A União Europeia está em negociações adiantadas com várias farmacêuticas europeias para comprar milhões de doses de várias vacinas em desenvolvimento. Seis delas estão na fase três.
É um dos dois acordos que envolvem a compra de mais doses de uma vacina. A 14 de agosto, a Comissão Europeia assinou um compromisso prévio de aquisição com a AstraZeneca, uma farmacêutica anglo-sueca. Em causa está a compra de 300 milhões de doses de uma potencial vacina contra a covid-19, com uma opção de mais cem milhões em nome dos Estados membros.
A candidata desta biofarmacêutica, que foi desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, encontra-se na terceira fase (de três) de ensaios clínicos de larga escala, tendo as primeiras etapas dos testes, dedicadas à segurança e à imunogenicidade, apresentado resultados promissores.
Johnson & Johnson: 200 milhões de doses
Um dia antes do anúncio do acordo com a AstraZeneca (a 13 de agosto), tinham sido divulgadas as negociações com a empresa norte-americana Johnson & Johnson. Em cima da mesa está a possibilidade de um acordo inicial de aquisição de 200 milhões de doses, que pode ainda crescer e envolver mais 200 milhões de vacinas, de acordo com uma nota de imprensa divulgada pela Comissão Europeia.
Sanofi-GSK: 300 milhões de doses
Conhecido a 31 de julho, este foi o primeiro acordo efetuado entre a Comissão Europeia e uma farmacêutica para antecipar doses de uma futura vacina. Neste caso, estão em causa 300 milhões de doses adquiridas à farmacêutica francesa Sanofi-GSK.
Na altura, a presidente da Comissão Europeia indicava já que este seria "o primeiro passo de uma série de negociações no âmbito da Estratégia de Vacinação Europeia, que continuará".
Há uma União Europeia com países ditos "frugais", com países "ricos" e com países "pobres" e, mesmo assim, encontram consensos onde prevalece a solidariedade.
Um acordo entre 27 membros só é possível se for do interesse de todos e de cada um. Esperar que países paguem as contas a outros países que não fazem o que devem não é esperar um acordo. É esperar o milagre das rosas.
A China ( de quem tantos dos inimigos da UE, esperam tanto) diz que " se queres ajudar um pobre não lhe dês um peixe, ensina-o a pescar " que é como quem diz , aprende a sair da pobreza com o teu trabalho não com o meu dinheiro.
Já sabemos por cá, há muito, que o "socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros" e, é isso, que vemos agora no comportamento de António Costa. É talvez o único daqueles líderes que está de bem com tudo e com todos. É que sem dinheiro não tem alternativa . Qualquer acordo é sempre bom.
Embora abra o precedente da criação de um fundo baseado na emissão de dívida pela Comissão Europeia, também é verdade que a UE ficou aquém daquilo que a excepcionalidade desta conjuntura pandémica exige e muito aquém daquilo que defendiam Alemanha e França. O que é dado é sempre aquém, diz o PCP.
E, assim, iremos viver mais dez anos com o governo socialista e as esquerdas ( que tanto odeiam a UE) a dar um peixe "poucochinho" a cada um de nós e a enterrar o resto do dinheiro nas "paixões" súbitas, tipo TAP bandeira, Novo Banco, Novo Aeroporto, indústria do hidrogénio, ferrovia com bitola ibérica ( a mesma que se fala há 20 anos), TGV, Montepio e outras ainda não declaradas mas já devidamente preparadas e declaradas.
E, no fim, lá voltaremos à solidariedade europeia, mão atrás mão à frente, contra os maus dos "frugais" que não nos querem compreender.
Em dez anos Portugal irá receber 6,4 mil milhões/ano. Saber o que lhes fazer, onde, quando e como é essencial para tirar Portugal desta situação de pobreza.
No que diz respeito aos fundos comunitários para investir a fundo perdido até 2029, Portugal vai ter à disposição 57,9 mil milhões de euros, o que assegura 6,4 mil milhões de euros para investir anualmente sem custos associados.
Temos empresas rentáveis que estão com a corda na garganta e é fulcral mantê-las à tona, pois se recuperarem serão eixos fundamentais para o crescimento da economia". O consultor considerou que "esta crise vai exponenciar constragimentos históricos que ainda não conseguimos superar, como o mercado interno limitado, as empresas descapitalizadas, a dívida pública, a produtividade baixa, o nível baixo de investimento e a fiscalidade elevada".
