Para recuar só a Guterres a falta de dinheiro deu no pântano. Com Sócrates deu na bancarrota e com Costa está a dar numa degradação generalizada da vida dos portugueses.
Nos tempos de Mário Soares os meus amigos ( na sua maioria socialistas) diziam com um sorriso trocista que com o PS no governo é que era bom "havia dinheiro para todos". A bancarrota de Sócrates acabou de vez com essa convicção.
Agora espera-se que as contas batam certas para que não hajam mais dramas. Ora este é a "quadratura do círculo" que o primeiro ministro não consegue resolver.
Os eleitores não lhe deram a maioria absoluta porque 1) não estão nada convencidos que Costa se porte bem e lembram-se de Sócrates 2) querem que Costa negoceie com o BE ou com o PCP.
O problema é que Costa quer cumprir com Bruxelas, ter supéravit nas contas e controlar a despesa que é elevadíssima. Tudo o que BE e PCP não querem.
Para quem quer ver cá estamos com aumentos miseráveis dos salários e das pensões, mínima progressão nas carreiras para os professores e um SNS a engrossar as listas de espera de doentes. E as forças policiais sem meios e a ganhar o salário mínimo.
Sair disto só com crescimento da economia de pelo menos 3% e durante um período prolongado no tempo. E se o BCE mantiver as taxas de juro no nível actual (1%) e se a Alemanha e a Espanha ( nossos principais compradores já que do Reino Unido com o Brexit não soprarão bons ventos) não perderem força.
Há demasiadas coisas que podem correr mal para que o prolongamento do empobrecimento dos últimos quatro anos não se acentue.
António Costa já promete que haverá mais dramas como os de Pedrogão e os de hoje. Ninguém tem culpa, os incêndios são um problema estrutural e como tal não há demissões. Nem da actual ministra nem dos antigos onde, por acaso, encontramos o actual primeiro ministro.
É que é mesmo por esta circunstância que António Costa defende a ministra "à outrance" . Se tivesse que a demitir por causa dos incêndios que fazer com ele próprio que é o pai da organização estatal de ataque aos incêndios que tão bons resultados tem dado ?
Na última década houve poucos incêndios há muito combustível acumulado e com este verão que não nos larga é de prever que nos próximos dias haja mais do mesmo.
Claro que ninguém pergunta a Costa porque é que não mandou limpar a floresta mas isso não estará ao alcance das devoluções. São muito mais fáceis de fazer e ganham-se votos, já mandar limpar a floresta só dá chatices. Sem fogos ninguém se lembra do governo que mandou fazer a limpeza da floresta.
E bem vistas as coisas além dos seis anos nos governos Sócrates só tem dois anos no actual governo. Como se vê não teve tempo para fazer o quer que seja . Não, sem varinha de condão, os portugueses são adultos e percebem...
Em maio de 2017, de acordo com o boletim de julho, o valor da dívida já é de 228.060 mil milhões de euros. Este valor vai crescendo exponencialmente e no período de 10 anos, entre 2010 e 2020 poderá quase praticamente duplicar!
O total da receita foi de 43.753 milhões que está longe dos 50.206 milhões de despesa. Certo é que os juros baixaram, mas as despesas ultrapassam anualmente os 7.295 milhões de euros, ou seja, 20,26 milhões de euros/dia só em juros…
Enquanto houver incêndios não se fala neste drama da dívida pública