Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Guerra civil nos USA é muito mais cara que um Estado Social

Trump com os milhões de votos que tem não vai desarmar e vai usá-los. Há quem diga que só uma guerra civil poderá resolver este problema. Ou então uma ditadura chinesa.

É tudo bem pior e mais caro do que criar um Estado Social à imagem dos países europeus . Essa é a única forma de retirar da pobreza os 40 milhões de pobres que votam em Trump.

Esta não é uma questão de esquerda ou de direita. Trata-se de fazer as mudanças políticas necessárias para acomodar as políticas económicas que têm desequilibrado a sociedade civil americana. Não perceber isso é correr para os braços de populistas demagógicos sejam de esquerda sejam de direita.

Outros afirmam que a indústria bélica nunca permitirá evoluções no sentido da paz. Não, até que as armas se voltem contra os próprios . Ter dinheiro, muito, e não poder andar na rua ou gastar muito dinheiro em segurança não é propriamente uma vida feliz.

Aliás, já se conhecem multimilionários que repartem generosamente a fortuna com acções globais de ajuda aos miseráveis deste mundo .

Tudo menos uma guerra civil ou uma ditadura à chinesa.

Libertar a sociedade civil da tutela do Estado

O estado social é obra da Democracia cristã.

A ignorância do povo em geral é ainda hoje um dos trunfos mais poderosos com que a Esquerda pode contar. A ignorância e a ingenuidade: Esquerda e Direita perpetraram, em doses semelhantes e de maneiras não muito diferentes, as maiores atrocidades da história contemporânea. Ao que chegámos hoje em dia? A um tempo de suprema ironia: a Direita está sem programa porque o seu programa foi muito habilmente usurpado pela Esquerda. E, incompreensivelmente, insiste em concorrer com a Esquerda no terreno da Esquerda, quando a principal tarefa que se lhe deveria atribuir seria a de libertar a sociedade civil da tutela do Estado e do esbulho que este, pela via fiscal, exerce sobre os cidadãos.

O Estado social a desfazer-se

No estado social é possível fazer pior do que no tempo da Troika . Infelizmente para todos nós, começamos neste momento a receber os presentes envenenados de uma política de distribuição de dinheiro à custa dos serviços públicos, num Estado já de si muito frágil.

Se nada se fizer, caminhamos a passos largos para uma sociedade ainda mais desigual. Terão acesso à saúde, a dinheiro na velhice e à educação os que tiverem muito dinheiro.

Estamos a perder tempo, a desperdiçar a oportunidade do crescimento da economia, da descida do desemprego e dos juros historicamente baixos para salvarmos o Estado que nos garante apoio na doença, no desemprego e na velhice e que dá a todos iguais oportunidades de educação. Pior que a troika é possível .

Desde os incêndios e as suas vítimas em número record, a Tancos, às mortes pela legionella num moderno hospital público, à limpeza de listas de doentes para que não se conheçam os atrasos como aponta o Tribunal de Contas, ao bloco operatório que não se constrói no IPO de Lisboa porque espera por 5 milhões de euros há mais de um ano.

Na Segurança Social finge-se que não existe problema nenhum e não se discute o que é um magno problema .

O governo devia estar a aproveitar o momento positivo que atravessamos para fazer as reformas sem as quais a nossa economia não é sustentável .

Os serviços públicos a definhar às mãos das clientelas politicas dos partidos que apoiam o governo.

A flexisegurança - liberalizar e proteger

Ter uma política liberal no mercado de trabalho e uma generosa protecção no desemprego. Facilitar a contratação de novos trabalhadores e ao mesmo tempo não fazer do desemprego um drama.

É esta a matriz da política proposta por Macron em França e que há muito funciona nos países do norte da Europa. Uma economia liberal e um estado social .

Para issso é necessário que a França leve a efeito profundas reformas estruturais de modo a restabelecer a confiança com a Alemanha e esta possa, então, avançar com investimentos europeus e tornar possível o subsídio europeu de desemprego.

Após o Brexit e Trump, a França e a Alemanha são agora os líderes do mundo livre e têm que se entender para proteger a União Europeia e tornar mais forte a Zona Euro. Sem isso grassa o populismo na Europa . Não é proteccionismo, é ser inteligente e proteger-se do comércio internacional como fazem os US e a China.

Não se embale o berço com a mentira

Para criar emprego, pagar a dívida, baixar juros e manter o estado social o PIB tem que crescer 3% ao ano para compensar os últimos medíocres 16 anos . Crescer, como estamos a crescer, 1,6%, só agrada a quem nos quer enganar. Deixem-se de festejar enquanto o país continua a caminhar em direcção ao abismo. Não se esqueçam do que aconteceu na era Sócrates em que todos os dias o país averbava uma vitória. Viu-se depois que a direcção era a bancarrota.

Só assim Portugal conseguirá diminuir a taxa de desemprego, aumentar os salários reais e, por consequência, o nível de vida dos portugueses. Mas esta será também a solução mais adequada para que o país possa preservar o Estado Social e, em simultâneo, dar sustentabilidade à dívida externa e à dívida pública. Essencial será também, desta forma, o reforço de todo o sistema financeiro.

Com o ritmo de crescimento que se prevê para este ano até 2019 Portugal está a aproximar-se de 2008. Não mintam, não escondam, não confundam e principalmente, não queiram enganar-se a vós próprios.