E que, para superá-los, "as empresas têm de estar no centro da recuperação económica", o que implica "alterar o perfil da economia", para "qualificar o emprego e minimizar todas as formas precárias de emprego". Nesse sentido, Costa Silva apelou à criação de mais riqueza, de forma a "atrair imigrantes, fixá-los no país e criar condições para o regresso de parte da diáspora que abandonou o país", o que irá "contrariar o envelhecimento".
A Europa da união monetária precisa da união bancária e da união fiscal para poder constituir uma unidade estratégica e resolver a crise dos Estados nacionais europeus.
Desde 2008, sabe-se que a liberdade de circulação de capitais nos processos de globalização das economias pode gerar crises sistémicas se os sistemas bancários não souberem regular esses fluxos. Desde 2010, sabe-se que a área do euro tem um risco de instabilidade porque não tem os reguladores da união bancária e da união fiscal. Desde 2011, sabe-se em Portugal que défices externos e défices orçamentais, implicando o crescimento da dívida, têm como consequência a estagnação económica e a necessidade de políticas de correcção.
Primeiro — Sem UE, Banco Central Europeu, fundos, medidas de emergência, etc., não teríamos, nem teria país algum na Europa, a quem recorrer. Há 30 anos, um estudo avaliou o custo da “não-Europa”. Era enorme. Imagine-se hoje: não haver mercado interno. Moeda única. Liberdade de circulação. Padrões regulatórios comuns. Qualquer voz europeia nos areópagos internacionais. Projectos comuns. Ou investigação europeia. E tanto mais que nenhum artigo comporta. Não haver nada disso, como querem populistas e políticos mal informados. E, já agora, se não houvesse Europa, e Bruxelas, e a Comissão, quem acusariam os seus inimigos de todos os males? Segundo — Falta mais e não menos Europa. Se a UE não vai mais longe na saúde, é por não ter poderes. Se não aprova instrumentos financeiros em poucas horas (demora umas semanas...), é por essa aprovação depender da unanimidade dos 27 Estados-membros. Basta um não querer... Terceiro — Apesar de tudo, a UE faz mais pelo conjunto dos seus membros do que qualquer outra organização, país ou conjunto de países. Não é suficiente?
Os custos da não-Europa Caso a integração europeia cessasse, o que ficaria em seu lugar? No lugar do mercado interno, em que mercadorias, serviços e capitais circulam livremente? Do euro, uma das moedas mais influentes do mundo, que impede a armadilha da desvalorização constante responsável pelo empobrecimento de países como Portugal antes da UE? Da regulação comum em actividades por natureza desenvolvidas além das fronteiras nacionais, como as compras online, a concorrência internacional, a aviação ou o ambiente? E o que ficaria da livre circulação das pessoas, senão fronteiras fechadas, intransponíveis riscos traçados no mapa? São exemplos. Talvez bastem duas palavras: Ficaria o Vazio. Proteccionismo e guerra comercial, sendo os países mais pobres mais prejudicados; dezenas de moedas, a custar milhões a empresas, governos e cidadãos; uma confusão de normas regulatórias, com recurso acrescido a mecanismos internacionais de resolução de litígios em detrimento do contencioso institucional ou de Estado, maná para certas profissões; e de novo um continente fechado, onde viajar voltaria a ser difícil. Mais Europa s.f.f. — e depressa
A nossa dependência face à Europa é cada vez maior apesar da cantada aproximação .
A subsidiação do financiamento público da saúde em países como Portugal, por parte da União Europeia, é uma realidade que me desagrada, na medida em que ela revela a nossa debilidade e dependência face a terceiros. Mas esta é a nossa triste sina numa altura em que, depois de anos de divergência económica, e ultrapassados por um número cada vez maior de países, a dependência de Portugal face à Europa é total. Desde os fundos comunitários para financiar o investimento no nosso país, à habilidade do Banco Central Europeu para manter baixos os juros exigidos à República, a Europa tem sido a nossa rede de salvação e nos próximos anos a situação só se vai agravar. Que, ao menos, os fundos sejam dirigidos a áreas que mereçam a simpatia de quem contribui relativamente mais e que façam sentido a médio prazo.
