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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Escola digital - pagava para ver

Quem falhou foi o governo ao não cumprir a promessa de disponibilizar 400 000 euros para lançar a escola do futuro.

Não se deve limitar as ações que as escolas entendem possíveis e aconselháveis para dar apoios aos alunos. Não é um castigo, nem um pecado”, ironiza o também vice presidente do PSD. “Vamos tentar aliviar a situação de confinamento para que as crianças não fiquem os dias todos sem fazer nada ou agarrados às consolas”, acrescente.

A posição de David Justino não é única. Marçal Grilo considera que “não há razão para que professores contactem com estudantes, para que uma escola pública ou privada pegue no zoom e ponha os alunos em contacto com os professores”. Em declarações à RTP, o ministro da Educação de António Guterres sublinha que esse contacto não será “propriamente para aulas, para progredir no ano letivo, mas para consolidar conhecimentos”.

O SNS do futuro

oportunidades que esta crise reforçou.

A experiência de profissionais de saúde e hospitais, forçados pelas circunstâncias da pandemia a utilizar recursos como a telemedicina, pode bem ter sido o incentivo que faltava para que a tecnologia seja mais bem acolhida. Para não perder esta janela de oportunidade há que garantir alguns pressupostos : definir e sinalizar as principais áreas em que a telemedicina pode ser utilizada, para evitar abusos do vazio legal existente; definir o ato médico digital/não presencial e a codificação atribuível a estas funções; desenvolver as ferramentas necessárias para que se possam realizar consultas digitais e tirar dúvidas relacionadas a sintomas – por exemplo, linhas telefónicas adequadas, correio eletrónico, plataformas adequadas para videochamadas, áreas de utentes personalizadas entre outros; investir no desenvolvimento e aplicação de inteligência artificial no suporte à decisão clínica por parte dos profissionais de saúde, e na promoção da saúde e auto-cuidado da população geral; promover a colaboração e transferência de conhecimento de saúde digital dentro do SNS e desenvolver as competências digitais de profissionais de saúde e utentes.

Os caminhos da economia digital também passam por aqui

Há que aliviar os custos de contexto que asfixiam a economia portuguesa.

O peso da administração pública nos circuitos empresariais permanece excessivo. E o Estado tarda a cumprir prazos de pagamento aos seus fornecedores, penalizando, porém, implacavelmente quem se atrasa em pagar-lhe o que quer que seja. E tudo isto se passa num país provido das mais avançadas tecnologias e que tem sido frequentemente elogiado em relatórios internacionais por ser um “early adopter”

Estamos tecnicamente muito evoluídos, mas enquadrados numa pesada estrutura estatal que suga recursos das empresas numa multiplicidade de impostos especiais, taxas, seguros de todo o género, certificações variadas, sistemas de controlo interno, tarifas de resíduos sólidos, contribuições audiovisuais, exigências de documentação diversa e mais uma infinidade de custos intermédios que legisladores de diversos matizes políticos se encarregaram de imaginar e pôr em prática ao longo das últimas quatro décadas.

Há que simplificar as regras e agilizar os procedimentos para reduzir custos: só assim conseguiremos atrair investimento de qualidade. O diagnóstico está feito e não é novo. Só falta pôr em prática a terapêutica adequada, e os caminhos da economia digital também passam por aqui.

Os CTT e a difícil transformação digital

Os CTT começaram tarde a preparar-se para a era digital e estão a pagar caro.

Os resultados. É sempre esse o cerne da questão. As contas mostram uma erosão acelerada do negócio do correio tradicional, o que não espanta mas preocupa porque 70% das receitas ainda vêm daí. Pior vão também os serviços financeiros, com a quebra na venda de certificados de aforro e do Tesouro. Já a aposta na entrega de encomendas, em crescimento com o comércio electrónico, foi tardia e a empresa paga o preço: não é ainda rentável. A isto acrescem os custos do investimento no Banco CTT, que também ainda não gera lucros.

Tudo o que uma eventual nacionalização não resolveria bem pelo contrário, a não ser que o orçamento transferisse uns subsídios que os contribuintes pagam . Como acontece com as empresas públicas . E os problemas a resolver seriam os mesmos a não ser que, por decreto, o correio electrónico fosse barrado . Quem comprou, oferecendo um grande negócio ao Estado, à espera que a curto prazo os CTT gerassem lucro, enganou-se. Acontece a quem joga na bolsa à espera de grandes e rápidos lucros. É o lado para onde me deito melhor.

Os CTT estão numa fase de transformação e de investimento a preparar a empresa para o futuro que neste negócio é bem diferente dos correios tradicionais. Há que dar tempo ao tempo .