Face ao que a UTAO relata na sua apreciação ao Orçamento de 2019, os deputados só têm uma alternativa: obrigar o Governo a conciliar os dados da despesa pública. O ministro das Finanças ou altera os mapas da despesa, retirando de lá os 590 milhões de euros que não espera gastar, ou aumenta o défice público de 0,2% para 0,5%. Essa é a escolha que os deputados devem colocar ao Governo, recusando-se a aprovar um Orçamento que não corresponde à realidade.
É uma resposta soberba porque corresponde à verdade e é formalmente curta .Na verdade quando este governo tomou posse, havia muita dívida escondida . Aliás, à dívida então conhecida, desde logo havia que lhe somar os 75 mil milhões do empréstimo obtido no programa de apoio da ajuda externa. Porque foi pedido aquela importância e não outra? Porque era o dinheiro que faltava.
O deputado Galamba gritava com a ministra dizendo que o governo Sócrates tinha feito o que todos os outros faziam segundo as regras do Eurostat. Pois é, mas lá que a dívida existia disso não há dúvida.
Maria Luís Albuquerque além de ser uma economista capaz apresenta determinação e capacidade oratória muitíssimo interessantes. Vai longe na política. É ainda jovem, tem presença e já tem no currículo uma prova de fogo muito dura. De ministra das finanças a primeira ministra é um saltinho mesmo que passe algum tempo como deputada na Assembleia da República.