É, claro, que foi golpe das elites contra a presidente do partido dos pobres. Só que as eleições vieram baralhar tudo. Adivinhem quem o povo escolheu em eleições ? Brasileiro é mesmo burro, né ?
"Sobretudo por isso, aguardei com certa expectativa e sede de justiça as eleições municipais de domingo, que inevitavelmente traduziriam a revolta do povo perante tão iníquas proezas. Resultados? O partido do novo presidente (o sujeito odiado pelo povo) ganhou a coisa, com 1027 autarcas e 1,2% de crescimento face a 2012. Diversos partidos que colaboraram no golpe (as demais quadrilhas ao serviço da burguesia e do imperialismo) cresceram abundantemente e ocuparam os lugares seguintes. O partido amigo dos pobres (e da ex-presidente eleita) caiu de terceiro para décimo lugar, encolheu 60%, conseguiu uma única capital estadual (no Acre, atenção) e, para efeitos práticos, quase desapareceu."
Cá deste lado, os indignados, fingem que não deram por nada
Com 38 votos a favor do impeachment e 27 contra o processo avança agora para o senado onde será novamente votado.
Dilma, a presidenta, está numa situação muito difícil mesmo que ganhe. Como é que a presidenta de um país conseguirá governar sendo sobrevivente de um processo de corrupção que envolve elites politicas e económicas? Não consegue.
Entretanto, as sondagens dão Lula a crescer na intenção de voto caso se avance para novas eleições. Perante este cenário - aprovação do impeachment e provável vitória de Lula - Dilma terá uma saída, demitindo-se .
É que estamos perante o que no Brasil se chama " quando o sujo reprova o mal lavado" ou cá em Portugal " diz o roto ao nu " tal é a dimensão dos crimes económicos que minam o estado brasileiro.
Veja o vídeo( a partir 1h 10 m se não tiver tempo para o ver todo). Dois juristas ( um homem e uma mulher) explicam as golpadas do PT e de Dilma. Depois disto o PCP e o BE continuam a dizer que a culpa é do imperialismo?
Os milhões de trabalhadores que saem à rua não são povo, são o capitalismo e o imperialismo. E assim sendo podem ser milhões?
É o capitalismo que tirou 40 milhões de pessoas da miséria no Brasil nos últimos anos. Depois Lula deixou-se tentar e ficou mais dois mandatos na presidência por intermédio de Dilma. Com ela ficaram os boys e girls que povoam o estado e a administração pública. E a seguir estenderam-se para as empresas públicas . Mesmo quando é a esquerda que leva os países à ruína para os comunistas é a extrema direita. O problema é que não há um só exemplo de um país socialista que seja feliz. Nem um.
Sempre que o povo se revolta num país socialista ou perto, deixa de ser povo e a justiça passa a ser telecomandada pelos yanques. Por cá também é assim. Quem não pensa como eles é reaccionário : As ligações de Lula da Silva a Portugal estão a ser investigadas pela justiça brasileira, que pediu a cooperação das autoridades portuguesas. Em causa estão negócios como a privatização da EGF, em que Lula terá pedido o favorecimento da brasileira Odebrecht (que acabaria por não apresentar proposta), a venda da operadora brasileira Vivo, detida pela PT, à Telefónica (que permitiu a entrada da Oi na operadora portuguesa) ou a compra da Cimpor pela brasileira Camargo Corrêa.
Por cá também se prendem ex-governantes inocentes...
Alguma vez, em qualquer dos lados do Atlântico, algum lusófono teve dificuldade em entender o que o seu irmão da outra banda escrevia?
Alguma vez, foi alguém capaz de aduzir um argumento minimamente procedente para justificar a brutal a agressão à vertente escrita da língua, que não fosse uma unificação completamente irrelevante e uma potencialidade de expansão, totalmente por demonstrar?
Mais tarde, com razão inatacável e inatacada, houve quem alertasse para que, ao contrário, estaríamos a dificultar o conhecimento da nossa língua por parte de outros europeus. Espanhóis (nas suas diversas línguas) franceses, ingleses, alemães têm, por exemplo, o "c" ou equivalente na palavra "actual" ou em muitas outras em que nós o usamos como mudo, ou, sendo mais preciso, assim o chamando, porque, em boa verdade, não o é.