Estamos muito longe de uma situação de convergência com os países da Zona Euro e da União Europeia . Poucochinho para deitar foguetes.

crescimentoeuropa.jpg

 

 

Sem União Europeia o estado social é insustentável

Maria de Lurdes Rodrigues :

O Estado social num só país é hoje improvável. É necessária escala para garantir o sucesso de políticas de equidade. No mundo atual, tal só será possível no quadro europeu. Por isso, é indispensável não desistir da Europa, antes cooperar para reformar profundamente as instituições da União e recriar políticas sociais de escala europeia.

Os fechamentos nacionais não são solução. Nem quando agressivamente protagonizados pela nova direita nacionalista e autoritária, nem quando motivadas pela tentação de, à esquerda, criar um oásis social num mundo mais desigual.

social.jpg

 

Nunca tantos europeus tiveram emprego

São 232 milhões os europeus que têm emprego . Nunca tantos tiveram emprego apesar de vivermos uma crise desde 2008 . Ainda há países com um nível de desemprego alto, como é o caso de Portugal ( à volta dos 10,8%) e da Espanha ( está a baixar progressivamente da casa dos 20% que manteve durante muito tempo) : Há ainda desemprego alto nos países a leste que estiveram na órbita soviética . No centro e norte da Europa há o chamado desemprego estrutural - à volta dos 4/5% . Não é por falta de trabalho .

Num momento em que a economia muda com a introdução de novas tecnologias e nova procura, é natural que exista ainda um desfasamento entre as capacidades de quem procura trabalho e as necessidades das empresas mas, mesmo com esse potente constrangimento , que só o tempo corrige, a Europa lidera o mundo .

A diferença para os 400 milhões vive do estado social, também ele único no mundo, garantindo uma qualidade de vida nunca antes sentida pela população idosa.

É este mundo que uns artistas querem derrubar .

Passos Coelho vergou-se a Bruxelas. António Costa vergou-se à extrema esquerda

A não ser que António Costa seja mesmo o tal estadista/negociador e tem na manga argumentos que nós nem sonhamos ou então é um dos maiores estroinas que chegou a primeiro ministro. Transformou o governo numa central de promessas. Abre a porta à nacionalização do Novo Banco; nacionaliza os transportes públicos incluindo a TAP ; distribui subsídios a esmo ; quer que as empresas de energia passem a pagar os serviços sociais do estado para além dos impostos que já pagam; aumenta salários e pensões. E tudo isto sem aumento de carga fiscal porque a economia vai crescer muito, tanto que ninguém acredita. Mas o governo lá vai cego e surdo como se pode ver aqui. "O crescimento nas economias centrais da área do euro continua lento" 

E como Portugal depende do que se passa na Alemanha, na Espanha, na Itália e que Angola afundou bem como o Brasil, países que são os melhores mercados para as nossas exportações, está mesmo a ver-se que quem tem razão é o governo ao prever um crescimento acima dos 1,5%, coisa que mais ninguém prevê.

O resultado destas experiências é sempre ruim: mais impostos, menos iniciativa individual, menos liberdade, mais dependência do Estado, mais mediocridade. Muitos erros foram cometidos nos últimos anos mas António Costa não aprendeu nada. Ou então dá o país pelo seu lugar de primeiro ministro.

Ajudar os mais pobres contra uma universalidade que é irrealista

Daniel Bessa : No que se refere a uma questão essencial, a do “Estado Social”, entendo que jamais poderá ser preservado sem introdução de mecanismos de selectividade (de ajuda aos mais pobres, contra uma universalidade que a vida demonstra ser irrealista) e de princípios de racionalidade, e também de eficiência, como o do “utilizador pagador” (desde que possa pagar, como já acautelado).

Rui Vilar : Qualquer política de crescimento e, portanto, de emprego, não poderá contar com grande contributo do investimento público. A via do consumo privado arrasta, indesejavelmente, o desequilíbrio da balança comercial cuja compensação pela exportação de serviços tem limites.

Luis Portela : A minha escolha terá, sobretudo, que ver com as pessoas, as suas capacidades de gestão, a sua honestidade e a sua disponibilidade para servirem os interesses do país. Desejarei seres humanos competentes e íntegros.

 

 

É preciso salvar o modelo social europeu

modelo social europeu é o maior feito político e social da humanidade. É o que nos distingue de todos os outros modelos. Exige uma democracia confiante, e a solidariedade como padrão. Mas só é possível com uma economia pujante. A economia social de mercado.

Uma economia assente na livre iniciativa apoiada num estado facilitador e regulador. Mais de 60% das empresas europeias são pequenas e médias que asseguram 80% do emprego e 60% da riqueza criada.

Esquecer isto tem sido a nossa desgraça enquanto nação. Temos um estado que absorve 50% da riqueza, com uma administração pública pouco amiga da iniciativa privada e que gasta muito do seu tempo e dinheiro com grandes empresas monopolistas e que operam no mercado interno sem concorrência.

Estamos a pedir sacrifícios aos cidadãos, aos pais, para aceitarem salários mais baixos, impostos mais altos e menos serviços. E para quê? Para salvar os bancos. E os filhos estão desempregados. Se não mudarmos isso, se não voltarmos a um tratamento igualitário e justo, as promessas feitas pela Europa não serão cumpridas”.

Uma tão alta nobreza de intenções não é compatível com um estado esbanjador e incompetente. O resto é aritmética.