Um estudo do Banco de Portugal (BdP) esta quinta-feira publicado como "tema em destaque" do Boletim Económico revela que, em termos de comparação com a União Europeia a 15 países, o PIB per capita nacional de 2018 era inferior ao registado em 1995 e que nestas mais de duas décadas Portugal tem estado sempre a divergir. Mais concretamente, depois de no período 1960-1995 ter havido uma clara convergência a rondar 1,4 pontos percentuais ao ano, no período 1995-2018 a situação inverteu-se claramente e o PIB per capita nacional tem vindo a perder terreno a um ritmo anual de 0,1 pontos anuais.
Já havia sinais que agora se confirmam. Na economia quando alguma coisa pode correr mal corre mesmo e em Portugal no bom tempo não se tomaram as medidas que se impunham. Já estamos a divergir dos outros países.
"Temos estado a registar um arrefecimento da economia e a afastarmo-nos da média do crescimento da União Europeia, o que é preocupante e perigoso", considera o economista João Duque. O responsável sublinha o pior desempenho das exportações nos primeiros três meses do ano e recorda que, em abril, a procura turística no Algarve também caiu. A economia portuguesa está associada à procura externa, "não temos mercado interno para a sustentar", logo qualquer travão do exterior é fator de preocupação.
E espera-se a qualquer momento o fim do Programa de Compra de Dívida do BCE o que já está a aumentar ass taxas de juro da dívida pública.
João Duque recorda que o país viveu um momento altamente favorável, com taxas de juro e preços do petróleo baixos e o turismo e as exportações a crescer. "Agora, está-se a inverter tudo ao mesmo tempo": o petróleo está a subir, as taxas de juro deverão encarecer e há sinais de abrandamento da procura externa, quer ao nível dos bens quer dos serviços.
A economia portuguesa já está a abrandar o que nos impede de recuperar face à Europa.
Este ano o PIB deverá aumentar 2,3% – menos do que os 2,7% registados em 2017 .
Em 2019 o crescimento económico deverá abrandar para 1,9% e em 2020 a economia já só deverá crescer 1,7%.
O mesmo de sempre, o ciclo infernal que nos deixa na cauda da Europa . Sem as reformas incontornáveis que este governo está impedido de fazer ( devido à sua composição) não há recuperação face à Europa.
Cá estamos nós a divergir da Europa .E, no caso, um indicador preciso que nos indica que estamos a empobrecer. Andamos a pagar os salários dos trabalhadores estrangeiros.
O mesmo acontece no crescimento da economia que cresce menos que a média europeia. A divergir, portanto.
uma análise aos primeiros nove meses do ano mostra que, em Portugal, as importações cresceram 13% enquanto as exportações cresceram 11%. O défice comercial piorou de oito mil milhões de euros, no mesmo período do ano passado, para dez mil milhões de euros de janeiro a setembro de 2017.
É preciso que os subsídios europeus e as remessas dos emigrantes equilibrem as coisas.
Apesar das maiores vitórias do século, repetidamente anunciadas pelo primeiro ministro, é disto que se trata. Empobrecer .
Quando se anuncia um ciclo de ouro para a economia da Zona Euro, a economia em Portugal iniciou o anunciado abrandamento como as previsões do próprio governo confirmam.
O INE publica hoje a evolução da economia no 3º trimestre com um abrandamento divergindo da Zona Euro e da União Europeia.
E, como também se sabia, o aumento da despesa pública impediu que Portugal reduzisse a dívida, colocasse o défice a zero e relançasse o investimento. Bastaria que a reposição de salários e pensões se tivesse feito a um ritmo mais lento para agora estarmos a acompanhar o surto de progresso que percorre a Europa.
Mais uma oportunidade perdida. O governo face às nuvens no horizonte cede às exigências do PCP e do BE e nem assim evita o regresso dos sindicatos à rua e às greves. O PS tinha engolido o PCP e o BE mas o resultado das autárquicas obrigaram-no a regurgitá-los .
E que tem o PS mais para dar aos seus apoiantes anti-Europa ? Avançar contra o Tratado Orçamental e exigir a renegociação da dívida ?
A maioria absoluta do PS está mais longe, depois das culpas que não assume, e as sondagens já pressionam o PS e António Costa. E 2018 e 2019 vão ser mais difíceis com a subida das taxas de juro, a subida do preço do petróleo e o fim do programa de compra de dívida por parte do BCE.
Só temos quatro países a crescer menos que nós, temos a segunda maior dívida e o maior peso do Estado . Os outros prepararam-se vão colher o que semearam.
Passos Coelho na conferência de imprensa que se seguiu à reunião com a chanceler alemã, não referiu qualquer divergência insanável entre os dois . E o mesmo se passou com a chanceler. Isto quer dizer que estão de acordo . Temos assim que Seguro tem uma divergência insanável com Merkel. Ora isto é o pior que pode acontecer a quem é candidato a Primeiro Ministro. E o pior que pode acontecer ao nosso país.
Seguro vai ter que explicar isto muito bem explicado na próxima campanha eleitoral. Tal como Assis. É que Passos vai dizer que em Berlim tem quem está disposto a facilitar-lhe o caminho. E para cidadãos fartos de austeridade isto é música. Ao contrário, Seguro vai ter que dizer que só vai a Berlim por dever institucional.