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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Sair do Euro equivale a empobrecer para sempre os trabalhadores

Só a ideologia explica que o PCP e o BE continuem a exigir a saída do país da zona euro. Criar uma nova moeda, o escudo, levaria a que os salários dos trabalhadores sofressem imediatamente uma desvalorização de pelo menos metade. Quem ganha agora 1 000 euros passaria a ganhar menos de 500 escudos. E como grande parte do que compramos vem de fora pagaríamos em escudos o que nos venderiam em euros. E as dívidas em euros seriam pagas em escudos.

Quem tem dinheiro, muito dinheiro, convertia os seus euros em libras, dólares ou francos suíços e assim se safava à desvalorização , mas os trabalhadores não tinham por onde fugir. É incompreensível como o PCP e o BE continuam a preferir seguir a ideologia a defender os trabalhadores.

Ganhávamos nas exportações assentes em mão de obra barata o que o PCP e o BE tanto atacam. Se há maneira de empobrecer o povo e o país é sair da zona euro. Insistem porquê ? Porque para aqueles partidos extremistas o que está em jogo não é o bem estar do povo é o comunismo nas suas várias vertentes. Marxista, marxista/leninista, estalinista, trotquista e mais uns "istas" pois há para todas as bolsas.

E não esquecer que foram os estalinistas que assassinaram o líder dos trotquistas dando-lhe com um martelo na cabeça. Não perderam o jeito como se vê com esta exigência da saída da zona euro...

Depois de pobres e miseráveis fora da zona euro os trabalhadores seriam comunistas para sempre.

 

 

Já vivi muito melhor

Uma minha conhecida de longa data, farmacêutica, vivia à grande à francesa. Os dois filhos transportavam-se em carros de luxo, tal como o marido que se embebedava diariamente e ela própria que se desdobrava em esquemas. Herdades no Alentejo, casa de campo, viagens à volta do mundo, apartamentos de luxo . Eu dizia a  amigos comuns que não podia ser pese ela ser proprietária de duas farmácias.

Um dia, há sempre um dia, bateram-lhe à porta os fornecedores e os credores. Começou a vender o que podia antes que lhe caíssem em cima as penhoras. Vendeu a pataco o que tinha comprado a crédito e de um momento para o outro foi viver para Moçambique onde abriu uma pequena farmácia. Diz ao primo que antes, quando viva a crédito, vivia muito melhor.

É isto o que nos lembra hoje Mira Amaral no Expresso. Há três anos viviamos todos muito melhor a crédito sem termos que pagar nada. Chegou a factura, o nível de vida teria que baixar fosse qual fosse o caminho seguido.

O empobrecimento real é perto do zero...

Está aqui bem demonstrado. Afinal não seria possível manter a política do betão por mais tempo. Ninguém duvida disso. Não seria possível construir mais autoestradas, rotundas e habitações. Porque não, como bem mostram umas sem carros e outras sem pessoas. Terminar com a política do betão traria sempre empobrecimento. É o que aqui se demonstra : " Em 2007 o PIB português atingiu o seu máximo histórico: 164.660 milhões de euros (preços constantes de 2006). Em 2013 quedou-se pelos 153.609 milhões. Ou seja, menos 6,7%. É esse o balanço acumulado da crise e da austeridade.

Façamos agora um pequeno exercício, recorrendo ao último relatório do INE sobre o produto de 2013: retiremos o investimento em construção civil e obras públicas. Os números passam a ser 142.454 milhões (em 2007) e 141.828 (em 2013). Isto representa uma contracção de apenas 0,4%. Ou seja, quase nada. Isto significa que sem compressão do sector da construção quase não teria havido recuo do PIB. Acontece que a compressão deste sector era inevitável.

Medina Carreira e Vitor Bento dizem o mesmo aqui neste vídeo.

As raízes do empobrecimento

O estado com os seus subsídios e os seus incentivos enganou-nos a todos. (...) A sociedade portuguesa moldou-se ao longo de décadas a um modelo estatista de economia e organização social. Os mecanismos comunitários de solidariedade foram substituídos por políticas centralistas, desfazendo o tecido social local. Os empresários aprenderam que o seu esforço seria mais bem aplicado a tentar obter subsídios do Estado do que a investir e inovar. Pessoas capazes e competentes trocaram os seus empregos no sector privado pela estabilidade e horários fixos de um emprego na Função Pública. A economia afastou-se progressivamente do seu potencial de crescimento, dedicando mais recursos à repartição e actividades pouco produtivas do que à produção. A subsidiodependência tornou-se no grande pilar oco da economia: do beneficiário do RSI ao construtor civil, todos se habituaram a ver no Estado o principal garante da sua sobrevivência.
Porém, não se deve cair no erro da culpabilização individual daqueles que beneficiaram de um Estado gordo: os portugueses limitaram-se a seguir os incentivos que lhes foram dados. Por muito ineficiente que fosse para o País como um todo, porque haveria um empresário de recusar um subsídio estatal colocado ao seu dispor? Porque haveria um professor recusar receber salário por um horário-zero? Todos responderam a incentivos, mas todos foram enganados. Reformados, trabalhadores e empresários que basearam as suas decisões de vida no pressuposto de que o Estado teria sempre dinheiro, vêem hoje essas expectativas frustradas.