Todos eles excluem a saída ou a dissolução da União Europeia
São nacionalistas ou populistas mas com excepção de Le Pen e de Salvini todos eles excluem liminarmente a saída ou a dissolução da União Europeia.
Não há dúvida de que os movimentos populistas estão a crescer na Europa, mas, apesar de serem normalmente amalgamados num só bloco, têm visões muito diferentes. Le Pen ou Salvini são claramente contra a União Europeia (quase que replicando o Brexit). Mas os partidos que estão no Governo na Polónia, na Roménia, na Eslováquia, na República Checa ou na Hungria, de tendência populista, são provenientes de todas as famílias políticas (conservadores, socialistas, liberais, PPE). Todos eles excluem liminarmente qualquer saída ou dissolução da União.
O mesmo se diga da direita radical de austríacos, finlandeses, dinamarqueses ou até de grande parte da AfD alemã. Há também o populismo de esquerda, seja na versão Cinco Estrelas (pouco enquadrável), seja na versão Podemos ou Melenchon. Também aqui há imensas matizes. Não pode esquecer-se que todos eles são muito nacionalistas e isso faz com que o interesse de uns choque fortemente com o interesse dos outros.
E o Brexit é uma lição.