A nova Mocidade Portuguesa : de pequenino se torce o menino
(Observador, 5/9/2020)
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Tal como o partido que não deixa que as escolas públicas sejam avaliadas, sem paredes de vidro não é possível comparar metas, objectivos e resultados. E daí tirar as conclusões necessárias para a continua melhoria. É assim em todos os sectores.
O simples facto de com a publicação dos rankings se iniciar de imediato discussões e análises sobre os mesmos é a prova do enorme interesse que provocam nos pais, professores e dirigentes.
Chegam propostas, correcções, medidas, instrumentos com vista a corrigir eventuais desigualdades na recolha da informação, na base populacional dos alunos, no seu contexto socio-económico.
O facto de os rankings serem públicos cria um incentivo ao trabalho; o facto de os rankings serem públicos permite às direcções definirem objectivos para o futuro; o facto de os rankings serem públicos permite ir ver o que se passa nas escolas que vemos que estão a ter melhores resultados. A existência dos rankings cria algum desassossego no sistema o que, para quem está disponível para melhorar, é muito importante. Mas os rankings podem ser também um poderoso instrumento de equidade e justiça social. Os rankings são o único instrumento público que traz para a luz uma verdade inconveniente: há escolas que não estão a conseguir que os seus alunos aprendam.
Tratar o assunto do género no quadro da autonomia das escolas é algo que se faz já todos os dias.
Os alunos em transição de género usam o balneário dos professores diz o director de uma escola. E outras haverá com solução igual ou outras.
Mas o "estado" e "os" e "as" que nos querem colocar umas palas ideológicas vieram com o papelinho suficientemente ambiguo para abrir portas ao que pretendem. Tudo ao monte e fé em Deus como já se vê naqueles acampamentos de verão do BE em que a fotografia mais famosa nos mostra uns meninos e umas meninas muito progressistas a fazerem um círculo com o nariz metido no traseiro do(a) camarada da frente. Coisa de género que ambicionam para aqueles lados.
Nos últimos dias já veio imensa gente arrepiar caminho, que não, a ideia é só chamar a atenção para esses jovens que estão em evolução de género, não vamos ter um galifão metido na casa de banho das raparigas. Ou coisa do género.
Uma coisa do género sabemos nós. Esta gente que quer impor a sua ideia de sociedade aos outros não vai desistir de meter o nariz no cú do(a)s camaradas. E no nosso se para isso estivermos virados.
É esta a austeridade proposta e executada. Os funcionários públicos e os pensionistas votam os alunos não. É trocar as dificuldades de uns pelos outros. Beneficiar os mais fortes e prejudicar os mais pobres.
Na saúde e na educação e em tudo o mais que é serviço público.
Nas escolas os alunos tiritam de frio porque não há dinheiro para manter os aquecedores ligados. É este o sucesso do século como arranjará maneira de explicar ao povo que deixou morrer nos incêndios de verão. É este o estadista.
E também falta o material escolar . Os humoristas do meu tempo deixavam escrito nas paredes : na aula de educação sexual falta o material, mas agora falta o lápis e a borracha.
"Se tivessem os aquecedores ligados, o dinheiro não chegaria e muitas assumem que não os podem ligar", conta Filinto Lima, que aproveita ainda para criticar os projetos orçamentais "para inglês ver" que as escolas têm de apresentar. "O nosso dinheiro vai todo para pagar água, luz, telefone. Por exemplo, eu pedi cinco computadores no orçamento e não veio nenhum. Era fundamental adquirir material informático para as escolas, os computadores estão obsoletos e a rede de internet é miserável"
É este o futuro com esta governação habilidosa de cativações que pesam nos mais pobres.