E António Costa volta a precisar dos votos do BE e do PC daí ter arrasado Rui Rio e o PSD .
O Orçamento precisa de ser aprovado e o PM volta a chamar aqueles que afastou . Mas como não há almoços grátis a governação não vai implementar as reformas necessárias ao desenvolvimento do país. O empobrecimento vai continuar .
Aqui na vizinha Espanha o governo do PSOE com a extrema esquerda já está a dar frutos . Uma sondagem aponta que 63% dos habitantes de Madrid apoiam um governo regional do PP em aliança com a extrema direita (VOX ) . As eleições são amanhã .
O PM deve beber a taça da cicuta até ao fim. Começou nos Açores e deve continuar no continente até ao fim da legislatura. Não seria justo que outros fizessem por ele o que só a ele compete fazer. Tomar medidas duras e impopulares .
A entrevista de Santana Lopes transmite uma energia, um entusiasmo e uma confiança que é todo um programa.
Percebe que o caminho que António Costa trilha é poucochinho, que sem crescimento económico sustentado e duradouro o resultado será o mesmo de sempre. Aqui ao lado, em Espanha, o PIB cresce 3% há três anos consecutivos. E o que nos vale é Espanha, a França e a Alemanha que crescem e que são os nossos principais compradores . E já agora o BCE com o seu programa de compra de dívida. Logo que estes factores terminem vamos olhar à volta e percebemos que estamos no lugar que sempre ocupamos. O fundo da tabela.
Santana Lopes não se resigna e não consegue aceitar que Portugal pelo menos não seja igual à média europeia. O PS gosta de governar com o PCP e o BE que tudo fazem para que o país saia da União Europeia e da Zona Euro . Governo este que cumpre escrupulosamente os ditames de Bruxelas. Se fossemos ouvir o que dizia António Costa antes das legislativas, o que ele disse dos compromissos de Passos Coelho com Bruxelas.
Os mesmos que aplaudiam o "menino de ouro" são os mesmos que hoje aplaudem este governo que se apoia no PCP e no BE . E quanto ao "menino de ouro" depois viu-se o que foi.
Em vez de um governo poucochinho apoiado em partidos que tudo fazem para que Portugal não tenha sucesso numa Europa de sucesso, o país tem que seguir uma linha de entusiasmo só possível para quem acredita no objectivo que procura alcançar.
A reorganização do território sector de que António Costa foi ministro e que os incêndios e as mortes mostraram a situação caótica a que chegou . A saúde que tem listas de espera de doentes cada vez maiores e que não paga a fornecedores e que tem médicos e enfermeiros indignados. A Segurança Social com um ministro fragilizado e que paga pensões profundamente desiguais. Sem nenhuma reforma estrutural à vista, são sectores que Santana Lopes elege como prioritários.
Este entusiasmo e esta confiança em Portugal e na União Europeia é o caminho certo, percorrendo-o com quem acredita nele e não com quem só o percorre por razões tácticas de curto prazo.
É muito e mais que suficiente para não haver dúvidas . Caso ganhe cá estarei a favor de Santana e contra a geringonça ou quem a substituir.
Santana Lopes que é como é, com as suas qualidades e os seus defeitos. Agora dá o dito pelo não dito e rectifica a entrevista ao Expresso, não a corrigir-se a si próprio mas ao jornal.
... comunicado da candidatura de Santana Lopes a desmentir as afirmações deste sobre Rui Rio na entrevista que deu ao Expresso. Afinal para Santana Lopes Rui Rio não é "limitado e paroquial". Tem apenas "uma visão limitada" e uma "visão muito paroquial". Felizmente que a candidatura estava atenta e corrigiu as falsidades do Expresso.
Mas algumas pessoas acham mesmo que o melhor é a gente discutir o futuro porque o passado e agora o presente estão cheios de trapalhadas e isso num primeiro ministro não interessa nada.
