Nestes últimos quatro anos vivemos uma conjuntura global positiva . Cresceu a economia a seguir à profunda crise financeira e após as medidas rigorosas tomadas. Os juros desceram a níveis historicamente baixos . O BCE com o seu programa de compra de dívida manteve os juros baixos e a liquidez não faltou nos mercados.
Por cá, além desses benefícios, as exportações cresceram notavelmente e pela primeira vez em muitos anos as contas externas estavam equilibradas. Se é assim porque é que os países que estavam atrás de nós, mais pobres do que nós, nos ultrapassaram ?
Continuamos a ter uma das maiores dívidas, o crescimento do PIB é uma miséria , os salários e as pensões envergonham e os 2 milhões de pobres existentes em 2000 não se reduziram Temos um Estado grande e interventor que não é amigo da iniciativa privada na economia. Uma pesada carga fiscal, uma Justiça presa em burocracias e um sector financeiro e bancário assente em amiguismos e relações de interesse partidário.( Como hoje sabemos muitos milhões fugiram mas ninguém viu nada.)
O Estado está prisioneiro de interesses organizados que não compaginam com o interesse nacional.
Liberalizar a economia, reduzir o Estado, baixar impostos, reduzir a dívida, acabar com sectores da economia rentistas e ver com bons olhos quem consegue ter lucro e não pactuar com subsídios dependentes.
Empobrecer não é uma inevitabilidade tem sido o resultado de políticas pró-socialistas que deram o mesmo resultado aqui como em todos os outros países que seguiram políticas semelhantes .
Estamos na União Europeia basta seguir os que vão na frente não é preciso inventar nada.
Há vinte anos que Portugal não cresce o suficiente para manter um Estado Social que responda aos anseios da população. Na Saúde as famigeradas listas de espera em que morre gente doente sem tratamento é o caso mais óbvio.
Dizem os partidos da extrema esquerda que é preciso investir mais no SNS. A pergunta que se impõe é saber onde é que se vai buscar o dinheiro necessário.
A dívida já está elevadíssima, a carga fiscal pesadíssima, a riqueza não cresce.
O dinheiro que a UE não está a enviar vai sendo enterrado em projectos e problemas que nos afligem há dezenas de anos sem solução. E, de novo, não temos nada a não ser novos poços sem fundo. Novo Banco, TAP, Hidrogénio em Sines, Aeroporto no Montijo...engolem grande parte dos subsídios que deveriam estar a ser encaminhados para a recuperação de empresas viáveis e para lançar novas empresas e novos bens e serviços.
Não é preciso ser bruxo ou montar banquinha e lançar cartas para se perceber que o país vai continuar nesta empobrecimento envergonhado na próxima década.
Governar para manter o poder e não enfrentar os problemas que tolhem o país há tanto tempo não é mérito merecedor de loas. Um dia destes António Costa vai à sua vida para Bruxelas e quem vem atrás vai ter que tomar medidas que não serão bonitas de se ver.
E a narrativa vai ser a mesma de sempre. Como foi no pântano de Guterres e na bancarrota de Sócrates. Precisamos da maioria absoluta para implementar a nossa ( socialista) política.
E o BE e o PCP passarão de aliados a adversários em menos de nada.
Andamos a empobrecer alegremente mas não há responsáveis porque isso implica admitir os erros grosseiros de quem nos tem governado.
A gestão do curto prazo leva-nos a um país hipotecado, com um reduzido crescimento potencial e cada vez mais dependente de subsídios. Fomos ultrapassados por todos os países que entraram na União Europeia este milénio, sem que qualquer responsabilidade ou razões fossem apuradas.
Ao impedir a responsabilização das estratégias e investimentos anunciados, seja ao nível do cumprimento ou da sua eficácia, evita-se corrigir a estratégia económica futura. Qual o resultado das estratégias anunciadas nos últimos 20 anos? A da década, a dos centros de decisão nacional, a de Lisboa ou ainda a estratégia industrial…
São tantas as estratégias que é fácil um cidadão deixar de acompanhar e perder o interesse. Mas o sistema está feito para isso mesmo. A corrupção, os conflitos de interesse, os negócios de milhares de milhões feitos em prejuízo da economia nacional, demonstram que em nada se tem alterado o rumo do país.
O problema nunca está nos políticos que nos governam há décadas com os mesmos resultados e objectivos – ficar à frente a Grécia. Este dinheiro que aí vem tem de ser supervisionado pela União Europeia ou cairemos no mesmo: o benefício de alguns, hipotecando o próximo século de muitos.
Com este crescimento anémico do PIB, Portugal tem sido ultrapassado por quase todos os países da Europa no que diz respeito ao PIB/per capita. É destino ?
Será necessária uma nova política que liberte o potencial produtivo do país, acreditando no sector privado, que faça mais e melhor com menos dinheiro público, diminuindo a tremenda asfixia fiscal sobre as empresas e a classe média, e que aposte na maior liberdade dos cidadãos no que toca à Educação, à Saúde e à Segurança Social.
O discurso não poderá ser apenas sobre o défice e a dívida públicas, mas sim e sobretudo sobre os valores de uma sociedade mais livre e com maior capacidade de escolha que, complementada pelo papel supletivo do Estado, permita gerar mais crescimento, erradicar a pobreza e pagar melhores salários, em em antítese ao actual modelo que acredita que o Estado é a solução
E eis como, por felicidade, não incorreremos no triste destino da Noruega, que, além de nos vender bacalhau, é produtora de petróleo (nós, não!), 7.º país mais rico, próspero e feliz do Mundo (nós, não!), tem um PIB per capita de mais de 62.000 euros (nós, 29.000), e é a 16.ª nação mais competitiva do Mundo (nós, 34.ª).