A chanceler alemã está onde sempre esteve. Ao lado da Europa.
"Estamos perante um grande desafio para a saúde da nossa população", sublinhou a política alemã, lembrando que, mesmo em níveis diferentes, todos os países foram atingidos pela pandemia. "É por isso que é do interesse de todos, e também da Alemanha, que a Europa saía mais forte deste teste", frisou.
Estas declarações da líder alemã ocorrem na véspera de uma importante reunião dos ministros das Finanças europeus que será dedicada aos instrumentos económicos e financeiros a serem adotados para apoiar as economias mais afetadas pela pandemia da covid-19, que paralisou quase todo o continente europeu.
A líder conservadora alemã referiu, na mesma conferência de imprensa, que a Europa devia tornar-se mais "soberana" na produção de máscaras de proteção individual, numa altura em que a grande procura por este produto por causa da pandemia do novo coronavírus suscitou uma competição global impiedosa.
"Embora este mercado esteja atualmente localizado na Ásia, é importante que aprendamos com esta pandemia que também precisamos de uma certa soberania, ou pelo menos de um pilar, para realizar a nossa própria produção", na Alemanha ou na Europa, referiu a chanceler alemã.
Lido por aqui - não sei se é mesmo a opinião de um economista chinês, mas traduz bem a realidade actual e o caminho que há anos vejo estar a ser trilhado (há anos que o digo, apenas com a nuance de que acrescento que será cíclico, como as marés):
Opinião de um professor chinês de economia, sobre a Europa:
1. A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Vivem, portanto, bem acima dos seus meios, porque é preciso pagar estes sonhos ...
2. Os industriais Europeus deslocalizam-se porque não estão disponíveis para suportar o custo de trabalho na Europa, os seus impostos e taxas para financiar a sua assistência generalizada.
3. Portanto endividam-se, vivem a crédito. Mas os seus filhos não poderão pagar 'a conta'.
4. Os europeus destruíram, assim, a sua qualidade de vida empobrecendo. Votam orçamentos sempre deficitários. Estão asfixiados pela dívida e não poderão honrá-la.
5. Mas, para além de se endividar, têm outro vício: os seus governos 'sangram' os contribuintes. A Europa detém o recorde mundial da pressão fiscal. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para aqueles que criam riqueza.
6. Não compreenderam que não se produz riqueza dividindo e partilhando, mas sim trabalhando. Porque quanto mais se reparte esta riqueza limitada menos há para cada um. Aqueles que produzem e criam empregos são punidos por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são encorajados por ajudas. É uma inversão de valores.
7. Portanto, o seu sistema é perverso e vai implodir por esgotamento e sufocação. A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!
8. Dentro de uma ou duas gerações, 'nós' (chineses) iremos ultrapassá-los. Eles tornar-se-ão os nossos pobres. Dar-lhes-emos sacos de arroz...
9. Existe um outro cancro na Europa: existem funcionários a mais, um emprego em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve. Mas os decisores acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um desempregado...
10. (Os europeus) vão-se desintegrar diretos a um muro e a alta velocidade...
3 200 doentes estão a ser testados por quatro protocolos de tratamento diferentes. Duas semanas serão bastantes para dar respostas.
O ensaio Discorevry, lançado no domingo, deve incluir 3.200 pacientes europeus em França, na Bélgica, nos Países Baixos, no Luxemburgo, no Reino Unido, na Alemanha e em Espanha, podendo chegar a outros países
Em causa está um antiviral projetado inicialmente para o vírus Ébola, mas que tem "um alcance mais amplo", porque "interage com outros vírus e é capaz de bloquear a reprodução deste novo coronavírus", detalhou Bruno Lina. "Esperamos muito desta molécula", porque "os primeiros resultados in vitro foram muito bons", comentou o virologista.
Trata-se também de "reciclar" um medicamento contra o VIH, que consiste em "bloquear a reprodução do vírus", de acordo com o investigador : "Percebemos que funciona no tubo de ensaio". Esta combinação foi já testada na China, mas com resultados mistos porque muitos doentes foram "incluídos muito tardiamente", por vezes além do décimo dia da doença, referiu Lina.