Entrevista de Costa ao "Expresso", não existe. Uma porcaria. Três jornalistas para recolher respostas... Costa esqueceu (e a jornalada colaborou) que já existe o "Peti 3+", um plano de obras públicas sobre as prioridades estratégicas nas infra-estruturas, ferroviárias, rodoviárias, aeroportuárias, portuárias, aprovado com amplo consenso técnico, associativo e sindical em 2014 e 2015. Recordados? Foi discutido no Parlamento, está calendarizado e discriminado por fontes orçamentais; nacionais, comunitárias e privadas. Ninguém, naquela entrevista, "lembrou" a Costa que já existe um plano!! O que é feito dele? Consenso com a oposição? como levar isto a sério? Evidente, o que Costa quer, é o retorno às tristes PPPs, com fartos retornos a meia dúzia de eleitos, banca no meio, e alavanca para a "economia interna". O retorno à política socrática, em resumo. Depois... o ridículo, a pasmaceira na jornalada: Costa procede ao maior corte no investimento público dos últimos 60 anos e quer o quê?... obras públicas. Consensos... Costa queixa-se de a banca estar a priviligiar o crédito à habitação. Esquece (e a jornalada também) que tal acontece porque o governo não tem uma política económica - para que serve a politica fiscal, o ramo incentivos, Nicolau e Santos Guerreiro? Enfim, depois de serem "comidinhos", só falta os jornalistas tomarem as dores e responderem por Costa à oposição. Espero que não aconteça. Senão... "Tá tudo feito".
Dois meses antes da fase crítica dos fogos as chefias superiores e intermédias das instituições que têm como função planear, organizar e coordenar os meios de combate aos incêndios foram em grande parte substituídas. Por boys sem experiência e sem tempo de cumprir as funções.
Um dos comandantes dos bombeiro deu uma entrevista a Teresa Leal, jornalista da TVI24, onde frontalmente diz que os responsáveis dos erros de organização e descoordenação do fogo de Pedrógão Grande estão bem identificados.
Apareceram no local a coordenar o comandante dos bombeiros de Setúbal - que não conhece o terreno- e mais tarde o comandante de Faro - que também não conhece o terreno - do que resultou uma descoordenação perfeita. Os boys não ardem mas fazem arder .
Depois da entrevista na TVI24 só quem não quer ver é que não vê. E este processo faz-se vezes sem conta sempre que entra em funções um novo governo . Bem, se calhar não a dois meses da fase crítica.
Basta comparar a entrevista do comandante com a nota do gabinete do primeiro ministro para perceber porque foi Costa de férias. Trata-se de uma acusação que não deixa pedra sobre pedra e que aponta culpados e responsáveis bem ao contrário do governo que nos quer fazer crer que não há culpas de ninguém. E muito menos de governantes.
António Costa vai pagar um preço alto. A confiança das populações nos governantes é o fogo que não pode sequer chamuscar muito menos causar 64 mortos e mais de 200 feridos.
Estava de facto em causa o pagamento de salários e pensões . A Grécia e a Irlanda já tinham pedido a ajuda externa mas Sócrates prosseguia uma política errada .
Cavaco Silva admitiu que, “mesmo que o PEC IV fosse aprovado já não teríamos conseguido evitar a ajuda externa”. O ex-Presidente admitiu que a situação a que Portugal chegou — “o que estava em cofre era reduzidíssimo” — fazia com que o país não tivesse “recursos para satisfazer as suas necessidades” e que “podia, de facto, estar em causa o pagamento de salários e pensões”.
O resgate a Portugal “foi o resultado de políticas desenvolvidas ao longo do tempo, em particular desde 2008, num contexto internacional muito complexo”. Políticas que “geraram um grande desequilíbrio das contas externas e nacionais na ordem de 10% do produto, que conduziram a situação de emergência nacional. Nem Estado nem empresas conseguiam contrair empréstimos no exterior”, sublinhou o antigo Chefe de Estado.
O governo passou de São Bento para Belém . O primeiro ministro é Marcelo . E Portugal é o país das maravilhas.
A dívida pública está demasiado alta? Se virmos em termos líquidos, melhorou. As taxas de juro da dívida a 10 anos subiram perigosamente acima dos 4%? Sim, mas depois baixaram. Foi uma vitória conseguir um défice de 2,3%? Sim, e certamente ficará ainda mais baixo. O modelo económico do governo está correcto? Os dados ainda não o contradisseram, esperemos pelos resultados fechados de 2016. Há riscos políticos dentro da “geringonça”? Sim, mas há também muitos consensos alcançados nas áreas-chave da governação. A TSU gerou uma crise política? Não, haverá certamente solução para breve. E a tensão política entre governo e oposição? Houve descrispação na sociedade e ter uma oposição forte é positivo para o país. Marcelo vive num país das maravilhas e, para ele, tudo está bem (ou, pelo menos, a melhorar) – é essa a mensagem que pretende passar. Mesmo que, na prática, a realidade seja muito menos colorida – a descrispação é uma ficção, a banca portuguesa está muito fragilizada, não há solução para quando a torneira do BCE fechar e a economia cresce muito abaixo do que crescia em 2015.
