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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Perder 10 mil milhões de euros em juros por gestão incorrecta

O governo entre 2014 e 2018 emitiu dívida a médio e longo prazo não percebendo que as taxas de juros teriam uma tendência decrescente. Custou-nos cerca de 1% do PIB por ano. É obra!

A estratégia de gestão da dívida do Governo foi incorreta e dispendiosa. Com efeito, quando as taxas de juro já caíram para níveis historicamente baixos em 2019, o Governo não pôde beneficiar plenamente das taxas de juro mais baixas, porque tinha emitido demasiada dívida de médio e longo prazo entre 2014 e 2018”, argumenta Ricardo Cabral.

Segundo os cálculos do economista, os sucessivos governos e o IGCP [Agência para a Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública], ao optarem por emissões com maturidades mais elevadas entre 2014 e 2018, fizeram custar ao país “cerca de 5% do PIB [Produto Interno Bruto] (10 mil milhões de euros) mais do que o necessário, senão mais”.

O resultado das eleições em França já se faz sentir

Portugal colocou uma emissão de dívida com juros mais baixos a 10 e 5 anos. A razão principal é a confiança que o resultados das eleições em França trouxe aos investidores.

Após o resultado das eleições francesas, há uma sensação maior de segurança quanto à solidez da União Europeia. E creio que foi essa redução do risco político, que antes penalizava mais os países da periferia da Europa, que agora acaba por ajudar. De certa forma, regressou alguma confiança ao mercado de dívida portuguesa, que face à falta de alternativas de rendimento, consegue atrair interessados."

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 A Europa está a crescer, Portugal está a acompanhar a europa e, com as eleições na Alemanha a mostrarem que os dois maiores partidos pró-europeus levam vantagem, as coisas estão a evoluir para melhor.

Emissão de dívida com medo da DBRS e da França

Portugal está a emitir dívida com prazos pouco habituais não aproveitando a taxa ainda historicamente baixa para lançar prazos mais longos, como estão a fazer os outros países europeus.

O estado português não quer correr o risco de ficar mal avaliado na comparação (benchmark) pagando taxas mais elevadas. Tudo isto antes da avaliação da DBRS - agência de notação - e das eleições em França .

Portugal tem evitado emitir com prazos demasiados longos sob pena de ver os custos de financiamento agravarem ainda mais, depois de um arranque de ano particularmente oneroso para os cofres da República com a nova dívida. O custo médio da nova dívida emitida em 2017 subiu para 3,4%, face à taxa de 2,5% que o Tesouro português pagou em média no ano passado. De resto, a única vez que a agência liderada por Cristina Casalinho foi ao mercado emitir dívida a dez anos em 2017 contou com a ajuda de um sindicato bancário para levantar 3.000 milhões de euros com um juro de 4,227%.

O que parece nem sempre é .

É cada vez mais dificil o estado financiar-se

A taxa de juros a dez anos chegou acima dos 4% e não baixa. Nos prazos mais curtos a taxa cresceu e também não baixa. Hoje o estado nem sequer conseguiu levantar o máximo a que se propunha. Quer dizer tudo vai bem mas os credores não acreditam.

Em média a taxa de juro da dívida anda ligeiramente acima dos 3% ( beneficia da taxa mais baixa dos empréstimos das instituições europeias) com a ajuda do programa de compra do BCE.  O problema é que a economia cresce 1,4% . Com esta diferença como é que pagamos a dívida ? Não pagamos e como se vê não cessa de crescer.

O mês de Janeiro trouxe os juros de Portugal para território acima dos 4%, para máximos de Fevereiro do ano passado. O valor, capaz de criar nervosismo no mercado, apenas deverá começar a preocupar se os juros vierem a superar os 5%, disseram analistas ao Negócios

E, assim cá vamos de vitória em vitória . Entretanto o BCE comprou apenas 600 milhões de dívida no último mês a mais baixa de sempre, num processo que iniciou há 2/3 meses e que se vem agudizando e que indica que se trata do processo de retirada do programa de compra.

Nessa altura as taxas de juro vão acelerar o crescimento e os 5% estão ali mesmo à mão de semear. Mas dizem que está tudo bem. Oremos.

As taxas de juro não cessam de aumentar

As taxas de juro não cessam de aumentar . Hoje na emissão de dívida a cinco e a sete anos as taxas subiram. Na linha de OT a cinco anos, o juro da operação situou-se em 2,753%, acima dos 2,112% verificados na última operação comparável, realizada em Novembro. Já nos títulos a sete anos, o juro foi de 3,668%, acima dos 2,817% registados em Setembro. A cinco anos foram colocados 630 milhões de euros no leilão desta quarta-feira. No prazo a sete anos foram colocados 550 milhões de euros.
Estamos perante uma trajectória em todos os prazos que tudo indica não cessará de aumentar e, como é bem de entender, não é por haver mais confiança .

