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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Depois desta greve quem quer uma saúde pública monopolista ?

Há cada vez mais doentes a recorrer aos privados e ao sector social. E até aqui a razão principal era a incapacidade do SNS responder á procura. Listas de espera em consultas e em cirurgias que atingem mil dias . Urgências a transbordar .

Mas agora com a greve dos enfermeiros atingimos um novo patamar. Doentes oncológicos não são operados e suspendem o tratamento. Ultrapassou-se a barreira vermelha . A margem que separa a vida da morte .

A Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros avisa o Governo para o risco de surgirem formas de luta “mais incontroláveis” que não sejam suportadas por sindicatos, considerando que os enfermeiros não ficarão serenos face à decisão de requisição civil.

A presidente da ASPE, Lúcia Leite, rejeita os fundamentos para a requisição civil decidida hoje em Conselho de Ministros e considera que o Governo “optou por um caminho que parece fácil, mas que lhe pode trazer dificuldades bem maiores no futuro”.

“Não acredito que os enfermeiros, depois de verem como os governantes os desrespeitam, vão ficar serenos com esta decisão”,

Quem é que a partir de agora ainda defende o monopólio da prestação de cuidados hospitalares públicos ?

D. Sebastião vai trazer os 600 milhões aos professores e os 500 milhões aos enfermeiros

Numa manhã de nevoeiro, D. Sebastião vai chegar

As últimas variações desta forma mais recente de sebastianismo são os movimentos reivindicativos de professores e enfermeiros. Os professores acreditam que os 9 anos, 4 meses e 2 dias de tempo de serviço congelado hão-de sair do nevoeiro da dívida e os enfermeiros, que os 68% de aumento hão-de chegar com a maré. Aparentemente, para impor esta realidade alternativa, a única coisa que se exige é acreditar. Com paixão, com raiva, na rua, de braço dado, de punho erguido, de peito esticado. “O povo unido, etc.”

Não há dinheiro o que é que não percebem ?

Quem é que paga aos enfermeiros grevistas ?

Há um segundo pedido de apoio financeiro para as greves dos enfermeiros no montante de 400 000 euros. O primeiro pedido andou também pelo mesmo montante ao perto disso.

Quem paga ?

Os enfermeiros pagam a si próprios ? Os enfermeiros não grevistas ( que recebem o salário normal) pagam aos seus colegas em greve que não recebem salário ? E os montantes tão elevados não assustam ninguém ? Estranho, no mínimo...

Seria bom que a bastonária dos enfermeiros explicasse de onde vem o dinheiro . É que pescadores de águas turvas é o que há mais por aí...

É preciso que os direitos dos doentes sejam respeitados

Milhares de cirurgias foram canceladas com óbvio prejuízo dos doentes senão mesmo com mortes à mistura. Os direitos dos doentes têm que ser respeitados como muito bem diz a ministra da Saúde. Não se encontrando solução nos hospitais públicos o  SNS está a recorrer aos hospitais privados. É para isso que servem os protocolos existentes entre o público e o privado.

Se alguém considera que os direitos corporativos dos enfermeiros  estão acima dos direitos dos doentes tem na presente greve uma boa reflexão. Deixam-se morrer doentes atrasando-se cirurgias há muito programadas ?

Atrevam-se com aquele argumento estúpido que o estado não deve pagar aos privados porque o dinheiro é "público". A morte e o sofrimento também são públicos ?

A greve dos enfermeiros é o triunfo dos porcos

Vale tudo incluindo o terror. É com "absoluta certeza" que a bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE) afirma que as intervenções cirúrgicas adiadas devido à greve dos enfermeiros não vão ser reprogramadas em tempo útil. "Não é possível, se a greve durar até 31 de dezembro ou se se prolongar, reprogramar nos próximos anos estas cirurgias para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) em tempo útil", diz Ana Rita Cavaco.

O triunfo dos porcos.

 

Se um dia os hospitais públicos tiverem o monopólio da prestação de cuidados hospitalares

É dificil encontrar maior vergonha do que esta greve dos enfermeiros.

Ao final da tarde desta quinta-feira, a Ordem dos Médicos do Norte denunciou alguns dos métodos dos enfermeiros que participam nos piquetes de greve, que estarão a entrar nos blocos operatórios e a obrigar os médicos a suspender as cirurgias.

