Parabéns à Frenprof e a toda a equipa socialista do ministério da Educação.
Os pais não querem compreender as vantagens da escola pública e mesmo a pagar preferem a escola privada. Principalmente em tempos difíceis. Má experiência com ensino à distância motivou procura. Há quem tenha mil alunos em lista de espera.
Está tudo com medo da vaga que aí vem e os professores não são excepção. As baixas são mais que muitas
Não há uma escola pública, há diversas escolas públicas e essa informação é relevante para pais e professores. E para as próprias escolas como forma de comparar instrumentos e resultados. Durante muitas décadas os defensores do centralismo da Educação no Ministério e na Frenprof opuseram-se com violência à publicação dos rankings.
No limite, o que está verdadeiramente em causa com a publicação dos rankings é a transparência da administração e não a forma como os cidadãos e as empresas de comunicação utilizam informação que deve ser de acesso livre a todos os cidadãos. Os detratores dos rankings mais não fazem que proteger a administração pública e os decisores políticos do escrutínio público. Bonito serviço.
Da parte que nos toca, tentaremos, mais uma vez, desmontar aquilo que consideramos ser uma narrativa demagógica e articulada para subtrair o serviço público de educação ao escrutínio dos portugueses, impedindo-os de observar, comparar, avaliar e, no final de contas, de formar opinião e retirar as suas conclusões sobre a qualidade de uma importante parte do trabalho que se faz nas escolas.
Da mesma forma que há serviços melhores que outros ou profissionais mais competentes que outros, também o desempenho das escolas (seja na rede pública ou na rede privada) varia muito em função das suas lideranças, do seu corpo docente, dos seus projectos educativos e dos alunos com que lida. Mas incómoda porque esta constatação que vê “escolas públicas” (no plural) colide frontalmente com o discurso monopolista e centralista que durante anos orientou o ministério da Educação — o da “escola pública”, no singular, como se só existisse uma escola-modelo e todas as outras fossem suas réplicas.
A demografia explica muita coisa e o "boom" após o 25 de Abril explica o resto. Escolas privadas sem músculo financeiro, sem massa crítica de alunos, sem quadro docente. Seguem o seu curso normal que é fechar por muito que custe fechar uma escola mesmo que seja má. Já as más escolas públicas não seguem o seu curso natural. Mantendo-se no mercado ocupam uma posição que impede que se encontrem melhores escolas.
Os alunos destas escolas que fecham e os seus quadros de professores encontrarão saída reforçando e melhorando as melhores escolas já existentes no mercado e outras serão criadas. É a forma natural de renovar o tecido escolar. Mas só acontece no mundo privado, nas escolas, nos hospitais, nas empresas.
Como é óbvio, à medida que mais famílias tiverem mais rendimento disponível mais alunos frequentarão as boas escolas . E as boas escolas que as há no público e no privado vão ser procuradas. Quando as boas escolas públicas não oferecerem a oferta suficiente as famílias pagarão o necessário para os seus filhos frequentarem as boas escolas privadas. Nas más escolas públicas ficarão os filhos dos pobres.
É por isso que as más escolas públicas há muitos anos que estão cheias de alunos pobres e deixaram de ser o ascensor social que a Educação sempre foi.
Sabedora disto, a secretária de estado da Educação tem as duas filhas no óptimo Colégio Alemão " porque quer para as filhas uma carreira internacional". A esta superioridade escolar acrescenta o fecho de boas escolas em associação.
O problema é real e vai agravar-se: não há procura que chegue para todas as escolas do país, porque a demografia está a reduzir significativamente o número de alunos. Só que a solução determinada não foi validar qual a melhor escola para os alunos (e fechar a outra), mas antes, e sem avaliação factual, decretar que só a escola do Estado pode ser a boa escola.
É muita alta a probabilidade das filhas da secretária de Estado acederem à carreira internacional que desejam.
Resumindo. O Estado, com um contrato de associação (que na verdade é um contrato de prestação de serviços, paga em função do serviço prestado) pagava um valor definido por turma que resulta num valor por aluno mais baixo que aquele que o Estado paga para ter alunos em escolas estatais. A pretexto de umas economias que ninguém explica, o Estado leva ao encerramento da escola (com que os utilizadores estavam satisfeitos), aluga as instalações (cujo custo de manutenção e investimento estava antes incluído no contrato de associação) e passa a prestar o mesmo serviço que antes, mas a um valor mais alto por aluno. Bem sei que não sou economista, mas acho que até um aluno com a quarta classe tem dúvidas sobre as economias obtidas. Até aqui tudo isto é normal, toda a gente que toma decisões toma boas e más decisões. O que verdadeiramente me incomoda é o relativo silencio sobre isto por parte de quem tem de fazer o escrutínio das políticas públicas: repare-se que mesmo nesta notícia os jornalistas não tentam fazer um exercício mínimo do custo/ benefício de cada uma das soluções.
Os moradores do Arco Cego onde está a boa escola pública Filipa de Lencastre, queixam-se que os seu filhos ficam de fora por falta de vagas.
Toda a gente sabe qual é o truque. Quem pode comprar uma morada ali no bairro compra. Quem tem um amigo morador no bairro pede-lhe a morada por empréstimo . Quem não tem dinheiro nem amigos endinheirados que morem ali no bairro chique, não entra.
E é assim por esta Lisboa como será em todo o país. Numa boa escola pública não entra filho de pobre. E, é claro, que as boas escolas privadas estão cheias de alunos ricos e remediados. Mas há solução. Fechem-se as más escolas e apoiem-se as boas. Públicas ou privadas.
