Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Emissão de dívida comum em euros

Não são "Eurobonds" nem "Euro-obrigações" mas ficam a meio caminho. Dívida emitida em euros centralmente .

Bruxelas avança ainda com a ideia de criar um instrumento "de emissão de dívida comum, que reforçaria a integração e a estabilidade financeira", emitido em euros, e com "importância suficiente que se tornasse a referência dos mercados financeiros europeus", favorecendo "a diversificação de ativos detidos pelos bancos, melhorando a liquidez".

Ativo Europeu sem Risco – ou ESA, a sigla em inglês para European Safe Asset. É uma forma de embrulhar a dívida dos países do euro mas que deixa em aberto a parte da divisão do risco e de uma possível mutualização. "Indo de um emissão comum total, a uma emissão comum parcial, fundada sobre a mutualização ou sem compromissos conjuntos", diz o documento de reflexão.

Para os próximos dois anos, a Comissão propõe que se pense na criação de títulos garantidos por obrigações soberanas para a zona euro, destinada sobretudo ao sector bancário. Mas aqui a questão da mutualização da dívida pura e simplesmente não se coloca.

Faltam ainda oito anos para 2025, mas Bruxelas avança já com um roteiro para completar a União Económica e Monetária (UEM). O documento de reflexão apresentado hoje não tem força de proposta legislativa mas pode dar o ponta pé de saída para uma discussão difícil, que tem merecido impulsos da parte de França, Espanha, Portugal e em certa medida também da Alemanha.

A União Europeia, tal como Merkel já anunciou publicamente, cercada externamente, reforça a coesão. Sempre foi assim e sempre será assim .

O PADRE dá-nos a absolvição

Meus irmãos está nas nossas mãos. Toda a dívida que está acima de 60% do PIB é comprada pelo BCE sem juros. Isto aplica-se a todos os países. Ninguém pagará nada pelos pecados dos outros. Como todos são servos de deus, quero dizer, são accionistas do BCE, pagam a dívida com os dividendos de accionista. A longo prazo. Ganham todos e ninguém perde. É assim a bondade do Senhor.

O plano não inclui nenhum perdão de dívida. Conseguirá a economia crescer a uma taxa que mantenha o pleno emprego com o actual nível de dívida? Queremos um crescimento lento e um alto nível de desemprego permanente, ou preferimos reestruturar a dívida? (olhemos a nossa irmã Grécia). A troca é uma férrea disciplina orçamental, inscrita na Constituição dos países.

Um dia entraremos no reino dos céus. Com os "eurobonds". Mas primeiro há que passar pelo calvário e pelo Limbo ( já não há purgatório...)

PS : PADRE : Politically Acceptable Debt Restruturing in the Eurozone

A Alemanha deve decidir se quer continuar no Euro

A Alemanha tem-se oposto ferozmente que a dívida dos países em dificuldade se transforme em eurobonds. Sem esta medida a saída da crise deixará pelo caminho os países mais frágeis.

O investidor húngaro-americano volta ainda a defender a necessidade de converter a dívida existente em eurobonds para se sair da crise, frisando que cabe à Alemanha mudar de direção e aceitar os eurobonds o mais breve possível, a fim de evitar que a situação se deteriore ainda mais. 

Neste sentido, George Soros defende a necessidade de se recuperar o espírito de "cooperação" na União Europeia, entre países credores e devedores, salvaguardando o futuro.