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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Eutanásia, evitam-se os ventiladores e a sobrelotação dos hospitais

Num momento destes aprovar a Eutanásia é de um mau gosto que só pode ser bloquista tão mau é.

Quando os ventiladores estão ocupados com idosos infectados com covid 19 e os hospitais lutam com falta de tudo para salvar doentes, o BE não tem mais preocupação nenhuma do que piscar o olho a um caminho fascista. Matem-se !

É extraordinário que esta gente não tenha ponta de vergonha. São os mesmos que preferem as listas de espera do SNS onde morrem velhos e pobres sem tratamento a articular os hospitais públicos com os hospitais privados e as misericórdias.

São os mesmos que foram fechando portas à luta contra o covid e aos milhares de doentes com as chamadas patologias naturais para agora vermos aviões militares transferir doentes para a Madeira e Açores . Para hospitais públicos e tudo mais barato, com certeza...

E tudo isto é feito com a cobertura de Marcelo e Costa, Lda, em comandita . A ignomínia não tem fim ?

PS : eu, por princípio, sou pela liberdade de escolha

A Eutanásia e a Distanásia em referendo

O que é a Eutanásia e a Distanásia ? O direito à escolha é absoluto ? E porque se discute, no meio de uma pandemia não controlada ?

Importa rejeitar uma visão binária e maniqueísta dos que querem apresentar a eutanásia como a única solução boa para evitar o grande sofrimento e conseguir uma morte que dizem digna, respeitando as suas opiniões mas rejeitando as críticas que fazem em relação a outras alternativas que não podem ser esclarecidas usando a velha tática da amálgama para desqualificar realidades diferentes.

A morte digna é um conceito sem sentido usado pelos que não se preocupam em garantir a dignidade da vida até ao último instante. O que não fizeram e é urgente fazer é garantir o acompanhamento e as condições que evitem situações que conduzam as pessoas por causa da dor a pedir a eutanásia. Quem tem responsabilidade na situação atual não tem autoridade para votar a favor da eutanásia sem uma consulta à população. Se o Estado o fizer é claramente imoral.

É proscrita a distanásia ou obstinação terapêutica que é o recurso a tratamentos inúteis ou ineficazes para o doente. Foi criada na Lei uma Rede Nacional de Cuidados Paliativos que inclui tudo o que possa dar apoio ao doente e eliminar o sofrimento, controlando qualquer dor insuportável, até à sedação progressiva ainda que por virtude do duplo efeito dela possa resultar a sua morte. A Lei prevê ainda uma sedação permanente para os casos de prognóstico vital breve.

Há liberdade de escolha na morte mas não há liberdade de escolha na vida

Um cidadão que foi limitado em toda a sua vida na liberdades de escolha pode, em "sofrimento atroz e intolerável", ter liberdade de escolher a morte.

É uma trágica ironia que uma parte da esquerda invoque a liberdade de escolha para defender a eutanásia.

O cidadão não pode escolher o hospital onde quer ser tratado. Uma família não pode escolher a escola para os seus filhos. Só pode escolher se tiver dinheiro para isso.

Um contribuinte não pode escolher a melhor forma de constituir a sua reforma, a não ser que tenha posses para capitalizar no privado.

Nestes e noutros domínios não há em Portugal verdadeira liberdade de escolha. A liberdade de escolher a morte é uma hipocrisia. Como liberal defendo a liberdade de escolha. Na morte mas também na vida.

PS : Luis Marques - Expresso

Eutanásia : ganhou a liberdade de escolha

“É uma lei bonita em que ninguém sai a perder, e é isso que custa a entender nos adeptos fervorosos do não: a incapacidade de perceberem que o melhor para eles não serve toda a gente. Que a vitória do sim não os obriga a escolherem a eutanásia como solução final. Que a ideia de corpo decomposto e em dor física ou psicológica até um final divino é uma ideia que pode servir uns e revoltar outros. Que sofram os que querem esse caminho (não há julgamentos morais), e que partam com hora marcada os que querem dar por findo o capítulo. Cuidar da vida é também deixá-la quando ela nos trai. Negar a morte a alguém não pode ser assunto de quem vive com o corpo todo”, acrescenta Bruno Nogueira.

