbaratou tudo o que de positivo tinha sido alcançado, com muito esforço, na balança comercial, e nas contas externas.
Sejam bem vindos ao regresso dos tempos do empobrecimento de toda uma nação e do regresso ao caminho para um futuro de miséria. Miséria para os actuais portugueses, e para as gerações futuras.
Já vamos em 43,7% do PIB mas precisamos de chegar a 50%/PIB para tirar o país dos crescimentos medíocres.
Recordando que as exportações têm sido o motor da recuperação económica, sendo que nos últimos dez anos o peso no PIB aumentou de cerca de 30% para 43,7% (1.º semestre de 2019), sublinha que a aposta em mercados externos é uma realidade com tendência de crescimento.
E foi precisamente a pensar nas metas do crescimento e da diversificação que o PE aponta o foco para três mercados, apostando em concreto em Espanha, Alemanha e Angola (que representam 34% das exportações); e para três setores estratégicos, o agroalimentar, metalomecânica e e-commerce. “Temas como a alimentação saudável (aposta em produtos com menos sal, gorduras ou açúcar) ou a economia circular, fazem parte da equação do futuro do comércio mundial e os especialistas convidados são atores importantes que darão pistas às PME para se posicionarem na vanguarda destas tendências
Finalmente, diversificar porque esta é a mais fácil e mais saudável forma de crescer. Dois terços das exportadoras (cerca de 33 mil) exportam apenas para um país e que os cinco principais países de destino representam cerca de 61% do nosso mercado”, conclui. Em seu entender, “se conseguirmos consolidar, crescer e diversificar estamos no bom caminho para continuarmos a aumentar o peso das exportações no PIB. Estamos a evoluir neste sentido sendo que as exportações já representam 44% do PIB, mas os outros países europeus da nossa dimensão têm valores superiores a 50% e a média europeia é de 46%”.
Então o primeiro ministro não diz que crescer se faz pela procura interna ?
Outro sinal assustador. As exportações travam a fundo e as importações crescem. O défice comercial dispara. Cá estamos como sempre a pagar os salários dos trabalhadores dos países a quem compramos.
As exportações estão a crescer menos do que as importações há três anos consecutivos (ver gráfico), o que se tem traduzido num aumento do défice comercial durante a atual legislatura. Este efeito é mais intenso porque o montante de importações é superior ao das exportações (75 mil milhões face a 57,9 mil milhões, respetivamente).
Aumentam as exportações mas as importações crescem mais. Temos o 4º maior défice.. Não é bom longe disso.
A diferença entre as importações e exportações de bens em Portugal atingiu 13,8 mil milhões de euros no ano passado, o que representa um agravamento do défice comercial face aos 11,2 mil milhões de euros de 2016.
E, claro, a balança comercial de bens e serviços aumenta o défice .Muito mau .
Com as importações a crescerem acima das exportações (o que acontece pelo segundo ano consecutivo), o défice da balança comercial subiu para 13.843 milhões de euros em 2017, o que representa o valor mais elevado desde 2011 (16.723 milhões de euros). Uma evolução que ditou o decréscimo da taxa de cobertura (peso das exportações no total das importações) em 1,8 pontos percentuais, para 79,9%. 2017 é assim o primeiro ano desde 2012 em que a taxa de cobertura se situa abaixo dos 80%.
Faltam os serviços que abrange o turismo e a coisa melhora .
Quem anda minimamente atento sabe que o governo não exporta nada e não produz nada de bens e serviços transaccionáveis ( os que dão caroço com que se pagam os melões ). Mas o presidente Maduro da Venezuela, como bom socialista que é, julgava que cá é como lá. Deve-lhe ter ficado a ideia depois daqueles negócios que fez com um grupo de empresas lideradas por um primeiro ministro português.
O nosso ministro dos negócios estrangeiros teve que lhe recordar que o governo português não exporta pernil. Isto dito assim, por um governante socialista, devia ser devidamente sublinhado e até, quiçá, nomeado como a revelação política do ano.
Ainda atarantados por tão surpreendente notícia viemos a saber que o pernil só não chegou à Venezuela por falta de caroço .É que o pernil da festa anterior anda não tinha sido pago e, o também socialista empresário que passou das obras públicas "jamais" para as exportações mandou às urtigas a solidariedade socialista internacionalista e atracou o pernil na Colômbia.
Isto está tudo ligado, a Colômbia mudou a embaixada para Jerusalém, os israelitas não comem porco . Não sei se estão a perceber a tramóia . Maduro já percebeu tudo.
Agora aquela dos governos não exportarem só será compreendida no dia em que muitos deles esticarem o pernil. Desde computadores "Magalhães" até às 2 000 casas para construir e ao pernil que não chegou a tempo de matar a fome ao povo venezuelano, tudo é riqueza criada pelas empresas.
O primeiro ministro ainda vai a tempo ( espero eu) de dizer isto ao camarada Arménio que anda a ver se substitui as exportações da AutoEuropa por desemprego sindical.
O INE diz que a economia cresce graças à procura interna. O Forum para a Competitividade diz que as exportações é que são o motor da economia e que a procura interna é o caminho mas curto para trazer até nós o FMI/Troika.
