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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Em Itália e Espanha tendência sustentada de menos casos

Itália já pensa em aliviar as restrições. Em Espanha vamos no terceiro dia de redução de casos.

O uso de máscara generalizado, uma aplicação de rastreio, a multiplicação dos testes de diagnóstico e a assistência especializada ao domicílio estão entre as medidas evocadas este domingo pelo ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza.

O país, o que mais mortes associadas à covid-19 regista em todo o mundo, tem verificado nos últimos dias uma tendência sustentada de redução do número de novos casos de infeção e, no sábado, anunciou a descida, pela primeira vez, do número de doentes internados em unidades de cuidados intensivos.

Em Portugal pode ver aqui um conjunto de gráficos que dão uma visão global da situação. Estamos duas semanas atrasados em relação a Espanha e Itália  ainda é cedo, mas parece que o nosso país também apresenta sinais positivos.

E uma boa notícia :

Por sua vez, a diretora-geral da saúde detalhou que os casos de internamento em cuidados intensivo são sobretudo pessoas idosas. Questionada sobre os mais jovens, Graça Freitas adiantou que nas idades pediátricas as “notícias são de facto muito boas” uma vez que se tem verificado “uma capacidade enorme de recuperação” nesses pacientes.

 

A Espanha compra e a China vende produtos falsos

O governo chinês diz que o governo espanhol comprou produtos a uma empresa chinesa que não consta da lista de empresas aprovadas. Os produtos para usar na detecção do coronavírus dão uma larga margem de resultados falsos.

Quer dizer o governo espanhol, burro ( se não houver por ali umas comissões) compra sem se certificar que a empresas chinesa é certificada ( então em produtos hospitalares é impensável) e o governo chinês deixa que uma empresa não certificada exporte.

Estão bem um para o outro.

E depois querem que se acredite nos números que o governo chinês anda por aí a vender. São tão bons que até já andam a ajudar a pobre da União Europeia que é conhecida por ter excesso de regulamentação no que à qualidade diz respeito.

Mas pronto a gente acredita que a China não escondeu que conhecia a existência do vírus desde Novembro.

Uma das ilações a retirar de tudo isto é que o Ocidente tem que arrepiar caminho na ganância de produzir a baixo custo produtos essenciais na sua cadeia de produção. Por uma questão de que " o barato pode ficar muito caro" e também por uma questão de ética. Estamos a ajudar a China a explorar o dumping social que pratica sem pudor.

É feio tirar partido de quem não pode defender-se por viver na miséria e num país que tem um governo ditatorial.

 

 

Agora a geringonça na Andaluzia

A geringonça de António Costa, estusiasticamente reproduzida, em Espanha, por Sànchez, nasceu de um pecado capital incontornável: partidos democráticos que levam para governos europeus partidos de extrema-esquerda e comunistas, inimigos do modelo liberal de sociedade e da União Europeia. Ao tempo, a coisa foi apresentada como um acto de genialidade política de Costa, que, finalmente!, dera poder a quem tinha expressão popular sufragada em votos, mas que nunca tivera responsabilidades governativas. Ora, esta questão poderá voltar a colocar-se, já em Espanha, nos resultados das eleições da Andaluzia: por que não fazer um governo de coligação PP+C's+Vox? Estes últimos afirmam-se nacionalistas? Mas não o afirma, também, o PCP? São contra «esta» União Europeia? Mas não é o que diz o Bloco? Querem o regresso da soberania nacional orçamentária? Não o reclamam, em uníssono, Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português? São de extrema-direita? Mas não são, o Bloco e o PCP, de extrema-esquerda? Por conseguinte, que legitimidade democrática poderá existir, agora, para impedir que o Vox, ou, no futuro, outro Vox qualquer, sirva de muleta para governos chefiados por partidos democráticos? Pelo contrário, pela lógica que levou à geringonça de Costa, eles deverão ser saudados com entusiasmo por aceitarem as regras do jogo democrático. O carteiro toca sempre duas vezes. Por vezes, os políticos esquecem-no.

A União Ibérica - e os independentistas catalães que pensarão disto ?

Há muita gente em Espanha e em Portugal que defende a união de Portugal e a Espanha num único país - a Ibéria .

