O Sul da Europa anda a destruir o Euro desde o primeiro dia. Só se pode gastar dinheiro depois de o ganhar. O mendigar do SUL tem que acabar. São precisas as reformas que o NORTE já fez mas que o SUL se recusa a fazer. Nem mais um cêntimo para o SUL.
Claro que o NORTE depende fortemente do mercado comum da UE e encontrará uma saída razoável para os seus cidadãos que são também eleitores.
E não foi preciso sair do Euro para superarmos a crise. Foi com o Euro, uma moeda que não está especialmente desenhada para uma pequena economia periférica, que recuperámos o rendimento e o crescimento e logo à custa das exportações. Até parece ironia. As pitonisas que defendem a saída do Euro prometem crescimento por via da desvalorização da moeda obtendo assim competitividade exportadora. Mas não explicam os efeitos devastadores nas taxas de juros ou nos custos da inflação. Foi com o Euro que as empresas portuguesas aumentaram as exportações para níveis inimagináveis há 10 anos!
O Euro trouxe-nos disciplina orçamental e uma forte ajuda quando os mercados de capitais cessaram o financiamento dos défices públicos.
O Euro trouxe estabilidade às taxas de câmbio e um estímulo inimaginável por via das taxas de juro negativas.
O Euro é uma uma moeda que bate o marco alemão de há 20 anos em solidez, resiliência, reconhecimento e estabilidade no mercado internacional.
O Euro foi até hoje uma aposta ganha e espero que continue a unir politicamente os que estariam agora a lutar entre si.
Bem pergunta Pedro Marques o socialista líder da lista às europeias. E trata-se bem se percebe de uma pergunta que exige uma resposta sem tibiezas.
"Uma visão mais progressista da Europa, de uma Europa que avança, é uma Europa que recusa a xenofobia os populismos, a extrema-direita (...). Agora, há diferenças políticas entre nós e a direita, claramente, e entre nós e os liberais também, depois, nas escolhas que se fazem para o avanço do projeto europeu"
Falando explicitamente no BE e no PCP, o cabeça de lista do PS disse que as ideias dos dois partidos sobre a moeda única - de que são profundamente críticos - representam "um grande perigo".
E depois insistiu, deixando a ambos os partidos um desafio: "Onde estão os partidos à nossa esquerda quanto ao euro. Querem ou não querem a saída?". "Temos de fazer essa pergunta", sublinhou.
Portugal modernizou-se com a entrada no Euro. Cento e trinta mil milhões de Euros entraram no país em condições de que nunca o país beneficiaria fora do Euro.
Com excessos resultantes de decisões políticas erradas a dívida cresceu demasiado mas a culpa não é do Euro. Mesmo assim a dívida ( de que resultou a modernização do país) é paga em condições extraordinariamente favoráveis graças a juros baixíssimos e ao programa de compra de dívida do BCE.
A alternativa, com moeda própria, seria um país atrasado, sem as estruturas necessárias a uma economia sólida e sem a qualidade de vida que o povo tem hoje como nunca teve antes.
O actual governo cortou como nunca no investimento favorecendo a despesa com pessoal. Espera-se o quê na economia nos próximos anos ? Que tenha um crescimento forte sem investimento ?
Diz-se que há países com cujas economias nos comparamos que crescem muito mais do que nós estando no Euro e outros fora do Euro. Porque não crescemos nós se o Euro não impede o crescimento nesses países também eles integrados no Euro ? Más decisões de investimento e esse espírito anti-empreendedorismo que desgraçam o país.
É, claro, que há vantagens e desvantagens em pertencer ao Euro em conjunto com economias em situações de desenvolvimento muito diferentes. Mas ter moeda própria para a desvalorizar empobrecendo o país como aconteceu desde sempre não parece ser uma alternativa inteligente.
O Euro já é a segunda moeda mundial a par com o dólar americano. Cerca de 60 países usam a nossa moeda ou indexam as suas moedas à nossa.
- o euro apresenta muitas vantagens práticas, nomeadamente para as empresas de média dimensão orientadas para a exportação: permite estabelecer cadeias de valor transfronteiras e internacionais sem custos de transação cambial e oferece proteção contra os riscos cambiais, tornando os pagamentos transfronteiras tão fáceis como os pagamentos nacionais.
O euro já é a segunda moeda de reserva mais utilizada no mundo, depois do dólar americano. As duas moedas encontram-se em pé de igualdade em matéria de pagamentos internacionais. Se aproveitarmos esta situação para reforçar o papel internacional do euro, poderemos também a reforçar a nossa própria soberania.