Euforicamente reclamam 3 000 cirurgias programadas não efectuadas que o SNS não conseguirá recuperar nos próximos dois anos. E como o PCP e o BE não autorizam que os doentes sejam intervencionados nos hospitais privados - o dinheiro é público - os doentes podem morrer .

É nisto no que dá os extremismos e a ideologia cega. Uma greve de terror

 

A greve dos enfermeiros é a greve do terror

Parar com as cirurgias programadas nos cinco maiores hospitais do país. Cirurgias que o SNS nunca mais conseguirá recuperar a não ser que os doentes morram.

Ao limitar a greve aos cinco maiores hospitais do país o objectivo é conseguir que o dinheiro reunido para sustentar os grevistas dure indefinidamente. Nas palavras dos próprios, a greve há-de ser “até quando o governo entender”. Há nisto um elemento de calculismo brutal. A estratégia dos sindicatos é concentrar todo o impacto da greve sobre um grupo de pessoas que, sem ter poder de decisão, é particularmente vulnerável. E esperar que o sofrimento dessas pessoas leve a opinião pública e o governo a cederem – por medo. Chama-se a isto terrorismo: “o agrupamento de duas ou mais pessoas que, em actuação concertada, visem … intimidar certas pessoas, grupos de pessoas ou a população em geral”. Não interessa para o caso a razão que possam ter, ou não, os enfermeiros. A estratégia que escolheram é malévola e inaugura em Portugal um estilo perigosíssimo de fazer greve.

Há médicos a mais ou a menos conforme dá mais jeito

Ainda há bem pouco tempo o que se dizia é que há médicos a mais. Normalmente é quando aparece alguém a queixar-se que com elevadas notas não consegue entrar em medicina. Ou quando os médicos e enfermeiros emigram.

Mas quando se sabe que no SNS os doentes têm que esperar 16 meses para fazerem uma TAC aí a razão é haver médicos e enfermeiros a menos.

É claro que há mais razões. Uma delas é as máquinas estarem obsoletas e precisarem de ser substituídas. Outra razão é não se aproveitar o parque de TACs instalado, seja público ou privado . Este subaproveitamento é horizontal nos hospitais do SNS e nos hospitais privados porque a solução é sempre a mesma. Sofre o doente.

Há 15 anos apareceram os TACs que faziam "cortes" de 3 mm, um ano depois apareceram as TACs que faziam "cortes" de 1 mm. É claro que os médicos querem, e bem, o melhor. Mas esta pressão contínua mostra também que o estado nunca conseguirá sem o complemento do investimento privado responder à procura. Mais do que comprar sob pressão há que planear e organizar. Porque a pergunta é esta. Todo o parque instalado em Portugal está no limite ? As TACs, as Ressonâncias magnéticas, as Angiografias digitais, as PETs ?

A tragédia é que ninguém sabe responder a esta pergunta absolutamente essencial. E para os partidos da extrema esquerda é preferível os doentes sofrerem a o SNS fazer contratos de associação com os privados. Podem ganhar dinheiro e isso é, como está provado, o maior dos males.

Em S. José podem estar em causa homícidio por negligência, omissão de auxílio e exposição ao abandono

Mas os enfermeiros dizem agora que o doente podia ter sido operado no Bloco Central onde havia enfermeiros com capacidade para formarem equipa . A verdade vem ao de cima como o azeite. Afinal a morte do doente não se deveu aos cortes financeiros, deveu-se à descoordenação, senão mesmo à má vontade. Era fim de semana. Quem é que trabalha ao fim de semana?

Fonte médica diz que o neurocirurgião e a anestesista estavam no hospital na noite de sexta-feira, 11 de dezembro, quando o jovem chegou de Santarém. A intervenção cirúrgica não terá sido feita nessa noite porque não havia enfermeiros no bloco de neurocirurgia que garantissem uma equipa.

No final da semana passada, Rogério Alves, antigo bastonário da Ordem dos Advogados, admitia, em tese, que pudessem estar em causa três crimes: homicídio por negligência, omissão de auxílio e exposição ao abandono.

O interesse das corporações que abocanham o estado não param perante nada