“Hoje ganhou a liberdade de escolha, para o sim e para o não. Será que uma vida só termina quando o coração se demite das suas funções? Um dia também eu terei essa pergunta por perto. E felizmente, se tudo correr bem, poderei ser eu a escolher a minha resposta”, conclui.

A Eutanásia à portuguesa curta

Doente morre sem tratamento de quimioterapia por atraso no exame laboratorial.

A deliberação da ERS considera haver indícios "fortes" que "mais casos como o do utente podem subsistir presentemente" e é necessária "uma agilização imediata, evitando-se os mesmos erros e deficiências graves supra identificados", e ser "imperioso que o CHUA reveja os seus procedimentos e adote medidas concretas, de forma a evitar, numa lógica preventiva, que novos episódios semelhantes possam ocorrer".

E como é óbvio mas tarde : Pede ainda ao CHUA para "assegurar, de forma ágil e diligente" a realização de exames junto de outros prestadores, "alargando a sua rede de entidade parceiras", e para "rever procedimentos internos" para os pedidos serem feitos de "forma expedita, ágil e eficiente" e cumpram os Tempos Máximos de Resposta Garantidos estabelecidos. 

Eutanásia ao serviço de uma visão totalitária do poder

Prof Fernandes e Fernandes : Eu creio bem que a questão é outra e por isso é tão preocupante sobre o estado da Política entre nós. O que está em jogo nesta corrida apressada e ligeira para uma aprovação legal da Eutanásia no Parlamento – chamam-lhe morte assistida, ao menos fossem coerentes e dissessem morte induzida por terceiros – é uma visão da Sociedade que promove a submissão dos valores fundamentais da Vida ao preconceito ideológico de que tudo compete ao Estado desde o direito de viver e também de morrer, incluindo sancionar a Morte por acto legal em despacho administrativo cumprido por próceres obedientes.

Porque as necessidades situam-se no dever que, como sociedade civilizada, temos para assegurar a melhoria e generalização de cuidados de Saúde de qualidade e em tempo útil, sem discriminação social, familiar ou económica, na difusão dos Cuidados Continuados e Paliativos, proporcionando dignidade até ao fim da Vida e minorando o sofrimento.

Esse é que é o combate fundamental, para o qual todos somos necessários e todos devemos ser convocados, na diversidade das nossas opiniões, competências e espírito de serviço. Essa é a grandeza da Política: identificar o essencial, perseguir o fundamental, melhorar a qualidade da Vida reduzindo a dor e o sofrimento e mobilizar os cidadãos com clareza e determinação. Não este exercício apressado, conjuntural, sem que tivesse havido a coragem política de o apresentar como uma proposta clara ao último escrutínio eleitoral donde emergiu o actual quadro parlamentar, um exercício político que está ao serviço duma visão totalitária, de poder absoluto que pretende tudo submeter e condicionar, desde a organização da Vida ao acto final da Morte!

A Eutanásia não é a única solução

Cuidados paliativos : Quando, nos últimos dias de vida, o sofrimento é intenso e refratário à intervenção de uma equipa de cuidados paliativos, poderá ser oferecida ao doente a possibilidade de ficar a dormir através de uma sedação se ele assim desejar para o seu conforto. O grau de sedação é ajustado proporcionalmente de acordo com as necessidades de alívio de sintomas e vontade do doente. Estudos recentes referem que a sedação não antecipa a morte dos doentes.

Tem-se feito alguma confusão entre a utilização de morfina para o alívio da dor de doentes terminais e a morfina como causadora da morte. Pode explicar as diferenças?

A morfina é um dos medicamentos mais seguros que existe. Morrem mais doentes com anti-inflamatórios do que com morfina, seguramente. Se não existissem opioides o sofrimento seria insuportável. A questão é que a morfina está envolta numa série de mitos que levam a que demasiadas vezes a sua prescrição ocorra tardiamente quando o doente tem dores intensas ou não seja mesmo prescrita. Pode ser usada para controlar a dor em qualquer fase da vida e não apenas no fim da vida. A morfina não antecipa a morte dos doentes se for usada por médicos experientes em doses adequadas.

PS : Dr. Eduardo Oliveira - Hospital de S. João no Porto

A Eutanásia activa ( legal e ilegal) e a Eutanásia passiva - II

O génio da táctica deixou de ser o Jorge Jesus e passou a ser o António Costa. Com tantos problemas o governo escondeu-se atrás da Eutanásia que não é, nem por sombras, prioritária para os portugueses.