Os benefícios são múltiplos: um euro internacional mais forte pode tornar a economia mundial menos dependente de uma só moeda e menos vulnerável a choques. As empresas europeias poderão mais facilmente realizar transações internacionais em euros reduzindo riscos e custos reduzindo a vulnerabilidade face a interferências políticas de países terceiros. Por último, mas não menos importante, um euro forte permite-nos ser mais independentes a nível internacional e proteger melhor os nossos cidadãos e empresas.
A União Europeia ainda tem muito a fazer para tornar a moeda única ainda mais forte. Para dar ainda mais prosperidade aos europeus.
“O euro nunca foi um fim em si, é apenas um instrumento para reforçar a estabilidade e a prosperidade europeia, tornando a união mais inclusiva”, uma forma de reduzir “as desigualdades que ainda existem entre estados membros e dentro dos estados membros”. E desejou “longa vida a um euro forte”.
No entanto, o ministro português admitiu que, apesar de ser “uma ideia muito popular” junto das 340 milhões de pessoas que usam a moeda e de esta ser “a segunda mais importante” a seguir ao dólar, também é verdade que “os últimos 20 anos não foram fáceis”.
Mas as instituições sabem o que fazer após esta crise .
Para sair do euro as razões são defendidas pelo economista João Ferreira do Amaral .Basicamente, o economista que sempre apontou o Euro como um erro, diz que a moeda única, por ser única, não serve economias tão diferenciadas e retira ao estado a capacidade de implementar a política monetária mais conducente com a situação das contas públicas . E o Estado perde a autonomia para emitir moeda.
Os que apresentam o Euro como um enorme sucesso são muitos mais como vemos aqui . Teríamos uma moeda fraca, desvalorizações contínuas e baixos salários. Empobrecimento .
Ao contrário do que nos querem fazer crer a moeda europeia nunca foi tão popular.
Nascido em 1 de janeiro de 1999, e materializado em 1 de janeiro de 2002, o euro nunca foi tão popular : segundo um barómetro publicado pela Comissão Europeia em novembro, 74% dos cidadãos da zona euro estimam que a moeda única beneficia a UE, enquanto 64% defendem que é positiva para a economia do seu próprio país.
Uma moeda usada por 340 milhões de pessoas e que é a segunda mais forte do mundo mas que alguns, por razões ideológicas, querem substituir por uma moeda nacional necessariamente fraca. Dizem eles, à falta de melhor, que se trata de "recuperar a independência nacional..."
“estou convencido de que a existência do euro permite uma afirmação da economia europeia face ao crescimento de blocos, como o chinês, que ainda não tem uma divisa forte no contexto internacional”,
“a introdução de uma divisa europeia que cada vez mais se afirma no espaço dos mercados financeiros globais é muito importante para a dimensão europeia, fortaleceu imenso aquilo que é a aventura da União Europeia (UE)”
“a redução dos custos de financiamento que os países membros têm obtido”, e “não só os países membros como também os próprios cidadãos, porque as taxas de juro convergiram de forma bastante significativa, desde o início da moeda única”.
Questionado sobre eventuais impactos da não adesão de Portugal ao euro, Ricardo Ferreira Reis alerta que o país teria tido desvalorizações contínuas do escudo, teria sido competitivo em termos monetários porque a moeda seria mais fraca do que o resto das moedas europeias e teria empregos de baixos salários no contexto europeu.
“Se já é assim com o euro, imagine o que seria com o escudo”, alerta, acrescentando que, sem o euro, haveria “contas públicas perfeitamente desregradas”, o que se aplicaria a todos os países do sul da Europa.
“Esta incapacidade que temos de contenção das contas públicas seria ainda mais complicada com uma moeda própria”, frisa o professor da Católica, acrescentando que, “em Portugal, teria sido um desastre maior do que por momentos foram estes 20 anos de finanças públicas”.
Mas também a própria Grécia, “apesar de todo o sofrimento”, beneficiou muito do euro e “seria ainda muito pior se estivesse estado fora”, aplicando-se o mesmo a Itália e Espanha.
No “Público”, Rui Tavares refere o sucesso económico da ‘geringonça’ como prova da compatibilidade fundamental entre a pertença ao euro e a viabilidade da economia portuguesa. No “Observador”, Luís Aguiar-Conraria projecta uma evolução da dívida pública portuguesa até perto de 60% em 2035 assumindo para tal défice zero, crescimento de 2% e inflação de 2%.
Sempre é verdade que Portugal vive bem integrado na União Europeia crescendo economicamente, controlando contas públicas equilibradas e pagando a elevada dívida. Assim não nos deixemos embalar pelos cantos de sereia do "não pagamos" e da "obsessão do défice".