Portanto, a grafia a impor despoticamente, mais do que inútil, era, em boa verdade, nociva à dita expansão e à virtualidade do seu crescimento.
Bem que os africanos lusófonos fizeram expressas menções de recusa de tal imposição.
A legalidade também não a sustenta, já que não houve ratificação por número suficiente de estados membros da CPLP para que possa considerar-se em vigor.
Os governos, actual e precedente, avessos à legalidade, ignoraram o bom senso, o rigor científico, o respeito pelo nosso íntimo património.
Não foi um tonto quem disse "a minha pátria é a língua portuguesa".
Temos professores que, à pressa, tiveram (sem conseguir) de aprender para ensinar. Temos meninos que se iniciam nas letras e sofrem por ter de aprender com quem (sem culpa) não sabe. Temos outros, que se haviam iniciado hápouco, confrontados com a dificuldade de desaprender o que tinham aprendido bem, para mal aprender o que está mal.
E está mal, de facto.
Quando o dano é já de difícil (contudo, desejada) reparação, quando rios de dinheiro jábrotaram dos nossos cofres desertos, do Brasil, vem a novidade - a Presidente Dilma prepara-se para, por decreto, adiar por três anos a vigência do acordo. Sabendo nós que estes adiamentos são apenas o prenúncio de outros que, sucessivamente, ocorrerão atéà caducidade prática da medida.
Eis-nos, pois, no caricato - ficamos a escrever brasileiro de Portugal, os brasileiros continuarão a escrever brasileiro do Brasil e o português escrito destinado ao uso de africanos e orientais.
Em frente ao altar, esperamos pela noiva que já disse que viria mais tarde, muito mais tarde. Nós sabemos que nunca virá.
Mas, o grave é que entregámos o dote antecipadamente.
Alguma vez, em qualquer dos lados do Atlântico, algum lusófono teve dificuldade em entender o que o seu irmão da outra banda escrevia?
Alguma vez, foi alguém capaz de aduzir um argumento minimamente procedente para justificar a brutal a agressão à vertente escrita da língua, que não fosse uma unificação completamente irrelevante e uma potencialidade de expansão, totalmente por demonstrar?
Mais tarde, com razão inatacável e inatacada, houve quem alertasse para que, ao contrário, estaríamos a dificultar o conhecimento da nossa língua por parte de outros europeus. Espanhóis (nas suas diversas línguas) franceses, ingleses, alemães têm, por exemplo, o "c" ou equivalente na palavra "actual" ou em muitas outras em que nós o usamos como mudo, ou, sendo mais preciso, assim o chamando, porque, em boa verdade, não o é.
Portanto, a grafia a impor despoticamente, mais do que inútil, era, em boa verdade, nociva à dita expansão e à virtualidade do seu crescimento.
Bem que os africanos lusófonos fizeram expressas menções de recusa de tal imposição.
A legalidade também não a sustenta, já que não houve ratificação por número suficiente de estados membros da CPLP para que possa considerar-se em vigor.
Os governos, actual e precedente, avessos à legalidade, ignoraram o bom senso, o rigor científico, o respeito pelo nosso íntimo património.
Não foi um tonto quem disse "a minha pátria é a língua portuguesa".
Temos professores que, à pressa, tiveram (sem conseguir) de aprender para ensinar. Temos meninos que se iniciam nas letras e sofrem por ter de aprender com quem (sem culpa) não sabe. Temos outros, que se haviam iniciado hápouco, confrontados com a dificuldade de desaprender o que tinham aprendido bem, para mal aprender o que está mal.
E está mal, de facto.
Quando o dano é já de difícil (contudo, desejada) reparação, quando rios de dinheiro jábrotaram dos nossos cofres desertos, do Brasil, vem a novidade - a Presidente Dilma prepara-se para, por decreto, adiar por três anos a vigência do acordo. Sabendo nós que estes adiamentos são apenas o prenúncio de outros que, sucessivamente, ocorrerão atéà caducidade prática da medida.
Eis-nos, pois, no caricato - ficamos a escrever brasileiro de Portugal, os brasileiros continuarão a escrever brasileiro do Brasil e o português escrito destinado ao uso de africanos e orientais.
Em frente ao altar, esperamos pela noiva que já disse que viria mais tarde, muito mais tarde. Nós sabemos que nunca virá.
Mas, o grave é que entregámos o dote antecipadamente.