Sempre era verdade o diabo andava por aí. Chegou sob a forma de um vírus.
António Costa mostrou-se politicamente competente num ambiente altamente favorável vamos lá ver se também é competente de braço dado com a(s) crise(s). Crise económica e sanitária.
Quanto à crise sanitária pouco poderá fazer . Rezar é uma boa opção. Quanto à crise económica vai romper o supéravite e aumentar a dívida. Em boa verdade a saúde está primeiro.
O Turismo que tem sido a salvação de Costa vai ser agora o seu algoz. O diabo do vírus vai ter um impacto brutal na restauração, nos transportes, nos eventos e na cultura. Costa vai mostrar que é um político de mão cheia ?
Temos o pântano de Guterres, a bancarrota de Sócrates e vamos ter o poucochinho de Costa ? É que vai ficar à vista de todos se a obra do PM nos últimos quatro anos foi meritória.
É possível passar por entre os pingos da chuva durante algum tempo mas chega sempre o momento da molha.
Nem daqui a dez anos será possível devolver o que foi congelado aos portugueses nos tempos difíceis da Troika e que começaram ainda antes no tempo de Sócrates.
Ouvimos e vemos Mário Nogueira e ele queixa-se que as negociações entre sindicatos e governo foram uma encenação. Foi correndo o tempo, foram-se aprovando orçamentos e as negociações prosseguiam. Dum lado e outro posições inflexíveis.
Mas o governo e os seus apoiantes foram-nos vendendo que a austeridade tinha acabado embora Costa e Cereno de vez em quando avisassem. Claro que nunca foram ouvidos. Chegados à beira do pântano deixou de haver margem para mais negociações faz de conta.
Não há dinheiro, a mais básica das razões e, sem dinheiro, bem podem todos ter razão mas o diabo não se vai embora . Nem daqui a dez anos .
O dinheiro que vai para os bancos, o dinheiro para baixar o défice, o dinheiro que sobe a dívida, gritam os que não quiseram ouvir. Pois, antes de qualquer sector está o país. É disso que se trata.
Se quisermos saber porque está o Serviço Nacional de Saúde no estado crítico em que está basta ler a proposta da Lei de Bases da Saúde que a nova ministra apresentou. Ideologicamente orientada afasta o mais que pode a saúde privada e o sector social .
"É importante que o sistema de saúde seja entendido "em rede", juntando o sector público, sector social e sector privado e que o "estatuto do cuidador informal esteja bem reflectido e com algum detalhe e compromisso" como rezava a proposta anterior.
Em terceiro lugar, o diploma tem ainda de reflectir as "questões relacionadas com cuidados paliativos".
Certamente que esta quantidade astronómica de pedidos de demissão não tem uma motivação política. Não são médicos do PSD a querer entalar o governo PS. São apenas profissionais sem condições para desempenhar o seu trabalho – e que demonstram o enorme embuste que é a reversão da austeridade, as cativações de Centeno e os sorrisos da actual maioria. Sim, o Diabo veio. Ele está à nossa volta. Basta abrir os olhos.
Do verão para agora, a Comissão também reviu em baixa as previsões que ela própria fez: esperava uma evolução de 2% da economia portuguesa em 2019, mas agora espera que seja apenas de 1,8%. O cenário é ainda mais pessimista para 2020, ano em que a Comissão estima que Portugal cresça 1,7%. Nessa altura, só Itália (1,3%), Bélgica (1,4%) França e Dinamarca (1,6%) vão crescer menos.
Parece-me claro que haverá legislativas, antecipadas, em Junho de 2019. O PC não está disponível para "aprovar" mais nenhum esboço orçamental (leia-se: programa de estabilidade em Abril de 2019) após Outubro deste ano. O BE, hoje ridicularizado por Carlos César, está na condição de "idiota útil" do PS.
Marcelo lá terá de dissolver o Parlamento. Castigo.
Chegamos a isto: O PS, de César e Costa, o segundo partido mais votado, porta-se como governo de maioria absoluta. Trata a Catarina e as Mortáguas "abaixo de cão", impõe o défice e lembra que não há "ultimatos", antes "um preço a pagar" se "esticarem a corda"... Chantagem política, portanto. É chato, mas a verdade que elas, as cínicas "manas", gulosas para serem ministeriáveis, merecem o canino tratamento. Mas isto não é a Política; é a perversão da democracia...
Recordo bem, em 2015 e 2016, quando Centeno (e Costa) garantia que era possível pagar salários e Saúde, Educação, Investimento, tudo ao mesmo tempo: esse era, afinal, o significado de "virar a página da austeridade". Pois, parece que não. Agora, "é preciso fazer escolhas", diz Centeno ao BE e PC. Ah... e por ele, já escolheu: as contas públicas estão primeiro!
Para muita gente que anda nos hospitais, o diabo chegou.
Apoiante de Rui Rio, que integrou a sua direcção no PSD, a ex-presidente do partido elogia a postura do vencedor das directas, que durante a campanha eleitoral assumiu que, em caso de derrota nas legislativas, viabilizaria um governo do PS para "evitar que o país continue governado completamente à esquerda e amarrado à extrema-esquerda como tem andado".
Ainda antes das legislativas que Costa perdeu Passos Coelho dizia o mesmo: antes a maioria absoluta do PS.
