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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Não falta trabalho nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo ( agora West Sea )

Construir dois navios - hotel, um para o Douro Azul, outro para um armador estrangeiro a que se juntam agora dois navios patrulha para a Marinha Portuguesa. Quer dizer, não só regressou o trabalho como regressaram os trabalhadores ( 400 ) e, não menos importante, a construção de navios que há muito tinha sido substituída pela reparação .

O desastre anunciado, com o fecho dos Estaleiros públicos falidos e sem trabalho, converteu-se numa empresa ( a West Sea ) sem problemas sociais e sem greves. Acabaram as excursões de políticos e sindicalistas, os jogos de cartas que preenchiam o tempo dos trabalhadores sem trabalho e os vencimentos que nós todos contribuintes pagávamos.

O argumento era para os Estaleiros o mesmo que é utilizado para todas as empresas públicas. É uma empresa pública é nossa. Não precisava de mostrar  trabalho nem preocupação com os salários. Os contribuintes pagavam e os sindicalistas promoviam as greves necessárias.

Metidas as violas nos sacos, políticos e sindicalistas estão agora virados para a defesa de outras empresas públicas igualmente falidas e em greves consecutivas. Até que haja coragem de as fechar ou privatizar. A partir dessa decisão os contribuintes passarão a fazer a pergunta certa : cumprem ?

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O Presidente da Câmara de Viana do Castelo devia demitir-se

Carpiram, manifestaram-se, ameaçaram. Trabalho é que não havia. Agora os velhos estaleiros voltaram a ter vida. " Reparação de 20 navios até ao final do ano, reconversão do Atlântida, arranque da construção de dois "patrulhas" em Março e a encomenda de uma série de navios-hotel em perspectiva. Eis a nova vida dos estaleiros navais de Viana. Cinco meses depois de a West Sea, empresa da Martifer, ter entrado nos estaleiros navais de Viana do Castelo, o presidente de ambas, Carlos Martins, revela a estratégia da subconcessionária e o trabalho feito até ao momento que comporta a reparação de dez navios. A facturação vai nos 3 milhões e até ao fim do ano vai montar aos 4 milhões de euros.

O presidente da câmara de Viana do Castelo que trouxe a Lisboa uma coroa de flores ao que ele entendia ser o enterro dos estaleiros devia demitir-se.

De navio fantasma a barco de cruzeiros

O Douro Azul comprou o barco que ninguém quis e vai transformá-lo num cruzeiro para fazer viagens internacionais. Os trabalhos vão ser executados nos estaleiros de Viana do Castelo e em Outubro de 2015 ruma ao Brazil. Há dinheiro próprio do comprador e financiamento bancário. Enquanto os empresários avançam com o negócio e criam postos de trabalho os políticos ainda vão aqui. Querem saber quem é que é responsável pelo prejuízo de 70 milhões de euros. Bem me lembro dos políticos e sindicalistas a correrem para Viana do Castelo a oferecer solidariedade aos trabalhadores e a garantirem que os estaleiros permaneciam públicos. Mas não levavam nenhuma solução. Nem dinheiro, nem negócios para criar postos de trabalho.

"“Na sexta-feira, a Douro Azul passará um cheque de capitais próprios. A Douro Azul tem capitais próprios suficientes para adquirir este navio e está neste momento a negociar com três bancos portugueses o financiamento [de seis milhões para obras de remodelação]. Estou convencido que dos três bancos teremos notícias positivas a muito curto prazo”, afirmou Mário Ferreira."

 

 

 

Voltou a vida aos Estaleiros de Viana do Castelo

O "Atlântida" que os Açores não quiseram receber vai voltar aos estaleiros de Viana do Castelo e ser transformado num belo cisne. A empresa Douro Azul está pronta a ficar com o barco e aos 8,7 milhões de euros iniciais somar-lhe mais 6 milhões para o reconverter num paquete de luxo. Levar o "ferryboat" Atlântida para os Estaleiros Navais de Viana, agora concessionados ao grupo Martifer, onde seria transformado num navio de cruzeiros – desfeita toda a componente de "ferry" da embarcação, apenas aproveitar-se-ia o casco e os motores, refazendo-se todo o interior do navio com a criação de 70 quartos de luxo. Investimento: seis a oito milhões de euros. O irónico é que o "patinho feio" vai ser transformado em cisne em Viana. O prejuízo dos estaleiros só com este barco já vai nos 70 milhões.

 

 

Estaleiros encerram postos de trabalho continuam

Não há volta a dar, diz o sindicalista após reunião com o ministro. Há que assegurar os postos de trabalho o que exige conversações com a subconcessionária e arranjar trabalho. O resto é lutar por uma empresa pública, altamente deficitária, pobremente equipada e com lacunas no "Know How"."A empresa dos estaleiros navais é ponto assente que é para extinguir. Disso não há volta a dar e a decisão política está tomada. Agora há que minimizar os estragos desta situação que é conseguir que o máximo dos seus trabalhadores tenha um contrato de trabalho na nova empresa e que, efetivamente, os seus direitos estejam assegurados, quer em termos de remunerações, quer em termos sociais", afirmou o coordenador da União de Sindicatos, Branco Viana, após uma reunião com o ministro da Defesa, Aguiar-Branco.

Os estaleiros de Viana não tinham nenhum comando

Não tinham engenharia, nem gestão, nem comando. Não mandava ninguém e mandavam todos :O resultado desta promiscuidade é que nos estaleiros ninguém era responsável, as lideranças não tinham capacidade de se afirmar, já que interesses vários, partidários e locais, entravam em jogo”.

O mal já vinha de trás, mas então não representava o que hoje representa, pois a sofisticação dos navios é, agora, muito maior”, adverte o militar. “Os estaleiros cumpriram mas não evoluíram”, diagnostica. Um mal que se arrastou. “Nenhuma das reestruturações se concretizou”, aponta. É esta empresa que os sindicatos e PCP querem manter em operação. Com o dinheiro dos contribuintes.

A Martifer vai ser a salvação daquela gente dos estaleiros de Viana

A MARTIFER ainda lá não apareceu mas já há muitos trabalhadores que abandonaram os estaleiros, depois de negociadas as indemnizações. A Comissão de Trabalhadores continua preocupada não com os postos de trabalho mas com o vínculo ao estado.

Paulo Portas está na Venezuela com quarenta empresários, entre os quais o Presidente da Martifer. O negócio passa por a construção dos dois asfalteiros para a Venezuela ser da responsabilidade do novo operador.

Um dos trabalhadores que saíram, diz que os navios não podem ser construídos nos Estaleiros porque as máquinas precisam de ser substituídas e o "Know How" foi-se com a saída dos trabalhadores mais velhos que eram os que sabiam do "métier".

A CGTP e a Comissão de Trabalhadores continuam a contar-nos histórias mirabolantes. Para estes senhores o que é necessário é que a empresa sobeviva à conta dos impostos dos outros trabalhadores portugueses.

Estaleiros "desajustados" e com lacunas de competências

Metidos no espartilho da contratação pública, com um negócio desajustado, lacunas de competências, uma enorme dívida, com prejuízos sucessivos, os estaleiros de Viana nem com subsídios do estado conseguiram sobreviver. Os dois últimos navios foram construídos com um atraso de cinco e sete anos, respectivamente.

Claro que os estaleiros concorrentes, com gestão privada, obrigados a cumprir prazos e a viverem do seu trabalho foram crescendo, enquanto os estaleiros de Viana do Castelo, entregues às greves, à auto-gestão, aos subsídios do estado foram morrendo.

Não é assim em todo o mundo?