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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A dívida portuguesa continua um monstro

É a terceira maior da Europa e sufoca a economia apesar dos juros se manterem historicamente baixos graças ao programa de compras de dívida do BCE.

Contas feitas lá para 2030 estará em 90% do PIB se o crescimento da economia se mantiver nos 2%, a inflação nos 2% e o défice nos 0%. É preciso o PCP e o BE não estraguem com a demagogia do " não pagamos ". Não deixa de ser irónico que seja pela mão da extrema esquerda - a que dizia que dentro do Euro não era possível - que a economia cresce, os limites de Bruxelas sejam observados e que a dívida desça. Afinal é possível.

A dívida pública da UE baixou para os 81,6% (contra 83,3%), ligeiramente abaixo dos 81,9% apontados na primeira notificação do Eurostat.

Quinzes Estados-membros apresentaram uma dívida pública superior aos 60%, tendo as mais elevadas sido registadas na Grécia (176,1% do PIB), em Itália (131,2%), em Portugal (124,8% - um recuo face aos 129,2% de 2016), na Bélgica (103,4%), em França (98,5%) e em Espanha (98,1%).

Os menores rácios da dívida em função do PIB foram observados na Estónia (8,7%), no Luxemburgo (23,0%), na Bulgária (25,6%), na República Checa (34,7%), na Roménia (35,1%) e na Dinamarca (36,1%).

É claro que estes países têm um potencial de crescimento que nós não temos. Gastamos o dinheiro e continuamos pobres. Há quem não perceba.

A grande questão financeira é a dívida

Mas a dívida não desce apesar do crescimento da economia. Competência é fazer crescer a economia e reduzir a dívida. E nos bons momentos preparar as soluções para os maus momentos.

Ambos concordam num ponto: é preciso cumprir a regra de ouro das finanças públicas — “o endividamento só deve acontecer em situações de investimento reprodutivo“, sintetiza Bagão Félix, algo que nem sempre aconteceu no passado do país. Para Guilherme d’Oliveira Martins “não deve haver endividamento se não for para despesas de investimento”. Mas, acima de tudo, ambos priorizam a criação de condições de sustentabilidade para não existir mais dívida no futuro.

Qual é a solução para reduzir a dívida pública? Além da redução do défice e o aumento dos excedentes orçamentais, os ex-ministros das Finanças argumentam que é preciso aliar o crescimento económico com a redução da dívida bruta, de forma a baixar o rácio.

O país não está preparado para o fim do programa de compra de dívida pelo BCE

São cada vez mais as vozes que pressionam o fim do programa da compra de dívida pelo BCE . Portugal não está preparado para o inevitável aumento dos juros. A dívida não desceu , a economia começa a fraquejar e não constituímos almofadas financeiras para amortecer o embate.

Parece certo que o final do programa será no fim de Setembro deste ano e que o anuncio será feito em Junho.

Klaas Knot, governador do banco central da Holanda e membro do conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE), defendeu que o programa de compra de activos da autoridade monetária do euro tem de terminar "o mais rápido possível". Knot, que manifestou a sua posição numa entrevista ao programa Buitenhof este domingo, acredita que não há motivos para que o programa de "quantitative easing" continue.

A dívida que anda nos 128% do PIB é incomportável( é a segunda maior despesa logo a seguir ao SNS - 8,4 mil milhões) e não se vê como é que a conseguiremos trazer para pelo menos 90% do PIB.

A economia precisava de crescer entre 3% e 4% no mínimo e se com este conjunto de condições favoráveis da Zona Euro não se alcançou esse patamar não se vê como consegui-lo daqui para a frente.

Com esta posição do governador holandês : A marcar o mercado de dívida soberana na Europa continua a estar a alta dos juros da Alemanha, devido às perspectivas de retirada de estímulos por parte do Banco Central Europeu .

A tendência é de agravamento em toda a dívida europeia, depois de Klaas Knot, governador do banco central da Holanda, ter defendido que o programa de compra de activos do BCE tem de terminar "o mais rápido possível". O actual está em vigor até Setembro e as declarações de Knot indiciam que poderá não ser renovado além desta data.

Mas a dívida média dos países da Zona Euro anda pelos 89% do PIB .

Circulo vicioso de reformas empatadas, baixo crescimento e dívida sufocante

Aproxima-se o dia 21 e o nervosismo está instalado. Os avisos da DBRS começam a ser entendidos como a preparação de uma revisão em baixa, embora talvez não o suficiente para atirar o país para o "lixo". Seria uma catástrofe.

Reformas nem uma, bem ao contrário, há reversões. A economia era para crescer 1,8 % ( começou em 2,4%) e vai crescer metade. A dívida não para de crescer e os juros sobem todos os dias. E este cenário é para se manter pelo menos até 2020.

A agência de notação financeira alertou que Portugal está preso num “círculo vicioso” de reformas empatadas, crescimento baixo e dívida sufocante, o que foi visto pelos investidores como um sinal de que pode vir aí, pelo menos, uma despromoção da chamada perspetiva do rating, atualmente em estável, para negativa.