O diabo foi o principal responsável. Acabou mesmo por vir, talvez zangado, por terem zombado dele. Vem sempre.
Que despesas cortar ? Houve quem cortasse salários e pensões e aumentasse impostos sobre o rendimento das pessoas, gerando contestação generalizada.
E há quem se proponha resolver o problema de outro modo : reduz despesas de funcionamento, traz o investimento público a mínimos históricos, toma provavelmente outras medidas ( ainda não inteiramente apuradas) e afirma ter acabado com a austeridade.
Este segundo tipo de política é mais popular merecendo aplauso generalizado. Os seus inconvenientes estão menos à vista e, no que se refere a alguns deles, com um pouco de sorte, até poderão não surgir durante muito tempo.
...entendamos, o diabo acabou mesmo por vir, viu a sua vida facilitada por problemas de organização, de gestão de pessoas. E, aqui e ali por falta de meios :" não subestime a importância das cativações" dirá Teodora Cardoso quando voltar a cruzar-se com Graça Franco, e esta voltar a falar-lhe em milagre a propósito da redução do défice público.
A Alemanha tem uma constipação e nós aqui apanhamos uma pneumonia. O BCE parte uma perna e nós ficamos a coxear. Eis ao que chegamos.
O PS apressa-se a dizer que não tem culpa ( pois, como haveria de ter ?) . A agência de notação financeira (DBRS) espera o sinal do BCE para nos enviar para o "lixo" ( é por o BCE não nos querer no "lixo" que ainda estamos acima do "lixo" ) .
E tudo isto porquê ? Porque não crescemos economicamente. Sem crescer não pagamos a dívida nem convencemos os investidores a emprestarem-nos dinheiro nas mesmas condições de Espanha ou Itália. Acresce que andamos a "reverter", leia-se a gastar mais , e as empresas públicas até podem gastar à vontade, segundo o Primeiro Ministro.
Ora, não produzindo mais riqueza e gastando mais estamos a fazer duas coisas mal e ao mesmo tempo. Se não produzimos mais não podemos gastar mais e se o fazemos cresce a dívida e o défice. Se contemos o défice, produzindo menos e gastando mais então cresce a dívida.
Confusos ? Então perguntem aos investidores . Quem empresta dinheiro a uma trapalhada destas ?
Os "fundamentais" são quem determina o ritmo das taxas de juro. Compare-se a trajectória das taxas de Espanha e Itália com a trajectória de Portugal. Já estamos a pagar o dobro e temos uma dívida/PIB superior.
Mas o melhor mesmo é olhar para o lado e discutir a CAIXA ( onde o PS não teve nem tem culpa nenhuma) e os "abutres" que se preparam para nos levarem " o banco bom " .
É difícil reunir tão rapidamente ( em apenas um ano) as condições para formar uma "tempestade perfeita " . Está aí no horizonte, só não vê que não quer ou seja cego.
A dívida é uma forma diabólica de...diabo. Não se nota e paga-se mais tarde pelos vindouros que assim não podem contestar nada . Paga e não bufes...
Em Setembro de 2016, a dívida pública portuguesa atingiu os 133,08% do produto interno bruto (PIB). Este é o valor mais elevado de toda a série do Banco de Portugal, que recua até 2007, e mostra que o endividamento do sector público ainda não entrou numa trajectória descendente.
Este valor representa um crescimento face ao trimestre anterior (131,7% do PIB) e ao mesmo período de 2015 (130,4%). Em valores absolutos, a dívida pública ascende a 244,4 mil milhões de euros, tendo também aumentado em cadeia e em termos homólogos.
Comentário mais votadoAnónimoHá 43 minutos
Boa tarde, Se alguém tinha dúvidas de onde vinha o dinheiro para as 35 horas, aumentos de salários mínimos, de subsídios e da contratação dos trabalhadores a prazo, está explicado. Virá dos impostos sobre os nosso filhos. Porque é isso que é a dívida pública... o consumo actual com base no futuro pagamento de impostos (para pagar juros). O mais impressionante é que as mesmas forças políticas que clamam pela reestruturação da dívida são as mesmas que permitem o seu aumento. Deverá ser a velha técnica de deixar o balão encher até rebentar... o problema é que, quando rebentar, vai rebentar nas mãos de todos os portugueses e não apenas nos políticos que encheram o balão.
Os juros da dívida a dez anos estão nos 4% limite da DBRS para deixar cair a notação do país para "lixo" o que traria de imediato uma escalada das taxas. Só num mês a taxa de juro cresceu 20%. É por causa do Trump, de Holland, do Brêxit e de tudo o que mexe. Se conseguíssemos que o mundo fosse um cemitério - como é a situação Portuguesa - talvez ficássemos por aqui , mas isso António Costa não consegue. E como não consegue o diabo está mesmo a bater à porta. É uma questão de tempo.
O BCE pregou um alho na nossa porta para afastar o belzebú mas o maldito já se habituou e espera pacientemente que a compra de dívida termine . Como a economia - outro simbolo de que o diabo não gosta - não cresce - o próprio governo prevê para os próximos anos um crescimento à volta dos 1,5% - estamos esturricados ainda antes de entrarmos nos altos fornos crematórios.
Bem vistas as coisas estamos como habitualmente à espera de um milagre mesmo com o diabo à porta.