É uma espécie de anticiclone ou de boomerang. Costa está a provar do próprio veneno.
O PS ganhou nos Açores mas quem tem a maioria é a direita e, sendo assim, não estou a ver como é que um programa de governo socialista passará no parlamento açoriano. Não passa.
A geringonça de direita chegou logo no primeiro acto eleitoral após a geringonça de esquerda estar desfeita, o que mostra bem como não há almoços grátis e as cambalhotas em política têm consequências.
António Costa teve um dia negro com este resultado eleitoral e a nega do BE ao orçamento.
Os milionários estão a preparar a fuga das suas fortunas dos USA para as proteger da provável eleição do partido democrata.
O ex-vice-presidente e candidato democrata Joe Biden propôs impostos substancialmente mais altos para os ricos, incluindo a eliminação de formas de escapar a um imposto de 40% sobre grandes fortunas.
Ao transferirem bens para a próxima geração agora, os ricos podem aproveitar as generosas regras tributárias para heranças que foram introduzidas pelo presidente Donald Trump.
Biden ainda não divulgou um plano tributário detalhado, mas já propôs várias formas de aumentar a receita — quase todas voltadas para indivíduos ricos e grandes empresas — a fim de cobrir gastos extras com saúde, infraestrutura e na luta contra as alterações climáticas. No mês passado, a Moody’s Analytics estimou que os eventuais acréscimos de impostos por Biden — incluindo impostos mais altos para as empresas e indivíduos que ganham mais de 400 mil dólares por ano — gerariam 4,1 biliões de dólares adicionais em 10 anos. A redução da faixa de isenção de imposto sobre património e doações para o patamar que estava em 2009 (3,5 milhões) resultaria em 267 mil milhões de dólares.
Por cá o governo das esquerdas deixa os ricos em paz e humilha os pobres. Dez euros de aumento para salários e 14 euros de aumento para pensões.
Chegou a Portugal dez anos depois como habitualmente. A gota de água foi a sede de poder do PS e de António Costa que não ganharam eleições mas não tiveram rebuço em governar. Para isso venderam a alma do PS de Mário Soares.
Agora viram-se ao CHEGA como gato a bofe. Como se vê pelos resultados ( um deputado na AR) e a crescer nas sondagens, serve-lhes de muito. Vai alargar em muito a sua representação eleitoral e vai defender políticas que estavam proibidas em Portugal. Tal como em muitos países europeus.
Os restantes partidos farão o seu trabalho e o Tribunal Constitucional também, nada a temer. É esta a essência da democracia. É o povo quem mais ordena.
Eu continuarei a votar no Iniciativa Liberal que muito necessário é, num espectro político ainda dominado pela marxismo e pelo Estado com as nefastas consequências que já não escapam a ninguém.
A CDU perdeu cinco deputados e mais de 100 mil votos. O BE manteve os deputados mas perdeu mais de 50 mil votos. O PS terá pelo menos mais 20 deputados (provavelmente 22, com a emigração) e obtém mais cerca de 120 mil votos. Mas esta vitória do PS é um problema.
O fraco desempenho do PCP, mas também do BE, retiram-lhes força na negociação e desincentiva-os ainda mais a chegar a acordos que já vinham sendo difíceis de alcançar no último ano e meio.O PCP há muito que anunciava a retirada mas o BE dizia que estava preparado para governar.
O PS não conseguiu a maioria absoluta e tudo indica que irá governar à bolina e não, não levará o BE para o governo. Basta olhar para a vizinha Espanha onde o PSOE não deixa que o PODEMOS(irmão gémeo do Bloco)seja parceiro governamental.
Partidos anti-Europa e anti-Euro não se levam para a cama
João Miguel Tavares: "O PS ganhou 150 mil, mas o Bloco, que começou a noite eleitoral em clima de festa, perdeu 50 mil votos, e a CDU perdeu mais 115 mil. Conclusão: a chamada Geringonça teve menos votos em 2019 do que em 2015. Portanto, o modelo de governação que alegadamente tinha satisfeito tanto os portugueses ao longo dos últimos quatro anos perdeu eleitores em relação a 2015, quando ninguém sabia que ele iria existir."
Esfumado o sonho há agora outros sonhos a tornarem-se realidade. A derrota do PSD foi manifestamente exagerada e à direita entram no hemiciclo um deputado do INICIATIVA LIBERAL e um deputado do CHEGA. No futuro vamos ter estes dois partidos com uma muito maior exposição mediática e a profunda desigualdade que existe entre a esquerda(PS/PCP/BE/PAN) e a direita (PSD/CDS) irá desvanecer-se.O Iniciativa Liberal conseguirá eleger um deputado apenas dois anos após a sua formação coisa nunca vista por cá.
O universo político português começa a assemelhar-se com a generalidade dos universos partidários europeus, onde a social-democracia, a democracia cristã, os liberais e até a extrema direita estão representados( por cá só temos extremismos à esquerda) .
O espectro partidário tuga começa a mexer-se 45 anos depois. Está a sair de cena o resultado político da década de 70 e a nascer o cenário político resultado da nossa integração europeia.
São dois cenários claros que os portugueses têm nas próximas eleições legislativas .
Esse é o ponto central da nossa análise económica - as nossas medidas são desenhadas para aumentar a competitividade da economia portuguesa. Elas são baseadas em três drivers fundamentais: aumento do investimento, por um lado público, mas sobretudo privado; aumento das exportações; poupança. Recalculámos o cenário-base do Conselho de Finanças Públicas e chegámos a taxas de crescimento que vão em crescendo, mas que, face àquilo que é o Programa de Estabilidade do governo, tem uma diferença do ponto de vista nominal de cerca de 0,5%.