Se o discurso oficial colasse à realidade - escola pública dá oportunidades iguais para todos - só existiriam boas escolas mas, como se vê na notícia do Público, a realidade é bem diferente . A escola pública em Portugal ajuda a eternizar as desigualdades, não é um factor de justiça social e muito menos um ascensor social .
Na Educação, há muito prisioneira dos sindicatos comunistas, a ideologia prevalece e não tem em conta o interesse dos alunos.
Moro aqui neste recanto de Lisboa há 40 anos e sempre foi assim. Os alunos que vivem nas barracas ou nos bairros sociais frequentam as más escolas existentes .
Os restantes frequentam as boas escolas públicas aqui ao redor ou pagam os bons colégios privados.
É assim não é de outra maneira. A secretária de Estado que andou a fechar as boas escolas em associação tem as duas filhas no caro colégio alemão.
É o caso aqui relatado da escola com contrato em associação de Arruda dos Vinhos. Num ambiente social e económico longe dos melhores, assim mesmo , anda nos lugares cimeiros do ranking . Terá a natureza garantido uma selecção natural entre os alunos locais ? É que havendo só uma escola na localidade não é possível fazer selecção de alunos. Entram todos sejam ricos ou pobres e não consta que os pais sejam doutorados . No concelho próximo de Oeiras há mais ricos, mais doutorados e menos resultados .
O estado já tentou estragar mandando construir uma escola pública que câmara e famílias impediram. É que a escola em associação além de ter resultados acima da média é bem mais barata que as escolas públicas.
O caso do Externato de Arruda mostra que, sem selecionar alunos, é possível ter bons resultados. O que se calhar não é possível, é tê-los sem selecionar professores. Como o Externato recebe menos do Estado que as escolas do Estado e, nesse bolo, ainda tem que pagar TSU, é relativamente óbvio que os professores do Externato terão que receber menos que os seus colegas do Estado, se viverem apenas daquilo que o contrato de associação permite. A lógica económica diz-nos que os melhores professores seriam então aqueles que estão no Estado porque podem ganhar mais. Mas os resultados dizem o contrário, que os bons professores são os que estão no Externato de Arruda. A resposta terá de vir de onde metemos menos dinheiro e apresenta melhores resultados. Os professores do Estado não estão à altura dos professores do Externato de Arruda, apesar de ganharem mais.
O interesse dos aunos devia ser o critério base para o estado financiar as escolas. Em vez disso fecha-as. O ranking ontem dado à luz mostra-o . É o interesse dos sindicatos fortemente ideológico que prevalece. Fecham-se boas escolas e financiam-se más escolas. Eis ao que chegamos.
"É o que sempre dissemos. Todo este processo foi feito com leviandade pedagógica. O maior interesse da criança devia ser o colégio que tem melhores resultados. Tomar decisões sem ter em conta os resultados escolares é leviano”, reage Rodrigo Queiroz e Melo, diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP)."
“Os colégios com contrato de associação recebem alunos com as mesmas regras dos agrupamentos públicos”, justifica Rodrigo Queiroz e Melo, acrescentando que, na próxima semana, a AEEP “vai não só olhar para a posição no ranking geral mas também olhar localmente para a alternativa pública para os pais. Talvez ainda esteja pior nessa lista”
Fechar boas escolas sejam públicas sejam privadas é uma vergonha .
Deve ser uma coincidência esta evolução positiva tanto nas escolas públicas como nas privadas. E durante o mandato de Nuno Crato o tal que os sindicalistas odiavam .
A hegemonia do setor particular e cooperativo nestes rankings volta a confirmar-se e a acentuar-se. Pelo nono ano consecutivo, não há escolas públicas nas 10 primeiras. A última a consegui-lo, no ano de 2013, foi a Escola Básica e Secundária Monte da Ola, em Viana do Castelo, que então alcançou um sensacional 9º lugar na lista geral.
Depois do "desastre" de 2013 - ano em que apenas cerca de 30% das escolas nacionais conseguiram atingir ou superar essa média -, a evolução tem sido constante nos últimos três anos. Desta vez, entre 621 estabelecimentos analisados, apenas 98 ficam abaixo dessa bitola, naquele que será um dos melhores resultados globais de sempre. As classificações mais altas também evoluíram.
Entretanto o actual ministério anda a fechar boas escolas privadas de braço dado com a Fenprof
Quando se fecharam centros de saúde e maternidades, tribunais e balcões dos CTT foi uma algazarra de indignação. Estavam a desertificar ainda mais o interior do território. Mas agora com o corte do financiamento dos colégios privados em que já se anunciam o fecho de alguns, em lugares como Caminha e Proença-a-Nova, já não há algazarra nem indignação.
Num sector como o da Educação que assim reduz oportunidades aos mais jovens e impede a liberdade de escolha às famílias. Manter o financiamento a escolas que não têm outro mérito que não seja o de ser pública e fecha boas escolas livremente escolhidas pelas famílias. E mais uma vez temos a prova que o que leva PCP e BE ao protesto não é a defesa dos cidadãos mas antes a imposição da sua cartilha totalitária.
Pobres de nós se algum dia nos esquecermos que partidos marxistas-estatistas são o que são. Preocupam-se pouco com as pessoas e a desertificação do território é só um pretexto para a arruaça.
Trata-se de uma decisão ideológica que não atende ao interesse das populações e dos alunos.