Sete em cada dez portugueses são a favor de uma qualquer forma de união entre os dois países.

Embora 67,8% dos portugueses entrevistados concordem com "alguma forma de união política" com Espanha, há também 60% que pensam que os espanhóis "interessam-se pouco por aquilo que acontece em Portugal".

O estudo conclui que os portugueses têm uma imagem muito positiva de Espanha, um país que consideram muito similar ao seu, apesar de metade deles verem "aspetos negativos na forte presença de empresas espanholas no seu país, relacionados com um certo receio de ser colonizados".

Perante a afirmação, do jornalista do diário de Madrid de que existem "empresários portugueses partidários da união com Espanha", o presidente do think-thank mostra-se de acordo. "Subscrevo se houver um movimento de união de Espanha e Portugal. Já existem projetos unificados, como o mercado ibérico de eletricidade, que gera mais eficiência e melhores preços."

Que pensarão disto os catalães independentistas que tanto admiram a independência de Portugal ?

 

Dividir a Espanha para dividir a União Europeia

O PCP já tomou posição. É a favor da independência dos povos e devem ser estes a escolher em liberdade o seu caminho. Todos somos se forem estas as razões mas, o que vimos, é que há muitos povos há muito tempo a lutar pela independência ou até por um território mas o PCP não está ao seu lado.

As "condições objectivas" no típico linguarejar dos comunistas e na sua convicta luta de classes, quer dizer que nuns casos estão a favor noutros casos estão contra.

Na Catalunha estão a favor da independência porque desmembrar a Espanha é o inicio do desmembramento da União Europeia . Dividir para reinar . Velho como o mundo. E essa é a razão que leva os comunistas a estar sempre ao lado dos povos europeus que lutam por mais autonomia ou por mais independência.

A independência do povo catalão seria abrir as comportas do dique e submergir a União Europeia .É esse o objectivo e não o nobre objectivo da liberdade.

Espanha encontrará uma forma - Estado Federal? - em que a sede de mais autonomia será apaziguada - de catalães, de bascos, de galegos...

Catalunha : adeus Madrid olá Bruxelas

A força centrípetra de Bruxelas e a integração no espaço Europeu faz revigorar os anseios independentistas de alguma nações. Em Espanha, na Itália, na Bélgica, no Reino Unido, não esquecendo o punhado de nações que estavam integradas na União Soviética pela força dos tanques e que se declararam independentes logo que puderam.

A nação é um conjunto de pessoas que comungam uma mesma língua, a mesma cultura e o mesmo território . Um país é uma nação juridicamente e politicamente organizada.

Então, perguntavam-me os velhos patriotas catalães que vendiam recordações ( em catalão ou em inglês em espanhol não temos) nas ruas de Barcelona : se podemos falar directamente com Bruxelas a que título é que Madrid fala por nós ? É por entregarmos 90% do que produzimos a Madrid e que no todo representa 20% do PIB espanhol ? E depois Madrid recebe os subsídios europeus e distribui-os segundo critérios políticos que nos prejudicam sempre ?

E, sim, Portugal deve-lhes a independência, porque Leão e Castela, atribuindo maior valor estratégico à Catalunha enviou para lá o escol das suas tropas e, para Portugal, enviou o que restava, um exército reduzido e mal equipado. Na Catalunha o exército espanhol ganhou e subjugou a rebelião mas em Portugal perdeu.

Numa das minhas visitas de trabalho a Barcelona fui acompanhado por um madrileno . Pois bem, tive que me meter entre os dois (entre o madrileno e o catalão) para evitar que chegassem a vias de facto. E, no último dia, recebido pelo ministro da saúde da Catalunha ouvi-o dizer pausadamente enquanto me oferecia uns livros : em catalão e em inglês, em espanhol não temos.

Mas o ministro era muito mais novo que os velhos patriotas que encontrava nas ruas.

Para quem está de fora é difícil com honestidade tomar partido. Quanto a mim, convicto europeísta, sinto-me mais seguro com uma Grande Espanha.

 

As compras de Espanha e o Turismo

São os dois factores que mais influenciam o actual bom comportamento da economia. A economia de Espanha cresce desde há três anos acima dos 3% e o "boom" do turismo deve-se à fuga dos turistas de paragens menos recomendáveis em termos de terrorismo.