António Costa dá uma entrevista em que o foco é dizer que em 2017, ano de eleições, não haverá aumentos na função pública. Só em 2018.
Isto é o maior sapo que PCP e BE vão ter que engolir e será uma das bandeiras da campanha eleitoral. Nós quisemos, fizemos tudo para que os funcionários públicos tivessem aumento mas o governo PS não deixou. E mostra também as dificuldades que um orçamento de um país em muito má situação, enfrenta .
Porque não aumentar os salários e manter as carreiras congeladas da função pública é desagradar à base de votantes dos partidos que compõem a geringonça. É o sinal mais forte que haverá desacordo entre eles e vai tornar a campanha desagradável para os companhons de route do governo.
António Costa não tinha nenhuma notícia para transmitir. Nem boa nem má. Saltou 2017 e falou em 2018. Como faz habitualmente torneando os problemas.
É que só o aumento de pensões como querem o PCP e o BE corresponde a um aumento de despesa de 400 milhões. Vai buscá-los onde se a economia vai crescer 1,3% tal como em 2016 ?
E a dívida não para de crescer . Porque deu a entrevista António Costa ?
Muitos escreveram sobre a entrevista do super-juiz mas só um percebeu o seu significado. Só um percebeu que faltou uma pergunta. Porquê agora uma entrevista quando está marcada para 15 de Setembro o fim da investigação a José Sócrates ?
A maioria dos analistas acha que o juiz cedeu à vaidade, ao aparecer na televisão, o pacóvio de Mação. Nada mais falso. O que o juiz veio dizer, nas vésperas, é que o que vier a acusar está livre de pressões, de medos , das escutas a que é sujeito. Ora, se não fosse uma borrasca de todo o tamanho que aí vem, o juiz não precisava de vir publicamente prevenir.
Referiu-se por três vezes aos amigos ricos que emprestam dinheiro mas que ele não os tem. Falou das suas dificuldades financeiras que o obrigam a trabalhar muito, chegando ao pormenor de dizer que trabalhou 49 sábados em 52 num ano. Que não teve heranças nem recentes nem antigas. Que ainda ninguém conseguiu encontrar-lhe rabos de palha apesar da espionagem organizada.
Há realmente uma pergunta que ficou por fazer mas cuja resposta ó óbvia. Só não a vê quem tem medo da resposta.
O mundo de José Sócrates é o partido socialista. É no PS que tem poder, suportado por muita gente que o apoia. É por isso que António Costa é um dos seus maiores obstáculos. Hoje aproveitou a entrevista para enviar recados. O PS faz mal em não apoiar um candidato à presidência da República, como ele, Sócrates fez por duas vezes,( perdendo em ambas) e o culpado é única e exclusivamente António Costa.
Há acordos entre ambos que só eles conhecem e que não foram cumpridos. Sócrates queixa-se que o PS não veio em sua defesa . E acha graça ao acordo que PCP e BE conseguiram com o PS assim retirando mérito a Costa
A sua defesa vai continuar nesta linha, o mais política possível, clamando que foi ao serviço do país e do PS que explicam muitas das decisões controversas que tomou. Há muita gente no PS com as pernas a tremer.
Afasta-se e tenta ocultar os pormenores muito difíceis de justificar como as movimentações de grandes montantes de dinheiro vivo, fora do circuito bancário. E da sistemática presença de amigos ou familiares nos casos levantados contra si.
Apagou rapidamente incêndios que o podem chamuscar como os casos de Armando Vara e Rui Pedro Santos ambos declarados seus amigos.
Apesar da sua verve ser inquestionavelmente acima do normal não conseguiu afastar as dúvidas daqueles que não estão com ele. Do outro lado estão os indefectíveis que ainda hoje choram pelo PEC IV . A referência ao PEC IV por Sócrates é um sinal da posição que atribui a si próprio. No centro e por cima . Os mesmos que António Costa chamou para o apoiarem são os mesmos que o derrubaram a ele.
Até o actual governo se deve ao facto de toda a esquerda ter aprendido com a maldade que lhe fizeram .