As reversões e as continuas exigências do PCP e BE estão a custar bem caro ao país . Vamos ver até que ponto o PS deixa estreitar o fosso que sempre separou os social democratas dos comunistas . Arménio Carlos já ameaça ( isto pode não ficar por aqui) e vai aparecendo em testes de rua. O ministro Vieira da Silva afirmou no parlamento que o salário mínimo de 600 euros é insustentável e o BE pressiona nas PPPs na saúde.

Com uma economia com crescimento fraco vamos ver se António Costa dá o passo em frente exigido pelos seus apoios parlamentares e se atira o país para o abismo .

Taxas de juro da dívida a subir

emissão de dívida captou o limite superior a que se propunha mas a taxas mais elevadas referentemente a Janeiro deste ano.

O gestor da XTB Portugal destaca que a subida as 'yields' face à primeira operação do ano "revela a percepção do risco dos investidores internacionais face às opções do actual executivo concretizadas na apresentação do Orçamento de Estado para 2016. Além disso, os avisos das várias instituições internacionais têm afastado o interesse pela detenção de títulos de dívida portuguesa. Apesar dos esforços de António Costa no sentido de acalmar as principais agências de 'rating', o esforço parece ser, até agora, infrutífero já que o país paga mais por emitir dívida".

"Ainda assim", diz Pedro Ricardo Santos, "importa destacar os valores extremamente baixos da taxa de juro, só possíveis devido à intervenção do Banco Central Europeu. Portugal continua assim a beneficiar da política monetária da Zona Euro, sendo possível realizar 'roll-over' da nossa dívida com condições mais vantajosas do que aquelas que eram observadas há um ano".

Pagar os juros mais altos desde 2014

Parece haver uma procura bastante na emissão de dívida mas a um juro de 2,9% o mais alto desde 2014. Depois de algumas decisões do actual governo que afectam a credibilidade externa do país a subida da taxa de juro da dívida não é surpresa nenhuma. E o mais grave é que o pagamento da dívida se vai fazer mais lentamente o que representa mais 11 mil milhões de euros.

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 Na comparação feita com a última emissão sindicada, feita em abril de 2015, importa referir que nessa altura os investidores aceitaram um prémio de risco de 155 pontos base, que compara, então, com os 205 a 210 que estão a ser propostos (ainda não definitivos). Poderá tratar-se, portanto, de um alargamento do prémio de risco de meio ponto percentual no espaço de menos de um ano.

É bem verdade que não há almoços grátis

Portugal paga a mais baixa taxa de sempre a 10 anos

O Tesouro colocou 1,25 mil milhões de euros a uma taxa de 2,5%. Pagou tanto como a Grécia a 3 meses o que mostra bem as diferenças entre os dois países.

A operação de reembolso antecipado ao FMI está pois a ser preparada já que a taxa correspondente é superior a 3%. Com a operação de reembolso antecipado Portugal pode poupar 130 milhões por ano em juros. A negociação da dívida está em marcha com taxas de juro a baixar e os prazos das maturidades mais longos. A agência Chinesa, Dangong, subiu a perspectiva da dívida portuguesa para "estável" e espera-se que as agências americanas façam o mesmo .

"Portugal nunca pagou um juro tão baixo no mercado, o que é muito vantajoso para a intenção de amortizar antecipadamente o empréstimo do FMI".

Emissão de dívida a 10 anos à mais baixa taxa de juro de sempre

Portugal colocou hoje 1,2 mil milhões de dívida a 10 anos à  mais baixa taxa de juro de sempre. E teve uma procura duas vezes superior à oferta. Esperava colocar até mil milhões mas atentas a forte procura e a taxa favorável acabou por colocar mil e duzentos milhões. Impressionante.

"Esta emissão permitiu não só reforçar a liquidez na linha a 10 anos como também antecipar o financiamento para 2015, aproveitando o baixo rendimento exigido no mercado secundário e evitar eventuais turbulências no mercado europeu de dívida".

Como bem se percebe se antecipou o financiamento para 2015 o montante da dívida cresceu, hoje, apesar de tudo ter resultado muito bem. É só para não andarem a dizer que o montante da dívida está a crescer porque, como bem se percebe, quando chegar ao vencimento da dívida em 2015 o montante desce. E os juros a pagar são bem menores.

Se estiverem de boa fé vão ver que não é difícil e percebem. " Para o Estado, o último leilão do ano significa que metade dos 15,2 mil milhões de euros em financiamento necessário para 2015 está já nos cofres."

Lá vamos ter hoje o montante da dívida a crescer

A emissão de dívida em dólares já vai nos 8 mil milhões embora a operação ainda não tenha sido fechada. A taxa de juro com esta avidez dos investidores já desceu por duas vezes. Claro que amanhã, quando a operação da emissão de dívida fechar, o montante do stock da dívida estará mais alto do que ontem. Até ao próximo vencimento do serviço da dívida em que baixará. O que é que não se percebe? Esta é a a primeira vez em mais de quatro anos que Portugal realiza este género de operação. O prazo é a dez anos e esta dívida vai este ano pagar dívida a curto prazo. Prolongar o prazo médio da dívida e baixar a taxa de juro. Chama-se a isto reestruturar tal como pedido pela oposição.