O governo tem pouco a ver com estas duas componentes filhas da actual situação externa. " Tem sorte, António Costa " disse-lhe António Lobo Xavier . "E porque não hei-de ter ?" respondeu-lhe o primeiro ministro.

Mas sem as reformas estruturais os problemas do país mantêm-se, o futuro é sombrio. O jornal compara o percurso luso ao irlandês, que também foi alvo de um resgate. Dublin manteve os impostos em baixa (12,5% face à média europeia de 21,5%) e criou um “banco mau” para ajudar com os ativos tóxicos. O resultado é um crescimento de 5,2% no ano passado e expectativas de crescimento de 3% em 2019, segundo o FMI.

Portugal anda pela metade em crescimento este ano e até 2019 previsões do governo.  Apesar dos elogios feitos à economia portuguesa, o WSJ ressalva que não é certo que “esta recuperação surpresa tenha vindo para ficar”, baseando a sua afirmação nas perspetivas do FMI de que o crescimento luso regrida, a médio prazo, para uns menos apetecíveis 1,2%. E cita Teodora Cardoso, responsável do Conselho das Finanças Públicas: “Não há dúvida de que a economia está muito bem atualmente. (…) A questão principal é se o estado atual é sustentável a longo prazo”.

Nunca ninguém perdeu eleições quando o ciclo económico é positivo. É o que está a acontecer na Europa e no mundo. Mas mais tarde ou mais cedo se o país não se prepara agora, vem a fase menos boa e a crise é inevitável como sempre acontece no nosso país.

E Portugal mais uma vez não está a fazer o que tem que ser feito.

Bons ventos de Espanha

A Espanha é o nosso principal parceiro comercial. As nossas exportações agradecem o maior crescimento da economia desde 2015 . Acima dos 3% do PIB.

O crescimento da economia espanhola fica bem acima da portuguesa que avançou 2,8% no último trimestre, estando ambos acima da média na Zona Euro. Os analistas acreditam que Espanha pode vir a crescer mais de 3% pelo terceiro ano consecutivo.

No último ano foram criados em Espanha 480 mil novos postos de trabalho e o crescimento do turismo e das exportações deram um forte contributo para o alavancar da quinta maior economia europeia.

 

A política faz-se de escolhas

Há muito que ser de esquerda ou ser de direita tem pouco significado. Para além do "mais estado/menos estado" redutor, o que verdadeiramente tem significado são as medidas que resultam melhor para beneficiar a vida das populações.

Um governo socialista levou o país à bancarrota cometendo erros que estamos a pagar duramente. Da mesma forma o resgate feito por um governo de direita errou ao querer ir além da Tróika e querer ser o melhor aluno de Bruxelas.

O actual governo socialista apoiado por dois partidos da extrema esquerda já aprovou dois orçamentos e os erros são já evidentes. E, tal como os outros dois anteriores, não é por ser de esquerda ou de direita, é porque tomou opções que se revelam erradas.

Continuou a austeridade com cativações na despesa e cortes irresponsáveis no investimento. O resultado está à vista. As funções do Estado estão gravemente diminuídas em vários sectores nucleares. Repôs rendimentos com o argumento que a economia cresceria com a procura interna para na realidade ir a reboque das exportações ( tal como o governo anterior).

E cresce ? É que a OCDE vem agora dizer que vamos crescer entre 1,8% e 2% quando em 2015 crescemos 1,5% e em 2016 crescemos 1,7% . E, segundo o próprio governo, em 2018 vamos crescer 1,8% e em 2019 cresceremos 1,6% .

Isto é crescer ? É que aqui na vizinha Espanha o crescimento é de 3% e até superior há já 3 anos. E Espanha tem uma dívida inferior à nossa, paga taxas de juros inferiores às que nós pagamos e o salário mínimo é bem melhor que o nosso. E o desemprego desce com criação de emprego .

Comparando, onde estão as razões para o nosso foguetório ? Acresce que a nossa dívida é de 134% e a média da dívida na Zona Euro é de 90%, estamos no "lixo" e  pagamos taxas bem mais elevadas.

As agências de rating já vieram avisar que o que estamos a conseguir é poucochinho .

Porque fugiste, António ?