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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Salvar o SNS fazendo mais 100 000 cirurgias com a actual capacidade instalada

Há muito que muita gente defende que para manter o Serviço Nacional de Saúde é, antes de tudo, necessário melhorar a eficiência do sistema . É preciso melhorar a utilização dos blocos operatórios ( o que só por si permitiria executar mais 100 000 cirurgias/ano) bem como melhorar a utilização dos equipamentos mais pesados .

O trabalho de 2015 (Avaliação da Situação Nacional dos Blocos Operatórios) surgiu como consequência de uma sugestão do relatório final do Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar, em 2011, em que participou Jorge Penedo. Outros dois estudos, também de 2015, ligados ao aproveitamento de equipamentos médicos pesados (como as máquinas de TAC) e à melhoria dos cuidados intensivos  ficaram igualmente na gaveta.

PS : A petição que anda por aí a recolher assinaturas contra a reorganização hospitalar é mais do mesmo. A defesa ideológica do SNS e nada tem a ver nem com a sua sustentabilidade e qualidade nem com o bem dos doentes. É mais uma manifestação do neo-conservadorismo  mais retrógrado.

 

Quanto custa ter uma Admnistração Pública "não amiga " da economia ?

Numa visita que fiz ao Reino Unido a convite da Embaixada Inglesa em Lisboa, ouvi um empresário dizer : investi em Portugal, tive um problema, recorri à Justiça e cinco anos depois ainda estou à espera. E enquanto saia pela porta fora, foi avisando : invistam, é uma boa forma de perderem dinheiro.

Quanto custa uma administração não amiga da economia ?

Julgo que numa estimativa muito por baixo, há pelo menos 10 mil empregos por criar, pela inacção da AP. Isto corresponderá, desde logo, a 10 mil desempregados a mais, a cerca de 400 milhões de euros PIB que não temos, cerca de 180 milhões de euros de receita pública que o Estado não recebe e cerca de 50 milhões de euros em subsídio de desemprego que a Segurança Social tem que pagar porque a AP está a bloquear a criação de emprego.

Seria excelente que se disponibilizassem estimativas de emprego e investimento “pendurado”, com detalhe sobre o ministério ou autarquia em causa, com discriminação geográfica no caso da AP central. A própria comparação entre as diferentes regiões e autarquias poderia constituir uma competição muito saudável, para termos um Estado mais ágil, mais amigo do emprego e das empresas.