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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Cavaco e Sócrates foram os piores

Mário Soares foi o melhor. Sou capaz de subscrever embora considere que Eanes foi muito importante. Colocou o país nos eixos da normalidade. Nem tudo foi mau e nem tudo foi bom, cada um deles ficou marcado por decisões controversas. Cavaco ficou marcado pela nula simpatia que dedica ao espírito de Abril. Cuidou de se regular pelas regras da democracia que Abril abriu e mais que uma vez mostrou simpatia pela ditadura. Colocou sempre o seu interesse pessoal à frente do interesse do país, e disso, Sócrates e o seu governo minoritário são um bom exemplo. O último com a sua vaidade e soberba foi um "tótó" nas mãos de Cavaco.

Eanes foi e é um exemplo raro de honestidade e transparência tendo lutado com denodo contra o lamaçal que engole os partidos.  Mário Soares foi capaz de ver políticamente longe, não raro pisando o risco da legalidade. Jorge Sampaio sempre foi mais PS que português. E Sá Carneiro tinha razões de carácter pessoal que o fazia jogar o tudo ou nada. Guterres, que admiro como cidadão, Durão, Santana e outros fugiram perante os problemas. Passos Coelho não fugiu. Daqui a uns tempos saberemos se tinha razão.

 

Eanes o político que deu voz à sociedade civil

Nos anos de brasa da revolução de Abril, militares e partidos políticos da extrema esquerda digladiávam-se para se arvorarem em voz única do novel regime. A sociedade civil estava marginalizada sem compreender e sem chamada a participar. Nacionalizou-se tudo o que havia para nacionalizar. Proprietários e empreendedores foram jogados fora com a água do banho. Onde deveriam estar apenas os capitalistas do regime fascistas acabado de cair.

O Presidente Eanes soube compreender que o país é de todos e restabeleceu o primado da lei. Tomou medidas muito difíceis e algumas delas não inteiramente justas, como foi o de restabelecer a hierarquia militar sem tomar em devida conta os "capitães de Abril".Com um carácter de antes quebrar que torcer, tomou as medidas que considerou mais adequadas a um regime democrático, mesmo que afrontando quem era do seu meio.

"Com lucidez e determinação", colocou a instituição militar "ao serviço dos cidadãos, à legitimidade do voto e à capacidade de transmitir incólume" o poder dos militares aos civis.

Ramalho Eanes "é um cidadão a quem a democracia muito deve", alguém que "contribuiu em momentos decisivos para a implementação" do regime democrático e que "soube compreender o seu lugar na história.