Três indicadores de que as coisas não estão bem
Depois de um ano, há três indicadores claros de que as coisas não estão bem:
- O primeiro foi o aumento dos juros. No verão de 2015 eram 1,5% a 10 anos, com uma diferença face a Espanha de 0,5 p.p. e uma diferença face à Alemanha de 1,8 p.p.. Agora estão perto dos 4%, com uma diferença de 2 p.p. face a Espanha e de quase 4 p.p. face à Alemanha.
- O segundo é que o crescimento económico, mesmo com o terceiro trimestre, foi inferior ao do ano passado. Sinal que o investimento não arranca (falta de confiança) e a aposta no consumo interno é errada.
- O último vem da dívida pública. Entre janeiro e outubro aumentou cerca de 12,5 mil milhões de euros. Se o défice em Pública é de 5,5 mil milhões, não houve recapitalização da CGD, só se amortizou antecipadamente dois mil milhões ao FMI (dos seis mil milhões previstos de amortização antecipada) e os depósitos que eram 10% do PIB passaram para 11,5% (mais três mil milhões), há aqui cerca de 2 mil milhões de financiamento a mais. Se for défice, lá vão as contas parar aos números que sempre referi.