A tomada de 50% da TAP transformou o Estado refém da empresa e do seu desastre.
O problema da TAP foi criado por este governo ao tomar 50% da companhia sem capacidade de decisão. Apesar do amigo do primeiro ministro. Não se pode servir a dois amos, o PCP e o BE por um lado e os privados por outro.
A música é outra mas para já é desafinada e ouve-se mal. O governo vai injectar mil milhões sobre a forma de empréstimo. O capricho do PS está a custar muito dinheiro.
Não se sabendo muito já se sabe o que a Alemanha fez com a Lufthansa, tomou 20% da companhia e empresta o que falta. Depois a companhia paga ao longo do tempo à medida que libertar lucros.
Num momento que precisava ser de negociação, o que temos é uma enorme pressão financeira e política sobre os privados e a sua gestão.O cenário está muito longe de beneficiar a TAP embora sejamos nós, os contribuintes, que pagamos.
Nem nacionalização nem insolvência e muito menos pernas a tremer.
Confessou que recebeu milhões de euros de um amigo a quem, enquanto primeiro ministro, adjudicou centenas de milhões em obras para o estado. Chama-lhe empréstimos. Alguém acredita ?
Já do ponto de vista individual, será que José Sócrates acredita que é possível os portugueses acreditarem que é normal uma pessoa adulta – independentemente de ter sido ou não primeiro-ministro – viver à custa do dinheiro que lhe é dado por um amigo? Será que José Sócrates acredita que é normal que os portugueses acreditem que é normal um homem feito receber de um amigo milhares e milhares de euros em dinheiro vivo, em notas, que usa para si e que aparentemente redistribui por uma parentela de familiares, ex-parentes e conhecidos?
Será que José Sócrates acredita que é normal que os portugueses levem a sério a tese de que é um preso político? Nos dados conhecidos do processo, há indícios de que esteve alguma vez em causa sequer um crime de delito de opinião? Qual a acusação política de que foi alvo? A suspeita não é de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para acto ilícito? Será normal um adulto na posse das suas faculdades normais acreditar que é possível que alguém leve a sério e acredite na tese de que está a ser politicamente perseguido ao ser investigado por crimes como os que José Sócrates é suspeito ?
António Costa e camaradas têm toda a razão em não quererem Sócrates no centro da campanha eleitoral. É que nem eles acreditam .
Dizer que a dívida está a crescer é como aquele senhor que olha o dedo em vez de olhar a lua. O governo está a aproveitar as baixas taxas de juro para aumentar o stock da dívida e desta forma pagar a divida publica com vencimento em 2015 e em 2016. Quando a data do vencimento chegar, a antiga dívida com taxas elevadíssimas será substituída por dívida a taxas muito baixas. Desce a dívida e pagam-se menos juros. Querem um desenho ? Também se arranja.
O Tesouro português já garantiu 90% das necessidades brutas de financiamento de longo prazo previstas para este ano, que ascendem a 25,9 mil milhões. Este valor inclui os cerca de 9 mil milhões de euros que o IGCP quer garantir já, mas que diz respeito a pré-financiamento para o próximo ano.
A República Portuguesa demonstrou que tem um acesso robusto aos mercados internacionais e a procura foi o dobro do montante colocado.
O CEI abriu uma linha de crédito para desenvolver a Banda Larga no montante de 110 milhões de euros. O projecto abrange os investimentos necessários à implementação do equipamento e sistemas de rede móvel com a actual tecnologia 3G e a nova tecnologia 4G. O projecto pretende melhorar o acesso aos serviços de banda larga, aumentar a eficiência e reduzir custos.
Para o BEI, este empréstimo integra-se no contexto mais amplo da Estratégia Europa 2020, que visa promover um crescimento inteligente e desenvolver uma economia baseada no conhecimento e na inovação. A iniciativa “Agenda Digital para a Europa” é um elemento-chave desta estratégia, por isso a existência de redes de alta velocidade eficientes é fundamental para a transferência rápida e fiável de volumes cada vez maiores de dados.
Não é indiferente para a Alemanha a degradação da sua imagem junto dos países do sul da Europa.
De acordo com a Der Spiegel, o KfW poderá conceder créditos a bancos similares de Portugal e Espanha e também, possivelmente, da Grécia, sob a condição de que estas instituições façam chegar esses fundos às pequenas e médias empresas, afectadas por falta de liquidez.
Gaspar na semana passada já tinha anunciado esta possibilidade que pelos vistos se confirma.
Viabilizar boas empresas que, sem ajuda, podem ir para a falência. Converter dívidas ao estado em capital das empresas, mas que isso não signifique uma nacionalização; criar uma conta corrente entre o estado e cada uma das empresas por forma a que o estado não se financie à custa dos seus fornecedores; não taxar os lucros reinvestidos ; e benefícios fiscais para os accionistas que injectem dinheiro próprio nas empresas.
São medidas que nesta altura são necessárias e que podem ter uma influência importante no relançamento da economia. E que não exigem despesa por parte do estado.
É curioso porque quem está contra esta medida - impor limites ao crédito e à divida - são o os partidos que estão contra o pagamento da dívida. O PC e o BE - o PS como sempre está no "nim" - querem mais dívida e mais crédito. A proposta da UE é que a dívida não passe além dos 60% do PIB e o déficite não seja superior a 3%. Esta proposta tem toda a razão de ser.
Veja-se o que diz hoje no Expresso o Presidente do Grupo Crédito Agrícola : " Partilho dessa opinião. Deve haver limites para o endividamento. Não podemos estar sujeitos a que qualquer político, sem qualquer experiência de vida ou de empresa, assuma a gestão do país e o endivide ao ponto de os cidadãos terem de pagar com os seus impostos as loucuras que ele fez"
Mas o PC e o BE estão contra porque sabem que esse endividamento é, prioritariamente, dirigido ao estado e às empresas do estado e não estão nada preocupados que sejam os contribuintes privados a pagar.
Em vez de subsídios a fundo perdido como sempre foi (o que deu azo a todo o género de batotas) e passar a oferecer apoios reembolsáveis, vai um passo de gigante. Na direcção certa. Mais responsabilidade!
Pretendemos destinar uma parte importante deste financiamento para as pequenas e médias empresas, que são o sustentáculo da criação de emprego no país, mas queremos também introduzir uma lógica diferente da utilização dos fundos, passando a dar prioridade aos apoios reembolsáveis e menos aos subsídios a fundo perdido", afirmou Passos Coelho.