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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Dos negócios lícitos o dos seguros é o mais ílicito

Morreu a criança filha de Portugueses que vivem no Dubai. Os pais tinham constituido um seguro para custear as despesas com o parto. Viemos a saber que o facto da criança ser prematura o seguro não cobria as despesas hospitalares.

Mais uma vez a sensação que fica é que a apólice de seguro cobria as despesas se tudo corresse bem. Como correu mal e porque a diária num hospital no Dubai está muito para além da capacidade financeira de um casal que vive do seu trabalho, o que vimos foi um "filme negro". Não há dinheiro não há internamento nem tratamentos.

Somos frequentemente confrontados com este paradoxo. As apólices de seguro só cobrem as despesas ditas normais.Ora, por definição, fazer um seguro é cobrir as despesas não previstas que estão para além da capacidade financeira do tomador do seguro. Aliás, tudo nos é apresentado como se assim fosse, mas depois lá estão as letras "pequeninas" que ninguém lê e que em caso de acidente libertam a companhia seguradora de responsabilidades.

A história da criança do Dubai mostra bem como é importante que a Europa mantenha e proteja o estado social. Isso obriga a um grande rigor na despesa, a cortar no desperdício e a pagar segundo o mérito. Quem pensa que, ao contrário do Dubai, é possível ao Serviço Nacional de Saúde cobrir toda e qualquer despesa está enganado ou está de má fé. Mas o certo é que num caso ou noutro não ajuda nada, só lança a confusão.