Não queremos ser como a Noruega. Não há nada como as nossas renováveis e a nossa «transição energética», que sempre permitem mais um imposto, mais um emolumento, mais uma taxa – para custo actual e felicidade futura, como no credo socialista.
Em 1999, Portugal tinha 84% do rendimento per capita europeu; divergiu e tem hoje apenas 78%. A economia desacelerou para o ritmo mais lento desde a primeira metade de 2016, e tem a quinta taxa de crescimento mais baixa da Zona Euro. A previsão de crescimento por parte da Comissão Europeia para 2019 é de 1,8%, o que corresponde à 21.ª posição entre 28 países e ficará abaixo da média europeia de 1,9%. Em 2018, ultrapassar-nos-ão em riqueza a República Checa, a Eslovénia, a Eslováquia, a Lituânia e a Estónia. E, continuando as coisas como estão, a próxima década promete-nos que seremos também mais pobres que Croácia, Hungria e Polónia.
O «milagre económico» é como o «fim da austeridade» e a «redução da carga fiscal» – não existe. Portugal é pobre e está em vias de empobrecimento relativo.
Um governo do PS teve que pedir ajuda externa porque estava perto da bancarrota. Já não havia quem emprestasse dinheiro à República, os cofres estavam vazios e as taxas de juro andavam pelos 7%.
Só o primeiro ministro em funções ( José Sócrates) é que tinha poderes para assinar com a Troika o programa de ajustamento.
Quem veio depois teve que aplicar as medidas que foram acordadas . Nem sempre bem, é verdade, mas agora é fácil de dizer.
A porta voz do PS, essa política de mão cheia que dá pelo nome de Ana Catarina Mendes, toma-nos por parvos e pela enésima vez vem com a mentira medíocre. Ao seu nível. Segundo a estadista quem empobreceu o país foi quem aplicou o programa não foi quem levou o país ao pedido de resgate.
Brexit, uma bem oleada e eficaz máquina, de empobrecimento.
Expliquem isto à malta, que eu já não percebo nada disto.
Então os gajos do banco central, sobem os juros, e a libra em vez de subir de valor, cai 1% face a todas as moedas de referência, e face ao euro, o cenário é ainda mais desastroso e caiu de imediato 1,33%.????
Então os investidores não são geralmente é atraídos por juros mais altos, ao invés de terem fugido no minuto seguinte?
E a inflação já suplantou os 3%, e sem perspectivas de abrandamento.
Então o enorme sucesso económico do Brexit, previsto por vós não devia era estar a levar a inflação e os juros em sentido inverso? A inflação no RU não devia estar em valor inferior ao da zona euro? É que no RU já passou os 3% e na zona euro, essa moeda miserável sem credibilidade nem valor e pronta a implodir a qualquer momento, (segundo vossas palavras ;) ) a inflação anda pelos 0,7%, e o euro já está novamente acima dos 1,20 USD, e em trajectória de subida face a todas as restantes moedas de referência.
Já agora, sendo a UE o principal parceiro económico do RU, e estando o RU já com 4 vezes mais inflação que a da UE e a caminho de registar, não tardará muito, 500% a mais de inflação, não é isto um processo real e brutal de empobrecimento e roubo dos trabalhadores do RU, face aos da UE?
Vá lá expliquem a coisa, pois nesta matéria, os entendidos e os que têm acertado continuamente e repetidamente nas previsões, têm sido vcs os dois.. ;)
A dívida pública aumenta a níveis mais elevados que durante o período de intervenção da troika e, por isso mesmo, apesar do crescimento económico, o país está mais pobre. Com mais dívida, há mais contas para pagar no futuro que é o nosso (ainda não sou velho) e dos nossos filhos (e netos, porque a factura é mesmo elevada).
Impressiona como pouco se aprendeu com os sacrifícios dos últimos anos. Continua a confundir-se crescimento com riqueza, riqueza com azáfama, azáfama com alegria, alegria com tolice. Um círculo vicioso que ridiculariza a crítica pensada para que, quem pensa, não seja escutado. Porque quando não se escuta não há registo, ninguém se lembra, e não há responsáveis, não há culpa, não se tiram ilações. Não se aprende. Não se muda. Insiste-se, e volta-se a insistir, no mesmo erro, nas mesmas fórmulas, nas mesmas pessoas que se escapam porque ninguém é responsável do que quer que seja.
A economia cresce poucochinho e nos próximos anos, tudo o aponta, crescerá ainda menos. Aumentam-se os salários públicos e pensões ( poucochinho) mas o suficiente para aumentar impostos ( agora andam a cirandar à volta da Segurança Social) . Ainda assim o défice baixa devagarinho à custa da degradação dos serviços públicos .
As agências de notação financeira não mexem no "lixo" e as taxas de juro são bem mais elevadas que as dos países próximos. O investimento é cortado no altar do défice. O desemprego desce com o Turismo .
Mas a dívida não cessa de crescer, esse monstro que não conseguimos pagar sem o PIB crescer o dobro . Os que agora exigem despesa pública brevemente exigirão o "haircut" da dívida.
É assim que se empobrece um país alegremente .
"Apesar do que se passou nos últimos anos muitos comentadores ainda não compreenderam que, se com crescimento económico e criação de emprego, a dívida sobe é porque o país não está mais rico, mas mais pobre."