É um perigo que a actual situação da Venezuela se mantenha e passe a ser vista como normal.
Mesa Cuadra( ministro peruano) recordou que o Grupo de Lima, formado por uma dezena de países, (américa do sul) e o Grupo de Contacto Internacional, promovido pela União Europeia, estão a trabalhar em torno de um tema central que consiste na convocação de "eleições gerais, livres, transparentes e com acompanhamento internacional".
Juan Guaidó conta com o apoio de mais de 50 países, entre eles Portugal, uma decisão tomada no âmbito da União Europeia.
Perderam as eleições e nalguns casos até recuaram notoriamente na votação mas não se envergonham de querer "definir as regras da legislatura".
Deveria exigir-se que cada uma das propostas de alteração fosse acompanhada de uma estimativa rigorosa do impacto orçamental. Não sendo o caso, consubstanciam, além de pretensiosismo, irresponsabilidade em doses difíceis de suportar por uma mente saudável.
Como já não é possível bombardear o Palácio de Inverno, o ataque faz-se pela via fiscal. Os neomarxistas sabem que a revolução nunca trouxe felicidade e desenvolvimento económico e que só por via reformista se consegue. Sucede que as reformas só existem num quadro democrático de plena liberdade, da iniciativa individual - sem depender do estado e, se necessário, contra o Estado. Sem iniciativa individual não há elevador social passaremos todos a ser nivelados por baixo até atingir uma sociedade em que todos estão dependentes do Estado.
Os partidos à esquerda do PS dedicam-se sem pudor a um infindável e despudorado rol de exigências de mais e mais despesas públicas, mais e mais impostos sobre tudo o que mexe. Uma vez conseguidas serão afixadas em todos os largos e ruas como conquistas suas - com o dinheiro de quem trabalha.
E, claro, para os neomarxistas só há duas maneiras de pagamento : ou mais défice ou mais impostos. Chamam a isto negociar o Orçamento na especialidade.
Nas eleições legislativas de 2015 o PS nunca disse que se iria juntar ao BE e ao PCP para formar uma maioria parlamentar.A questão legítima colocada foi sempre a de saber se os eleitores teriam votado da mesma forma se soubessem previamente dessa aliança.O que sabemos hoje é que o PS tem medo que os eleitores votem de maneira diferente sabendo previamente dessa hipótese.E afasta escandalosamente o BE já que o PC se afastou pelos próprios pés.
Em 2015 tratava-se de salvar a própria pele hoje, trata-se de chegar à maioria absoluta.
A distância do PS que tenho notado não é nas sondagens, é a distância relativamente ao BE, que é uma coisa que custa a entender. Enquanto foi útil para o PS, o PS andou quatro anos com o BE ao colo, e o BE com o PS ao colo. Agora, como dá jeito nas eleições fazer uma demarcação do BE, [o PS] faz a demarcação. A 6 de outubro [data das legislativas], se precisar, volta a chegar-se ao BE”, criticou Rui Rio.
O PS não tem vergonha e o BE não tem dignidade. É nestes partidos que vamos votar?Que a tudo se submetem para chegar ao poder?
O governo tem a previsão mais optimista. As instituições nacionais e internacionais prevêm que a economia cresça menos. Curiosamente cá dentro andam a dizer-nos que a economia vai crescer no limite superior do intervalo da previsão. Nada mais conveniente.
Claro que depois das eleições a economia começará a decrescer até chegar às previsões mais pessimistas.
Portugal precisa de crescer economicamente muito mais do que cresce e isso só se faz libertando a criatividade e iniciativa privadas, contra a esquerda da actual maioria, cuja estratégia é distribuir cada vez mais o que há, mesmo que daí resulte que o que há para distribuir seja cada vez menos.
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O INE com “paninhos quentes”.
Os técnicos do INE fizeram, hoje, uma coisa feia, muito feia: a economia está a afundar, mas usam a margem discricionária que possuem para manter o PIB ao ritmo do primeiro trimestre. Tudo para não afrontar Costa a menos de dois meses das eleições. “Quem se mete com o PS...” Lá mais para adiante, claro, fazem uma “revisão em baixa” dos valores do PIB. Uma vergonha.
Consegue isto e, ao mesmo tempo, o INE diz o seguinte: a economia no segundo trimestre cresceu apenas porque as importações desaceleraram mais que as exportações...! Isso, leu bem. De resto, diz o INE, há forte desaceleração da procura interna (consumo das famílias) principalmente, realça, na componente do investimento empresarial...
Estiveram no governo de António Guterres que acabou num pântano . Estiveram no governo de José Sócrates que acabou na bancarrota . Estão agora a multiplicar-se no governo de António Costa que vai acabar na cauda da Europa.
E com a composição das listas para as eleições virão ao de cima as nomeações na administração pública, nas câmaras, nas empresas públicas, nas assessorias tudo o que tenha cartão. As elites de Lisboa que andaram nos mesmos colégios, nas mesmas universidades e que agora frequentam os mesmos restaurantes. Os que têm rodeado António Costa desde a presidência da Câmara de Lisboa.
O problema é que são muitos casos que formam clãs que tomaram o poder no Largo do Rato. Não há gente da província que ainda assim aparecia nos tempos de Guterres e Sócrates . E dos Açores aparece Carlos César envolto em nevoeiro, com filho e sobrinho e os mais que se saberão.
O aparelho foi surpreendido e já há vozes que se fazem ouvir. É que pode ocorrer um desastre neste verão, ou um roubo de armas . E professores e enfermeiros não desistem.
