O governo socialista e os seus compagnons de route da esquerda sempre com olho para o negócio reverteram a privatização da companhia aérea e cavaram mais um enorme buraco negro para os contribuintes.
Aos 1 200 milhões que o Estado lá meteu há meses, acrescem mais 582 milhões de prejuízo nestes meses de pandemia. E podemos assegurar que em 2021 e anos seguintes mais uns milhões largos vão ser pagos pelo Estado à companhia nossa de bandeira.
É este o balanço até Junho. É só fazer contas até Dezembro. Mil milhões por ano nos próximos três anos de prejuízo. É difícil fazer pior.
Agora, o desafio é redimensionar a TAP à procura que sairá desta crise e que a associação internacional do setor, a IATA, aponta para um prazo mais longo do que à partida se esperava. De acordo com a IATA, antes de 2024 não haverá recuperação ao nível dos valores pré-pandemia.
Eu não me lembro. Claro que pode haver sempre uma aproximação das partes mas no final o estado paga sempre .
Isto funciona mais ou menos assim. Os tribunais demoram demasiado tempo, tempo custa dinheiro, as partes têm presente que têm alguma razão mas não a razão toda. Então o estado nomeia um representante, o opositor nomeia o seu e ambos, nomeiam um terceiro que é o presidente. Depois é andar num virote a aproximar posições.
Tal como neste caso da BragaParques, o pedido de indemnização inicial foi de 300 milhões, mas o tribunal chegou a uma decisão de 138 milhões. Mas pergunta-se. Este montante não é uma pipa de massa ? Se é , e é, como raio é que as negociações chegaram a um ponto que leva uma das partes a considerar-se prejudicada em 300 milhões ? Os pressupostos, de tal montante mostram à evidência que é preciso constituir um tribunal arbitral para que tudo fique na mesma..
Diz a câmara que o montante, por elevado, não é aceitável. Pois não, principalmente quando se percebe que agora é preciso entrar na fase seguinte. A da lavar a cara, mostrar indignação, ameaçar que segue recurso para os tribunais, até que daqui a mais dez anos já ninguém se lembrará.
Juntam-se os juros, explica-se que o prazo já vai nos vinte anos e é fazer as contas.