Por mim desde que ouvi o Arménio Carlos desenrolar a sua teoria sobre o salário mínimo deixei de ter dúvidas se é que alguma vez as tive. A procura interna pode ter uma pequena influência na economia mas os países ( com uma população muito maior que a nossa logo, uma procura interna muito mais influente na economia) que têm uma economia mais robusta têm exportações que chegam a 50% do PIB. Ora nós andamos pelos 40% e é agora nestes últimos tempos porque já foi bem pior.
Ao expurgar a componente importada das diferentes componentes do produto, explica o gabinete de estudos, verifica-se que “a procura interna nem sequer contribui para metade do crescimento do PIB, que depende sobretudo do andamento das exportações”.
O documento do Forum revela um “total desacordo com a forma como o INE apresenta os dados do PIB” e considera que estes “dão uma imagem muito enganadora do que se está a passar”. Pior: “levam os decisores políticos a cometer erros muito graves”, alerta a nota de conjuntura, que desafia o INE “a rever a forma como apresenta estes dados, em linha aliás, com a forma como o Banco de Portugal os divulga”.
Nem sequer concordam com as análises dos dados eles que andaram todos na mesma escola. É a mentira à medida.
As exportações travaram a fundo em Setembro agravando o défice da balança comercial que já vai em 1,18 mil milhões de euros. As importações também travaram mas menos.
Em termos acumulados, o terceiro trimestre de 2017 foi o pior desde os três meses terminados em Dezembro de 2016, no que se refere às exportações. As vendas de bens para o exterior cresceram 7,6% no trimestre terminado em Setembro, registando assim um abrandamento do ritmo de crescimento trimestral pelo segundo mês consecutivo. Este é mesmo o ritmo de aumento das exportações mais brando desde o final do ano passado, período em que cresceu 4,9%, mas em que as exportações vinham a recuperar.
Foi sempre pelo défice das contas externas que Portugal teve que pedir ajuda externa primeiramente pela dívida e depois por programas de intervenção.
Até Setembro o país já tinha importado 200 000 carros através de crédito bancário e a compra de casas com recurso aos bancos também já despertou a tal ponto que os preços dispararam e já há quem fale em bolha.
As mesmas medidas dão o mesmo resultado e agora só falta que alguma coisa corra mal lá fora. Já nem sequer está nas nossas mãos.
Teodora Cardoso : "E não é esse o único problema: “Por outro lado, o turismo tem estado a produzir um efeito que tem de ser tido em conta com grande prudência, que é o aumento dos preços do imobiliário, que como sabemos foi um dos motivos da grande crise de 2011”.
São os dois factores que mais influenciam o actual bom comportamento da economia. A economia de Espanha cresce desde há três anos acima dos 3% e o "boom" do turismo deve-se à fuga dos turistas de paragens menos recomendáveis em termos de terrorismo.
O governo tem pouco a ver com estas duas componentes filhas da actual situação externa. " Tem sorte, António Costa " disse-lhe António Lobo Xavier . "E porque não hei-de ter ?" respondeu-lhe o primeiro ministro.
Mas sem as reformas estruturais os problemas do país mantêm-se, o futuro é sombrio. O jornal compara o percurso luso ao irlandês, que também foi alvo de um resgate. Dublin manteve os impostos em baixa (12,5% face à média europeia de 21,5%) e criou um “banco mau” para ajudar com os ativos tóxicos. O resultado é um crescimento de 5,2% no ano passado e expectativas de crescimento de 3% em 2019, segundo o FMI.
Portugal anda pela metade em crescimento este ano e até 2019 previsões do governo. Apesar dos elogios feitos à economia portuguesa, o WSJ ressalva que não é certo que “esta recuperação surpresa tenha vindo para ficar”, baseando a sua afirmação nas perspetivas do FMI de que o crescimento luso regrida, a médio prazo, para uns menos apetecíveis 1,2%. E cita Teodora Cardoso, responsável do Conselho das Finanças Públicas: “Não há dúvida de que a economia está muito bem atualmente. (…) A questão principal é se o estado atual é sustentável a longo prazo”.
Nunca ninguém perdeu eleições quando o ciclo económico é positivo. É o que está a acontecer na Europa e no mundo. Mas mais tarde ou mais cedo se o país não se prepara agora, vem a fase menos boa e a crise é inevitável como sempre acontece no nosso país.
E Portugal mais uma vez não está a fazer o que tem que ser feito.
Se as exportações não estivessem a crescer, o PIB tinha aumentado 0,5% em 2016 e 0.9% em 2017. Deixem-se de ilusões. E se assim fosse adeus controlo do défice.
E são exclusivamente as empresa e o sector privado que exporta, incluindo aqui o turismo e a entrada de não-residentes permanentes, incluindo os vistos gold que tem induzido muito do investimento em construção via reabilitação urbanística.
Por isso, quando vejo tantos a querer distribuir o crescimento que as empresas e o sector privado exportador está a gerar sem se preocuparem primeiro com a sua defesa e florescimento sei uma coisa : isto assim não vai longe.