Num dos canais de televisão apareceu um médico oncologista e ele mesmo doente oncológico que apresentou argumentos singulares. Contrariamente à Ordem dos Médicos é favorável à Eutanásia.

Este médico que acompanha doentes incuráveis há muitos anos diz-nos que chega um tempo em que não há mais tratamentos disponíveis, resta acalmar a dor e deixar o doente morrer em paz.

Acalmar a dor e colocar o doente em situação o mais favorável possível pode fazer-se de várias formas, segundo o médico. Com medicamentos mais leves até chegar à morfina em doses crescentes ( indutoras da morte mais rápida). Quando a morfina já não funciona passa-se às fases seguintes : a sedação profunda e o coma.

Num caso e noutro ( não me perguntem porque não sou médico) o doente passa a um estado de privação dos sentidos e consciência . O seu final pode ser assim percorrido pacificamente, sem dores e sem dramas psicológicos.

Se bem entendi estes processos são praticados nos nossos hospitais como fazendo parte dos protocolos terapêuticos autorizados. Se assim é, porque razão se discute a prática de uma injecção letal com o doente consciente ? 

Autorizar a Eutanásia é só uma questão legal que reconhece o direito à liberdade de escolha ? É permitir que numa qualquer fase da vida se possa optar por morrer ?

Questão muito difícil  que não pode ser discutida superficialmente e com tanta gente cheia de certezas.  O PS e o BE estão a brincar com o que há de mais sagrado. Comigo não contam. Vou estudar o Testamento Vital. Não quero deixar ao Estado algo que posso ser eu mesmo a decidir. 

Eutanásia : Um passe social para a morte por trinta dinheiros

Jaime Nogueira Pinto :

Então porquê agora? Porquê a pressa? Porquê a urgência?

Talvez porque a passagem do Orçamento Geral de Estado e do IVA da electricidade, viabilizada pelo BE, tenha tido como moeda de troca a legalização da eutanásia.

E esta entrega de uma licença para matar assim, por trinta dinheiros, parece querer fazer-se à socapa, ignorando pareceres, recusando um debate mais aprofundado, rejeitando adiamentos ou referendos populares, fazendo vista grossa aos trágicos deslizes já bem visíveis nos poucos países que legalizaram a eutanásia. É mais um destes abusos de poder da classe política feito em circuito fechado, longe dos cidadãos, numa questão que é, literalmente, de vida ou de morte.

Hitler esteve sempre muito atento a estes estudos e práticas. Desde 1924 que seguia os progressos eugénicos na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos com atenção e admiração. A eliminação de indivíduos inaptos, de crianças deficientes, de doentes mentais, bem como a esterilização dos racialmente inferiores, que os teóricos anglo-saxões tinham seguido numa linha de purificação e melhoramento da raça, interessavam-lhe particularmente. Num livro controverso (Hitler’s American Model – The United States and the Making of Nazi Race Law) James Q. Whitman procurou estudar a influência das leis segregacionistas do Sul norte-americano na legislação racial alemã, nomeadamente no casamento inter-racial. As teorias eugenistas e os programas de esterilização dos seres “inferiores” foram também uma fonte de inspiração. Segundo John Toland, Hitler, que conhecia bem a conquista do Oeste e que era, na juventude, um leitor entusiasta dos westerns de Karl May, ter-se-á também inspirado nas reservas índias para os campos de concentração.

Médico oncologista e doente do cancro é a favor da eutanásia

Este médico sabe do que fala : Quando falo "no respeito pela vida dos nossos doentes, é a vida não entendida num sentido restrito, mas num sentido lato. A vida não é apenas um conceito biológico simples, uma vida humana é muito mais do que o livre arbítrio. É tudo o que a rodeia, é o prazer, os sentimentos, a alegria, a tristeza, as escolhas, a capacidade de relação. Uma vida é tudo isto, se nós queremos preservar a vida, é restrito ficarmos só na vida enquanto conceito biológico", justifica, acrescentando: "A possibilidade de alguém antecipar a sua morte em determinadas condições é apenas uma consequência de se estar vivo no sentido lato do termo." Não tem dúvidas de que os colegas "irão dizer o contrário, mas esta é a minha interpretação".