De repente António Costa percebe que tudo pode acontecer incluindo a revolta em curso no PCP contra a geringonça. E se o PS junto com o BE não chega aos 112 deputados ?
Se com a governação de Maduro a Venezuela chegou ao estado miserável a que chegou o que se poderá esperar no futuro caso continue na presidência que ainda não tenha tentado?
E a questão é esta. Maduro está a apodrecer de maduro e com ele a situação só se pode agravar.
Com eleições livres as circunstâncias de governação externas e internas mudam mesmo que fosse Maduro a ganhar . A legitimidade que lhe falta é a primeira causa da falência do seu regime.
A Venezuela precisa de medidas que só uma ajuda financeira de larga escala poderá implementar. Relançar a economia, equilibrar as contas públicas, recuperar a confiança da rede económica privada, instaurar a segurança. Tudo o que Maduro sem ajuda não conseguirá fazer como está demonstrado.
Um caminho que leva ao abismo não é caminho nenhum.
Espanha nos últimos dez anos cresceu economicamente em termos agregados 31% . No mesmo período Portugal cresceu economicamente em termos agregados 7,5% . O governo anda a vender-nos como uma grande vitória um crescimento de 2,2% que já será de 1,8% em 2019 . Espanha e Portugal são vizinhos e pertencem à mesma zona economica pelo que os factores que afectam um afectam o outro.
Este é o resultado de uma política económica que corta no investimento e aumenta as cativações enquanto distribui o pouco que há pelas clientelas eleitorais.
As exportações estão em queda porque os países compradores, que são os mesmos de sempre, também já estão a travar.
Neste momento, o governo atacado por todos os lados pelos sindicatos, espera que a crise não se abata sobre o país antes das eleições pelo que em desespero procura continuar a distribuir o que tanta falta faz à economia.
O Turismo está a ser prejudicado pelos países nossos concorrentes que já saíram das situações turbulentas que afastaram boa parte dos turistas que nos procuraram .
O que é bom devemo-lo a terceiros como é o caso dos juros que, graças ao programa de compra de dívida do BCE, é agora mil milhões de euros mais baixo/ano.
O que o PT conseguiu foi, mais uma vez, dar razão à frase de Millôr Fernandes: "Brasil, um país do futuro. Sempre." Na economia, limitou-se a redistribuir a riqueza. Uma opção louvável que, sem estímulo à economia privada, sem alternativa à subsídio-dependência (com um peso absurdo no Orçamento do Estado brasileiro), e excessivamente dependente do preço do petróleo (que haveria de cair, como caiu), acabou por levar à recessão e à crise social.
O PT teve uma oportunidade de ouro para mudar o Brasil. Teve legitimidade popular, ampla e reiterada. Teve tempo. Teve a legitimidade histórica de ser o partido dos de baixo, que supostamente defendia a larga maioria dos excluídos contra a esmagadora minoria dos que saqueavam o Brasil. Teve dinheiro, com a alta do preço do petróleo. E teve a boa vontade da comunidade internacional, mais uma vez embevecida com a cultura brasileira e a crónica promessa do Brasil como "o país do futuro". Fez-se a Olimpíada, o Mundial de Futebol, a Monocle e a Wallpaper assentaram arraiais e publicaram edições extasiadas.
Ouvido por um jornalista da RTP um brasileiro dizia " queremos uma proposta política como existe em Portugal e na Alemanha" . Assim mesmo . Pouco conhecedor do que se passa na União Europeia, o nosso irmão brasileiro quer é uma proposta de paz, progresso, justiça e liberdade . Tudo o que não tem e que é atacado pelos extremismos aqui e lá no Brasil.
Há umas semanas atrás o ex-presidente do Urugaio, José Mujica, dizia mais ou menos o mesmo : quem me dera ter na América do Sul a União Europeia " . A mesma UE que a extrema esquerda e a extrema direita querem destruir.
Para o eurodeputado do PSD, outro dos problemas foi a falta de uma “alternativa moderada central”. “As pessoas de uma ala mais moderada não souberam encontrar uma resposta. Agora estão neste dilema e correm o risco de que um candidato com um programa extremamente preocupante, que é Bolsonaro, ganhe as eleições. E há uma probabilidade muito alta de isso acontecer”, defende Paulo Rangel.
Mas não é apenas o candidato do Partido Social Liberal (PSL) que preocupa Paulo Rangel. A reputação do Partido Trabalhista (PT), representado nestas eleições por Fernando Haddad - escolhido para substituir Lula da Silva, depois do antigo presidente ter sido preso por corrupção -, também merece atenção. “O PT está intrinsecamente ligado a uma rede de corrupção que envolveu os nomes mais relevantes do partido”, lembra.
A extrema direita não ganhou nada, subiu uns votos, e foi a Social Democracia que ganhou as eleições na Suécia obtendo a maior votação. E como é que os jornalistas da SIC colocam a questão ? A Social democracia ganhou mas teve o pior resultado nos últimos cem anos. E esta, eh ?
O que a comunicação social devia explicar é porque à medida que a extrema esquerda avança com as chamadas questões fracturantes ( imigração sem controlo e sem limites) a extrema direita cresce.E devia também explicar porque é que são os partidos sociais democratas, democratas cristãos e socialistas democratas (europeístas) que aguentam o barco e se mantêm na liderança.
A extrema direita e a extrema esquerda face à União Europeia e à Zona Euro são iguais...
Para se perceber a coisa ( a vermelho os que perderam...)