O PSD entende que as empresas são o ponto central para a criação de riqueza e para a criação de emprego. Só a criação de riqueza é que permite depois aumentar os salários por um lado e, por outro lado, cobrar impostos que depois permitam políticas redistributivas, seja em sede de IRS seja em sede das prestações sociais em dinheiro e em espécie ou seja, o Serviço Nacional de Saúde, o sistema de educação, etc. As empresas estão no centro dessa opção de política económica. Mas isto não invalida que não haja de facto um problema de salários baixos.
Eu acho que isto é um exercício de transparência para os portugueses, penso que a mensagem não podia ser mais simples e mais clara, se houver crescimento económico nos próximos quatro anos, há duas opções completamente diferentes: o Governo quer gastar na máquina do Estado, nós queremos reduzir impostos. Portanto a escolha dos portugueses é muito simples e eu acho que o debate político só ganha em ter mensagens simples e que possam permitir escolhas às pessoas. Tal como disse antes, o Governo prevê o crescimento nominal de 3,5%, nós prevemos de 4%, não há uma diferença tão significativa, a composição será seguramente diferente daquilo que nós queremos fazer com esse dividendo orçamental que é dado pelo crescimento nominal. O que o Governo fez nos últimos quatro anos, e pretende fazer nos próximos quatro atendendo à informação que temos, que o programa do PS ainda não foi revelado, é continuar a aumentar a despesa corrente primária, o que nós defendemos é que essa margem deve ser sobretudo canalizada para a redução e impostos e também para a recuperação de infraestruturas.
Com o corte no investimento e as cativações a degradação dos serviços públicos mostra-se implacável para o governo . É a realidade a bater à porta depois do discurso "irritantemente optimista" . E o crescimento do PIB é poucochinho e já está em desaceleração .
Com o PC e o BE a descolar da geringonça e os sindicatos em guerra aberta o governo tenta dividir o bolo pelas clientelas. E, repetidamente, vai anunciando o maior investimento do século com obras que já anunciou várias vezes. Mas, claro, mesmo que as obras públicas arrancassem já os seus efeitos positivos não chegariam a tempo das eleições.
As sondagens estão a arrefecer e tudo indica que a maioria absoluta está perdida . Como é que os eleitores se irão rearranjar com os novos partidos ? E PC e BE não sobem nas intenções de votos.
A abstenção irá crescer e haverá 40% dos votos livres que baralham e voltam a dar. Os dados estão longe de estar lançados.
Por entre clamores de que «a extrema direita» entrara no Parlamento andaluz, destacou-se no azedume militante a TVI, que na segunda feira anunciava o aparecimento ali de um novo partido «xenófobo e anti-feminista». Nenhum órgão de comunicação social português deu qualquer informação sobre as propostas nacionais do Vox, fosse a baixa «radical» do IRS, e o aumento de isenções e de regalias por filho; fosse a criação do cheque escolar, para que sejam as famílias, e não o Estado, a escolher a escola; fosse a desburocratização e o apoio às PMEs; fosse a redução de organismos do Estado e o corte na despesa corrente; fosse o fecho das mesquitas fundamentalistas e o controlo da imigração. O programa está online na versão integral e noutra mais acessível a «jornalistas», resumida e com bonecos. Mas nem assim. Aquilo hão-de ser coisas de fascista.
As eleições na Baviera foram ganhas pela CSU, com 36,8% (longe dos 46,5% das eleições em 2013), seguida pelos Verdes, com 17,5%, e por uma coligação de candidatos independentes, a Eleitores Livres, com 11,9%.
No quarto ligar ficou o partido extremista AfD, com 10,2%, resultado superior ao do SPD, de Angela Merkel, que se ficou pelos 10,1%.
Com 10,2% dos votos, o resultado do Alternativa para a Alemanha - um partido que fez campanha com ideias anti-imigração e assumindo posições eurocéticas - faz sobressair o desaire dos aliados de Angela Merkel, a União Social-Cristã (CSU), que perdeu a maioria no Parlamento da Baviera, embora tenha vencido as eleições regionais, no domingo.
Nós também temos por cá quem ganhe sempre mas, agora, há também quem queira à viva força que a extrema direita ganhe mesmo perdendo por uma abada.
Estive no Brasil e o que por lá ouvi prenunciava este resultado mas o que se pensa por cá é que o povo mais uma vez está errado. Não aprendemos e andamos gloriosamente a dar lições ao mundo.
Qual a diferença entre a eleição de Trump e a putativa eleição de Bolsonaro no dia 28? Nos eua, mal ou bem, ainda há formas de fiscalização. No Brasil, não existe nada de similar. É triste assistir a este retrocesso. E daqui saudo o Nordeste que permite uma segunda volta, pensei que o Rio não seria uma desilusão, mas foi. Milhões de pessoas votaram num fascista e muitas a pretexto de não quererem votar no PT. É incompreensível? As pessoas são o que são. No limite, muito piores do que a nossa imaginação consegue antever.
"O capitão da extrema-direita saltou das filas de trás do Congresso para favorito a Presidente. Com 46%, levou aos colo políticos até de outros partidos a posições de topo. Pelo caminho destroçou o PT."
Este é o lead (é assim que se chama?) de uma notícia sobre as eleições no Brasil. Seria bom notar que a última frase não só está totalmente errada, como é uma boa demonstração das razões para os resultados serem o que são: não foi Bolsonaro que teve 46% dos votos e de caminho destroçou o PT, foi o PT que se destroçou, por opção própria dos seus dirigentes e militantes e, de caminho, levaram Bolsonaro aos 46%. Seria útil que a esquerda mainstream, estatista e sectária, que hoje é dominante começasse a assumir as suas responsabilidades.