O indicador de clima económico (que agrega as avaliações qualitativas da Indústria Transformadora, Construção e Obras Públicas, Comércio e Serviços) é o mais elevado desde 2008. A Confiança dos Consumidores está no valor menos negativo desde, pelo menos, 2004. O mesmo se passa com as perspectivas sobre a evolução da economia do país. E em relação às perspectivas de evolução da situação financeira do agregado familiar, elas subiram para valores que já não eram atingidos desde o início de 2010.
Isto só quer dizer que a sondagem que o INE faz mensalmente a uma amostra generosa e representativa da população e dos sectores de actividade, isenta de qualquer avaliação política ou partidária, mostra que os cidadãos olham hoje, em média, para a sua vida financeira e para a economia do país da forma mais positiva desde, pelo menos, o início da década.
Bem pode a oposição agitar o papão do défice, do Novo Banco ou da ainda incipiente recuperação do PIB . Quem vota tem uma expectativa positiva sobre o futuro do país. É essa que conta.
São perigosos e o PS bem o sabe e daí os avanços e recúos. "
Na lista de 21 "causas" apresentadas esta quarta-feira pelo PS, no Largo do Rato, destaca-se uma omissão: a proposta para a redução da taxa social única a cargo dos trabalhadores, uma das ideias mais polémicas do relatório apresentado pelos doze economistas ligado ao PS, em Abril.
A descida da taxa social única (TSU) a cargo das empresas, proposta pelos peritos do PS, vai ficar dependente da garantia de que as fontes alternativas de receita cobrem o buraco orçamental. Esta é a solução de compromisso que o PS encontrou para manter a proposta, que era uma das que gerou desconforto no partido.
Paulo Portas avisa : "Já não bastava um rombo de 13 mil milhões de euros nas contribuições para a Segurança Social que, no nosso sistema que é de repartição são as contribuições dos trabalhadores de hoje que pagam as pensões de hoje, agora há outra ideia, outra experiência, que é ir buscar ao pé de meia da Segurança Social (...) que é o Fundo de Estabilidade da Segurança Social, 1.400 milhões para a Reabilitação Urbana, onde aliás os critérios de rendibilidade têm que se lhe diga" .
António Costa tem que tomar uma decisão quanto a esta questão. Vai lá buscar o dinheiro ou não ? E se não, como é que paga a devolução mais rápida de pensões e salários ? E se sim, como é que cobre o colossal arrombo ?